14 de Fevereiro

14 de Fevereiro – São Cirilo e São Metódio   – 

Metódio e Cirilo nasceram na Macedônia e foram irmãos unidos pelo sangue, pela fé e pela vocação apostólica. Metódio nasceu em 815 e Cirilo em 826.

Metódio, ainda jovem, foi nomeado governador da província da Macedônia Inferior, onde estavam estabelecidos os eslavos. Cirilo, também ainda jovem, foi levado a estudar em Constantinopla, capital do então Império Bizantino, onde se formou. Mais tarde, lecionou filosofia e foi diplomata junto aos árabes.

Com 38 anos, Metódio abandonou a carreira política e se tornou monge no mosteiro de Bósforo. Poucos anos depois seu irmão Cirilo também entrou para o mesmo mosteiro. A atividade missionária dos dois irmãos começou em 861, quando foram enviados numa viagem para a conversão dos povos eslavos. Foram escolhidos porque haviam aprendido a língua daquela região com imigrantes, durante a juventude.

São Cirilo criou um novo alfabeto eslavo (conhecido atualmente como o alfabeto cirílico, utilizado na Rússia e outros países próximos) e nele traduziu a Bíblia, a Missa, os rituais e ensinamentos cristãos. Isto permitiu o acesso do povo local aos conteúdos evangélicos; também a adaptação de ritos à cultura eslava foi providenciada pelos irmãos.

Contudo, na época, a Igreja utilizava oficialmente apenas os textos sagrados em Grego ou Latim, na ideia de que havia risco da unidade eclesial ser rompida se outras línguas fossem usadas. Assim, muitos religiosos ficaram contra o trabalho de Metódio e Cirilo. Os dois foram então chamados a Roma, onde receberam o apoio do Papa Adriano II, que abençoou pessoalmente os livros litúrgicos escritos em língua eslava.

 Cirilo seria ordenado bispo, mas, doente, faleceu em Roma, aos 42 anos. Metódio foi ordenado sacerdote e voltou para a missão com os títulos de “missionário apostólico eslavo” e “legado pontifício”. Em 869 foi nomeado arcebispo de Sírmio, e dez anos depois voltou a Roma para novamente defender-se dos acusadores dos seus métodos; outra vez o Papa os aprovou. Faleceu em 885. Ambos foram proclamados patronos da Europa, ao lado de São Bento, pelo Papa João Paulo II em 1980.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.
revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:
Não há dúvida de que a Igreja deve saber aproximar-se das pessoas para transmitir a Boa Nova, e neste empenho são muitas vezes necessárias adaptações para as diferentes realidades culturais que existem. Contudo, o essencial da Fé, também no diz respeito à Liturgia por exemplo, e a todos os demais conteúdos eclesiais, não pode em hipótese alguma, a título de “inculturação”, denegrir o verdadeiro conteúdo da religião católica: isto inclui, entre muitos outros aspectos, a devida reverência e respeito a Deus, na Liturgia, nos comportamentos e posturas de clérigos e fiéis, no decoro das vestimentas, etc. Se por um lado são boas e necessárias as traduções para os diferentes vernáculos, e algumas adaptações litúrgicas e rituais superficiais (de fato, há mais de 20 ritos para a Santa Missa reconhecidos pela Igreja), nem por isso pode-se desvirtuar as noções de exatidão, propriedade e reverência ao Altíssimo. Infelizmente, abusos e escândalos são atualmente frequentes no trato das coisas sacras, principalmente, talvez, na Santa Missa. Não se pode confundir o empenho de evangelizar com propostas de “a qualquer preço” tornar “popular” a Igreja: esta vive da Verdade, não de subserviência a respeitos humanos, particulares ou culturais. O Santo trabalho de Cirilo e Metódio não pode ser invocado equivocadamente como “exemplo” para tentativas iníquas de falsa inculturação pela Igreja de Cristo.

Oração:
Senhor, que dispusestes os membros da Vossa Igreja sob o comando e a vontade da sua Cabeça, que é Cristo, e que desejais esta mesma Igreja missionária, concedei-nos pelos méritos, exemplos e orações dos santos Metódio e Cirilo o correto obrar na evangelização, a começar pela pessoal, e a proteção contra os desvios nos métodos e ações da Santa Igreja, de modo que seja unificado o rebanho na Verdade, e não disperso por falsos profetas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, que Convosco vive e reina, e Nossa Senhora, Mãe e Protetora do Corpo Místico que é a Igreja. Amém.
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13 de Fevereiro

13 de Fevereiro – Santa Catarina de Ricci   –

Alexandra, da nobre família Ricci residente em Florença, Itália, nasceu em 1522, época em que se iniciava o transtorno herético de Lutero na Europa. Menina de sete anos, foi entregue à educação das irmãs beneditinas da cidade próxima de Prato, que nela despertaram o gosto pela vida monástica.

De fato, voltando para casa, manteve os costumes do mosteiro, mesmo no luxo, e, mais tarde, apesar do plano dos pais de casá-la com um distinto jovem de Florença, os convenceu a deixá-la abraçar a vida religiosa.

Entrou com muita alegria para o mosteiro dominicano de Pratos, onde, desejando imitar Santa Catarina de Sena, adotou-lhe o primeiro nome. Procurou logo crescer nas virtudes religiosas, cultivando a humildade nos trabalhos mais simples.

Com 25 anos, foi escolhida para mestra das noviças, e, posteriormente, superiora, cargo que ocupou quase ininterruptamente durante os demais 42 anos da sua vida. Nesta função, dirigia as irmãs pelo exemplo, sendo generosa, firme nas atitudes mas doce no trato, com equilíbrio e engenho.

Tomando como exemplo de vida espiritual Jesus Crucificado, desejava ardentemente partilhar os sofrimentos de Jesus no madeiro, sentindo-Lhe as dores da agonia. Recebeu assim dons místicos, de modo que, das quintas-feiras à tarde, quando começava a meditação da Paixão e Morte do Senhor, até as tardes do dia seguinte, entrava em êxtase e coparticipava das Suas dores.

A graça mística não a alienou dos compromissos da vida diária, nem a tornou vaidosa. Tornou-se conselheira espiritual de muitas pessoas, de todo o mundo, sendo consultada em assuntos teológicos e questões espirituais por sacerdotes, bispos e cardeais. Correspondeu-se também com vários Papas – Marcelo II, Clemente VIII, Leão XI, São Pio V –, São Carlos Borromeu e São Filipe Néri.

Escreveu muito sobre temas espirituais, e recomendava o domínio de si, a luta e mortificação dos sentidos para obter a paz e a alegria de espírito. Outras recomendações suas eram a devoção à sagrada Paixão e Morte de Cristo e a docilidade às inspirações de Deus, para que se pudesse então elevar a alma gradativamente, pelas provações, até o pleno abandono à vontade divina.

 Faleceu em 2 de fevereiro de 1590, e sua data litúrgica é o dia 13 deste mês.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:
Enquanto Lutero pregava o afastamento prático da Cruz, Deus nos dava o exemplo da felicidade em Santa Catarina de Ricci, abraçando-a. O Mistério de Cristo e da nossa salvação sempre inclui situações que parecem contraditórias: profunda alegria e grandes sofrimentos, sejam físicos e/ou morais e emocionais. A chave do paradoxo é que a Verdade, isto é, o amor a Deus e ao próximo, leva ao afastamento do que é realmente mau, o pecado, muitas vezes disfarçado nos prazeres mundanos; e une ao que é Bom – “só Deus é Bom” (cf. Mc 10,18) – ou seja, à pureza da alma e da consciência, o que nos dá a paz em Cristo. Santa Catarina de Ricci não morreu martirizada, mas ao longo da vida provou das dores de Jesus na Cruz… muito trabalhou, assumiu grandes responsabilidades, e permaneceu humilde, alegre e doce. Assumir os sofrimentos de Cristo, voluntariamente, implica em afastar os sofrimentos sem sentido e vazios deste mundo: os primeiros têm a recompensa da paz, e a garantia divina de que jamais serão superiores às nossas forças e limitações assistidas pelas graças de Deus, enquanto os segundos só trazem desespero e frustração e não têm limite quanto à desfiguração do próprio ser. O que Deus quer para nós jamais pode nos fazer mal.

Oração:
Ó Deus, que sois o único Bom e o nosso verdadeiro Bem, e que distribuis as vocações e as graças somente por amor e sabedoria infinitas, concedei-nos pela intercessão de Santa Catarina de Ricci a inteligência e a vivência de buscar apenas a Vossa vontade nesta vida, para que com ela e Convosco possamos ser infinitamente felizes na próxima, participando aqui da Cruz para podermos ter a glória da Ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, que Convosco vive e reina para sempre, e Nossa Senhora, Rainha do Céu e da Terra. Amém.
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12 de Fevereiro

12 de Fevereiro – Santa Eulália   –   
 Eulália, nascida em local próximo a Barcelona na Espanha no final do século III, foi educada cristãmente, e desde pequena, rejeitando as vaidades, gostava de se reunir com as amigas para rezar no oratório de uma propriedade rural da família.

Quis consagrar-se totalmente a Cristo, e na sua época aconteciam as ferozes perseguições do imperador Diocleciano aos cristãos. Daciano, governador na Espanha, era igualmente hostil e despótico, e aplicou os decretos imperiais na região.

Os pais de Eulália procuraram esconderijo num local distante da cidade, mas ela, pressentindo com alegria a sua plena união com Jesus através do martírio, fugiu para Barcelona e apresentou-se a Daciano, condenando-lhe a idolatria e a perseguição iníqua contra Deus e os cristãos.

Espantado com tamanha coragem, inicialmente o governador procurou adulá-la, na tentativa de convencê-la à apostasia. Sua recusa veemente o irritou: Eulália atirou longe o turíbulo com o qual pretendiam que incensasse os ídolos pagãos, declarando-se serva de Jesus Cristo, Rei dos Reis (…). Rejeito, portanto, as vossas divindades falsas, invenções dos demônios”. Diante disso, ele a mandou torturar com ferros em brasa. Cheia de alegria, Eulália exclamou: “Agora, ó Jesus, vejo no meu corpo os traços de Vossa sagrada Paixão”. Após outros tormentos, finalmente a jogaram numa fogueira.

 Santa Eulália faleceu em 304 e é padroeira de Barcelona e da Espanha.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:
Para a mentalidade atual, talvez mesmo de muitos católicos, a firmeza dos primeiros mártires cristãos sugira um traço de loucura ou inconsequência. Mas ao contrário, eram eles totalmente consequentes com a sua – e nossa – Fé, e muitos não concebiam a ideia de permitir impunemente o avanço de ideias que, acertadamente, Santa Eulália definiu como “invenções de demônios”. Viver indiferente a Cristo e à Sua Salvação, num mundo materialista, ateu ou idólatra, isto sim é loucura. O corpo passa, e a vida futura é a única verdadeiramente importante, para a qual, em Cristo e na Igreja, devemos direcionar toda a nossa vontade, liberdade e ações. As perseguições, inclusive hoje, sempre vão existir; importa ao fiel permanecer corajosamente com Cristo, combatendo coerentemente as pressões mundanas, cada qual na sua vocação e âmbito de vida, mas com a mesma determinação e coragem. Antes o fogo terreno que o do inferno, era algo muito claro para os nossos primeiros, exemplares e heroicos irmãos em Cristo, e também o seu legado. Não o desperdicemos.

Oração:
Senhor Deus Todo Poderoso, Pai de amor e bondade, dai-nos por Santa Eulália o fogo ardente da Fé, capaz de superar as seduções e pressões deste mundo, para combatermos sem medo tudo o que procura sufocar a Vossa Igreja e Redenção, denunciando os erros dos projetos mundanos e confiando totalmente na Vossa proteção e Providência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Ressuscitado e Glorioso, e Nossa Senhora, Protetora da Igreja. Amém.

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11 de Fevereiro

11 de Fevereiro – São Castrense

Castrense viveu no século V e era cristão e bispo de Cartagine, atual Tunísia, África. Durante a invasão dos Vândalos, comandados pelo rei Genserico, ele foi lançado ao mar junto com outros sacerdotes e fiéis, dentro de um velho navio sem velas, remos e leme. Com certeza, o intuito era que morressem afogados, mas, milagrosamente, Castrense sobreviveu, desembarcando na costa italiana, próximo a Nápoles.

Pelos registros, ele retomou sua missão apostólica e logo se tornou bispo de Castel Volturno. Depois, de acordo com o antiquíssimo “Calendário Marmóreo” de Nápoles, ele também foi eleito bispo de Sessa, aceitando a difícil tarefa de conduzir os dois rebanhos, os quais guiou com amor e zelo paternal. Castrense era humilde e carismático, penitente e caridoso. Durante a sua vida, realizou dois prodígios, registrados nos arquivos da Igreja: libertou um homem possesso pelo demônio e salvou um navio cheio de passageiros de uma grande tempestade.

A fama de santidade já o acompanhava em vida, quando morreu como mártir de Jesus Cristo, em 11 de fevereiro de 450, em Sessa, Nápoles. Logo passou a ser venerado pela população em toda Campânia e em muitas outras cidades, inclusive na África.

As relíquias do Santo foram transferidas antes do século XII de Sessa para Cápua, e depois, por determinação de Guilherme II, o Bom, último rei normando da Sicília, foram enviadas para Monreale (Itália). Em 1637, foram transladadas para a Capela anexa à Catedral de Monreale, em uma urna de prata, com uma placa onde se pode ler “São Castrense, eterno baluarte da cidade de Monreale”.

As mais recentes informações sobre este Santo de origem africana, datam de 1881, e foram encontradas durante as escavações arqueológicas na gruta de Calvi, próximas de Monreale. São pinturas do século VII que retratam o bispo Castrense nas duas dioceses e ao lado de outros mártires da mesma época e região.

Ainda hoje encontramos o efeito da sua presença na Catânia, como na pequena região que leva o nome de São Castrense, nas diversas igrejas e no convento feminino beneditino erguido ao lado da Catedral. Tudo é dedicado à sua memória.

Reflexão:
O dia 11 de fevereiro foi oficializado pela Igreja para a comemoração da data litúrgica do Santo. São Castrense teve o seu martírio reconhecimento pela Igreja, que o declarou bispo Castrense, Santo e padroeiro da cidade de Monreale. Neste dia, a sua estátua segue em procissão da Catedral de Monreale, indo para Sessa e retornando após o culto litúrgico. Dizem os devotos que, durante este trajeto, muitas graças são alcançadas por sua intercessão.

Oração:
Ó glorioso Santo Castrense, que suportou tantas perseguições na África e tantos trabalhos apostólicos na Itália, pela propagação da fé cristã, a ti, que és nosso poderoso e maravilhoso Patrono, dirigimos com confiança está humilde e fervorosa oração. Obtém da misericordiosa bondade de Deus, para a nossa Arquidiocese, para as nossas comunidades paroquiais e para todo o povo, as graças necessárias, para que a nossa vida, iluminada pela fé, sustentada pela esperança e testemunhada pela caridade, possa fluir serenamente com o projeto de Deus A vós confiamos, em particular, os pobres, os sofredores e aqueles que procuram a verdadeira fé. Que sua bênção e patrocínio brilhem sobre todos, agora e para sempre. Amém.
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10 de Fevereiro

10 de Fevereiro – Santa Escolástica
Escolástica, irmã gêmea de São Bento, o pai do monaquismo ocidental, nasceu em Núrcia, Úmbria, na Itália central, em 480. A mãe faleceu no parto dos irmãos, que desde sempre foram gêmeos também na vocação religiosa e de fundadores de mosteiros. Escolástica inclusive abraçou antes que Bento a vida monástica, quando este estudava retórica em Roma.

Escolástica e suas monjas seguiam a regra beneditina, e ela buscava a solidão na oração ou conversas pias sobre assuntos de Deus. Estes colóquios lhe eram muito edificantes e felizes com o irmão. Os respectivos mosteiros, masculino e feminino, dos irmãos, ficavam próximos, mas por motivo de mortificação e ascese eles se encontravam apenas uma vez por ano, numa propriedade do mosteiro de Monte Cassino onde Bento era abade.

Segundo a biografia de ambos escrita por São Gregório Magno, a partir de testemunhas oculares, no ano de 543, compreendendo que sua morte estava próxima, Escolástica foi como de costume visitar Bento, que desceu do seu mosteiro com alguns irmãos para encontrá-la. Passaram o dia juntos em santa comunhão e conversação, jantaram, e, à mesa, ela lhe pediu que ficassem ali naquela noite, falando sobre as coisas de Deus. Bento recusou-se, pois isto seria contra as regras do mosteiro.

Ela então rezou em silêncio, e o tempo, antes calmo e agradável, transformou-se numa chuva tão violenta que Bento e seus monges não podiam sequer sair da sala onde se encontravam. Ele se queixou, dizendo: “Que Deus onipotente te perdoe, irmã! Que fizeste?” Ao que ela respondeu: “Eu pedi a ti e não me quiseste ouvir; pedi ao Senhor, e Ele me escutou. Sai pois agora, se podes!”. Assim, passaram a noite em santas conversas, e no dia seguinte Bento retornou a Monte Cassino. Dias depois, ele teve a visão da alma da irmã, indo para o Céu. Mandou então buscar o seu corpo e o depositou na tumba que havia preparado para si, no próprio mosteiro. Pouco tempo depois, também ele faleceu.

 Santa Escolástica é invocada nas situações em que o clima está hostil. A sua memória litúrgica, a 10 de fevereiro, é obrigatória.

Reflexão:

A busca do silêncio para a oração, e das boas conversas, evitando assuntos frívolos e vãos, bem como a companhia das pessoas de Deus é um exemplo de como devemos orientar a nossa vida, A comunhão fraterna, não apenas com os irmãos naturais, mas também com os de espírito, é uma vocação universal, refletido não apenas na vida de Santa Escolástica, mas igualmente no seu nome – pois “escolástica” se refere ao ensino da Igreja na Idade Média, conciliando as ideias de racionalidade de Aristóteles com a Fé da Verdade revelada.

Oração:
Deus, Pai de toda a Humanidade, concede-nos por intercessão de Santa Escolástica a busca constante do amor aos irmãos, a partir da comunhão Convosco, de modo a que Vossa família não seja separada nem na morte, mas permaneça unida desde já, pelas torrentes da Vossa graça, no clima de paz que infinitamente desejais para nós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e a Virgem Maria, Vossa e nossa Mãe. Amém.
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09 de Fevereiro

09 de Fevereiro – Santa Apolônia –
A história de Apolônia nos chegou pela narrativa de Dionísio, bispo de Alexandria, escrita em 249. Assim ele se expressa: “No dia 9 de fevereiro, um charlatão alexandrino provocou uma terrível revolta entre os pagãos. As casas dos cristãos foram invadidas e jóias e objetos preciosos foram roubados. Os cristãos, mesmo os velhos e as crianças, foram arrastados pelas ruas, espancados, escorraçados e, condenados a morte, caso não renegassem a fé em voz alta. Os pagãos prenderam também a bondosa virgem Apolônia, que tinha idade avançada. Foi espancada violentamente e teve os dentes arrancados. Além disso, foi arrastada até a grande fogueira, que ardia no centro da cidade, onde seria queimada viva se não repetisse, em voz alta, uma declaração pagã renunciando a fé em Cristo. Neste instante, ela pediu para ser solta por um momento, sendo atendida ela saltou rapidamente na fogueira, sendo consumida pelo fogo”.

O martírio da virgem Apolônia, que terminou aparentemente em suicídio, causou, exatamente por isto, um grande questionamento dentro da Igreja, que passou a avaliar se era correto e lícito, se entregar voluntariamente à morte para não renegar a fé.

Contudo, o gesto da mártir Apolônia, a sua vida reclusa dedicada à caridade cristã, provocou grande emoção e devoção na província africana inteira, onde ela consumou o seu sacrifício. Passou a ser venerada, porque foi justamente o seu apostolado desenvolvido entre os pobres da comunidade que a colocou na mira do ódio e da perseguição dos pagãos.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:
A vida de Apôlonia foi marcada pelo amor aos mais pequenos, nos quais ela reconhecia a pessoa de Jesus. Martirizada numa fogueira, depois de ter os dentes arrancados, Apolônia tornou-se a protetora dos dentistas.

Oração:
Ó gloriosa Santa Apolônia, por aquela dor que padecestes, quando, por ordem do tirano, vos foram arrancados os dentes que tanto decoro ajuntava ao vosso angélico rosto, obtende do Senhor a graça de estarmos sempre livres de todo tipo de maldade. Amém!
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08 de Fevereiro

08 de Fevereiro – Santa Jsefina Bakhita   – 

Esta santa, cujo nome original africano é desconhecido, nasceu no Sudão, em 1869. Aos nove anos, foi raptada para ser vendida como escrava, e o trauma deste fato a fez esquecer seu nome e o dos seus pais. Os sequestradores, muçulmanos mercadores, a chamaram de Bakhita, que significa “afortunada”.

Foi vendida e comprada várias vezes nos mercados de El Obeid e Cartum, passando pelas humilhações e sofrimentos físicos e morais da escravidão; por exemplo, um general turco que a comprou marcou seu corpo com 114 cortes de faca, que foram cobertas com sal para permanecerem em evidência.

Afinal, ainda menina, foi comprada em Cartum pelo Cônsul italiano Calixto Legnani. Ele e a sua família a trataram muito bem, com carinho e consideração. Dois anos depois, a revolução mahdista obriga o cônsul a voltar para a Itália; “Ousei pedir-lhe que me levasse à Itália com ele”, registrou Bakhita, e foi atendida. Nesta viagem a família é acompanhada pela de um seu amigo, Augusto Michieli, cuja esposa gosta de Bakhita, levando o cônsul a deixá-la com esta outra família.

Desembarcam na Itália em 1884, e vão para Zeniago (Veneza) e, quando nasceu Alice, a filhinha do casal, Bakhita se tornou sua babá e amiga. Porém, em 1888, a compra e administração de um grande hotel em Suakin, no Mar Vermelho, obrigam o casal a se mudar para lá. Aconselhados pelo seu administrador, Iluminado Checchini, Alice e Bakhita foram confiadas, durante nove meses, às Irmãs Canossianas do Instituto dos Catecúmenos de Veneza.

No convento, a seu pedido, Bakhita conhece aquele Deus que desde pequena ela “sentia no coração, sem saber quem Ele era”. Aprende o catecismo e é batizada, aos 21 anos, recebendo o nome de Giuseppina Margherita Fortunata; na mesma ocasião é crismada e recebe a Primeira Comunhão. Quando do retornou dos Michieli da África para buscar a filha e Bakhita, esta, com firme decisão e coragem fora do comum, manifestou a vontade de permanecer com as Irmãs Canossianas. Já então percebia que Deus a conduzira por misteriosos caminhos para um bem maior. Consagrou-se definitivamente em 1896 no Instituto de Santa Madalena de Canossa, em Schio. Por mais de 50 anos, até a morte, ali permaneceu, trabalhando como cozinheira, sacristã, bordadeira, responsável pelo guarda-roupa, e principalmente porteira, onde se destacou pelo carinho com que recebia as pessoas. Era estimada pela sua alegria, paz, generosidade, bondade, humildade e desejo de fazer conhecer a Cristo. As irmãs a chamavam de “irmã morena”, e as crianças de “irmã de chocolate” – não só pela cor, mas também pela doçura do seu trato.

Em certa ocasião, deflagrada uma peste que a muitos matou, Bakhita preferiu ficar na cidade ao invés de sair, auxiliando no cuidado dos enfermos.

 Já idosa e doente, sofreu longa e dolorosamente, mas sem perder a doçura e o bom humor. Na agonia, reviveu os terríveis anos de sua escravidão, gravados no seu inconsciente, e vária vezes suplicava à enfermeira que a assistia: «Solta-me as correntes … pesam muito!». Segundo seu próprio testemunho, foi a Virgem Maria Quem a libertou destes sofrimentos. Suas últimas palavras foram “Nossa Senhora!”. Bakhita faleceu no dia 8 de fevereiro de 1947, de pneumonia, e muitos milagres passaram a ser registrados através da sua intercessão. Ela é padroeira dos escravos e dos sequestrados. O milagre reconhecido pelo Vaticano para a sua canonização foi a cura milagrosa de uma brasileira, Eva Tobias da Costa, da cidade de Santos-SP, que a ela recorrera.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

Tudo concorre para o bem dos que amam a Deus” (Rm 8,28). A ironia do nome “afortunada” que lhe foi dado pelos mercadores de escravos, Cristo tranformou em profecia, na santidade de Bakhita. Ela mesma tem várias frases que sintetizam seu entendimento profundo de como o Senhor, em Sua infinita Sabedoria e Bondade, quer não apenas salvar cada alma, mas através dos santos tocar o coração dos demais para a conversão: “Muitas vezes as vias de Deus são incompreensíveis aos olhos humanos. Mas Ele sabe como conduzir as almas e os acontecimentos para realizar Seu plano de amor e salvação”; “Se encontrasse aqueles negreiros que me sequestraram e mesmo aqueles que me torturaram, eu me colocaria de joelhos para beijar as suas mãos, porque se tudo isso não tivesse acontecido, eu não seria agora cristã e religiosa”; “Eu sou definitivamente amada e aconteça o que acontecer, eu sou esperada por este Amor. Assim a minha vida é bela”; “Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus. Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai Eterno, agora podes julgar. E a São Pedro: fecha a porta, porque fico”.

Oração:

Deus Pai de amor, concedei-nos pelas mãos de Santa Bakhita a verdadeira liberdade, natural e principalmente espiritual, para que como ela sejamos capazes de valorizar e agradecer o nosso Batismo, o conhecimento de Vós e da Vossa Vontade, o pertencer à Igreja, por tudo na nossa vida; e também como ela Vos chamar de “meu Patrão”, pois é só a escravidão a Vós que nos salva e liberta. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, em tudo obediente a Vós, e Nossa Senhora, ancilla Domini – escrava do Senhor. Amém.
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07 de Fevereiro

07 de Fevereiro – São Ricardo de Toscana   – 

No século V, a rainha da Inglaterra meridional era Sexburga, que mais tarde se tornou abadessa e uma santa da Igreja Católica. Ela teve três filhos e duas filhas.
O filho do meio, Ricardo, se tornou provisoriamente o rei da Inglaterra por causa da morte prematura do irmão mais velho. Neste cargo reinou alguns anos.
Quando o sobrinho alcançou a idade de assumir o trono, Ricardo deixou o palácio e foi morar num mosteiro junto com dois filhos ainda adolescentes. No ano de 720, ele e os filhos empreenderam uma romaria até a cidade eterna, Roma.
Atravessaram toda a França, mas quando chegaram na cidade de Luca, a viagem teve de ser interrompida, porque Ricardo ficou doente e acabou falecendo. Os milagres foram acontecendo em seu túmulo e o local se tornou uma rota de devoção para os cristãos, que o chamavam de “rei santo”.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CssR

Reflexão:
A dedicação de alguns homens pela construção de uma sociedade mais fraterna gerou vidas santas na Igreja. Ricardo é exemplo de um homem nobre, que abdicou de suas regalias para servir a Deus e aos mais humildes. Que ele nos inspire ao serviço dos excluídos.

Oração:
Deus de misericórdia derramai sobre nós a graça santificante que nos permite contemplar sua face, e concedei-nos, pelos méritos de são Ricardo, o ânimo para evangelizar os mais sofredores. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
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06 de Fevereiro

06 de Fevereiro – SSão Paulo Miki e seus companheiros   – 
Paulo Miki nasceu em Kyoto, Japão, em 1564, e foi batizado ainda criança – no Oriente, já se faziam sentir os frutos da evangelização de São Francisco Xavier (1549-1551). Foi educado num colégio jesuíta e ingressou na Companhia de Jesus, o primeiro japonês a fazê-lo, desejando ser sacerdote e missionário.

Pelo fato de ser do país, e portanto natural com a sua cultura e língua, pôde entrar em diversos ambientes, conseguindo muitas conversões. Era ótimo pregador e conferencista, e seu modo afetuoso e acolhedor foi apontado como maior expressão do seu zelo do que suas próprias palavras.

Mas o imperador japonês iniciou uma perseguição aos católicos, expulsando-os do país. Os que ficaram foram presos e condenados, e assim Paulo Miki e dois companheiros, em Osaka. Notável foi a extraordinária coragem dos fiéis japoneses, que, não temendo a morte, publicamente proclamavam sua fé, acompanhavam os irmãos presos, e se ofereciam voluntariamente para o martírio.

A pena para Paulo e 25 outros foi a crucifixão, num lugar elevado que ficou conhecido como Monte dos Mártires, em fevereiro de 1597. Entre eles havia crianças de 11 e 13 anos, adolescentes, sacerdotes e leigos. Testemunhos escritos exaltam a constância e felicidade de todos eles: cantavam salmos, rezavam, encorajavam uns aos outros e instruíam aos que observavam para que abraçassem a Fé. São Paulo Miki publicamente perdoou ao imperador e aos responsáveis por sua morte, e pediu que se convertessem.

Um relato diz dele: “Paulo Miki, nosso irmão, vendo-se colocado no mais honroso e elevado púlpito que jamais tivera, começou por declarar aos circunstantes ser japonês e jesuíta e morrer por ter anunciado o Evangelho; e dava graças a Deus por tão excelente benefício.” E também, nas suas próprias palavras: “Declaro-vos, pois, que não há outro caminho de salvação fora daquele que os cristãos seguem.” São Paulo Miki é padroeiro do Japão.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:
Não há outro caminho de salvação, além do de Jesus Cristo. E este caminho é a Cruz. Não necessariamente o martírio físico, mas certamente o martírio do nosso egoísmo, da crucifixão das nossas próprias vontades, quando são contrárias às de Deus; da resistência firme às pressões e seduções do mundo, da carne e do demônio. Maravilhoso será se verdadeiramente considerarmos como grande benefício morrer para o pecado, para viver com Cristo. E, nesta missão, auxiliar e contarmos com o auxílio dos irmãos, como deve ser numa família que se ama.

Oração:

Senhor, cuja bondade abarca o Universo inteiro, o Ocidente e o Oriente, concedei-nos pela intercessão e exemplo de São Paulo Miki e companheiros a docilidade do coração e dos modos, a fim de perdoarmos amorosamente mesmo os que nos perseguem, pedindo para eles a sincera conversão, e sermos sempre voluntários para fazer o bem, especialmente diante do mal, sem jamais recusar a nossa cruz, mas abraçando-a com a mesma caridade dos santos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.https://www.a12.com/r

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05 de Fevereiro

05 de Fevereiro – Santa Águeda   –   )

Águeda, ou Ágata, nasceu em Catânia na ilha da Sicília, Itália, aproximadamente no ano de 230. De família nobre e rica, era bonita, inteligente, e muito religiosa. Por isso consagrou a Deus sua virgindade.

Contudo um homem poderoso da cidade a pediu em casamento. Sendo recusado, ela foi então denunciada como cristã, numa época em que o imperador romano Décio perseguia cruelmente a Igreja. Ágata foi presa e humilhada durante o processo de condenação. O governador de Catânia a entregou a uma mulher de má vida na tentativa de corrompê-la. Isto não funcionou, então ela foi esbofeteada e chicoteada; nua, foi arrastada sobre cacos de vasos e brasas; cortaram-lhe os seios.

A esta brutalidade, disse Ágata ao juiz: “Não te envergonhas de mutilar na mulher o que tua mãe te ofereceu para amamentar?”. Uma tradição diz que na mesma noite São Pedro lhe apareceu e curou a mutilação. Mas as torturas continuaram, lentamente, até a sua morte, por volta de 254. Um ano depois do seu falecimento, o vulcão Etna entrou em erupção. A população de Catânia, tomando o véu que cobria o seu sepulcro, o atirou contra as lavas, que pararam imediatamente, sendo assim preservada a cidade. O dia, 5 de fevereiro, ficou sendo o da sua memória litúrgica.

 Santa Ágata é uma das santas mais conhecida mártires católicas desde o século IV, e sua conduta heroica lhe mereceu ter o nome no Cânon da Missa. Até hoje é muito venerada na Itália, sendo padroeira das mulheres que sofrem de problemas nos seios.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:
Santa Ágata é mais um maravilhoso exemplo da fidelidade total a Cristo, à Fé e à Igreja. Se revestidos do Espírito Santo, todos os fiéis podem dar o mesmo testemunho de rejeitar a vida mundana, esquecida de Deus, e receber a plenitude das promessas de Jesus, a perfeita vida infinita com a Trindade. Este mundo inevitavelmente passa; e se bem que Deus não exija em geral dos Seus filhos provas tão difíceis como o martírio cruento, é necessário que nos disponhamos, mesmo com sacrifícios, a colocar sempre em primeiro lugar o seguimento a Deus, diante das pressões e tentações do “mais fácil” que a vida terrena sempre oferece.

Oração:
Senhor, por intercessão de Santa Ágata, dai-nos a sua mesma coragem, fortaleza e Fé, nutrindo-nos constantemente com o alimento que, por Vossa e Nossa Mãe a Virgem Maria, nos destes para a Salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Pão Eucarístico. Amém.
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03 de Fevereiro

03 de Fevereiro – São Brás –
São Brás nasceu na Armênia, Turquia, em meados do século III, uma época de perseguição religiosa à Igreja Católica. Foi médico, procurando curar o corpo mas também, através do apostolado, a alma dos seus pacientes.

Por tamanhas virtudes, a comunidade cristã de Sebaste, onde habitava, o elegeu como bispo. Diante das perseguições, deu exemplo de firmeza na fé, exortando os fiéis a perseverar ainda que Licínio, o imperador romano, fizesse muitos mártires em Sebaste (como Eustácio Carcério e os 40 soldados colocados para morrer, nus, num campo gelado). Jesus havia aconselhado que, se perseguidos, os discípulos deveriam fugir para outra cidade (cf. Mt 10,23), Assim fez São Brás, recolhendo-se a um lugar deserto, mas de onde permanecia a pastorear o seu rebanho. Este local foi descoberto e soldados romanos o foram prender; a eles, disse o santo: “Sede benditos, vós me trazeis uma boa-nova: que Jesus Cristo quer que o meu corpo seja imolado como hóstia de louvor”.

Depois de processado e condenado, submeteram-no a cruéis torturas, e em seguida o penduraram num andaime e o deixaram para morrer. Mas como isto não ocorreu, descarnaram os seus ossos usando pentes de ferro; finalmente, o degolaram, pois ainda não havia morrido.

A tradicional bênção de São Brás, ou “bênção da garganta”, concedida pela Igreja neste dia, está relacionada a um dos muitos milagres do santo. Uma mãe, em desespero, lhe apresentou o filho pequeno sufocando, com uma espinha de peixe entalada na garganta. Brás o curou imediata e miraculosamente. A bênção e a iconografia do santo incluem um par de velas que ele segura, cruzadas, pois teria recebido, no calabouço escuro do cativeiro, um par de velas de um amigo, as quais o iluminavam e aqueciam. São Brás é venerado tanto no Ocidente como no Oriente.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.

 Reflexão:
A barbárie das perseguições aos cristãos dos primeiros séculos ainda hoje nos impressiona, e os mártires de então foram repletos da graça de Deus e de glória, merecendo os nossos louvores até o fim dos tempos. Hoje persistem as perseguições cruentas em alguns lugares do mundo, muitas delas, talvez, tão monstruosas quanto as do início da cristandade, talvez menos divulgadas e conhecidas; e na maior parte do globo existe a perseguição moral, política, ideológica, cultural e midiática, que tanto afasta, de modo mais disfarçado – e por isso, eventualmente, mais perigoso – as almas de Deus. Contra ambas as formas, necessário é que confiemos em Cristo e perseveremos no Seu amor, pois também os impérios mundanos de hoje cairão, e a promessa de Cristo se cumprirá: as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja (cf. Mt 16,18).

Oração:
Senhor Deus Todo Poderoso, pela intercessão e heroico exemplo de São Brás, concedei-nos a graça da firmeza na Fé, diante de qualquer dificuldade nesta vida, para que possamos, como ele, receber a luz e o calor infinitos do Vosso amor, na verdadeira e definitiva vida futura. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que não hesitou em sofrer por nós o martírio da Cruz, e por Nossa Senhora, Vossa e nossa Mãe, e nossa infalível protetora. Amém.
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02 de Fevereiro

02 de Fevereiro – Madre Maria Domênica

Maria Domenica nasceu em Verona, Itália, no dia 12 de novembro de 1862. Teve nos seus pais João Batista Mantovani e Prudência Zamperini, e no seu avô, que vivia com eles, a influência profunda de uma família honesta e cristã de trabalhadores simples, piedosos e dignos.

Frequentou apenas a escola primária, por causa da pobreza da família. Mas a falta de cultura foi compensada pelos dotes de inteligência, vontade e grande senso prático. Desde criança, mostrou sua vocação religiosa e, incentivada pelo avô, dedicava-se à oração e a tudo o que se referia a Deus.

Aos 15 anos, Maria Domenica passou a ser orientada pelo padre José Nascimbeni, que a levou a prosseguir na vida da perfeição. Ela dedicava-se ao ensino do catecismo às crianças, visitava e assistia os doentes e os pobres.

Maria Domenica foi a principal fundadora de uma nova família religiosa, chamada “Pequenas Irmãs da Sagrada Família”. Espalhado pelo mundo, este instituto conta com muitas Irmãs presentes em 150 casas na Itália, Suíça, Albânia, Angola, Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil, dedicadas às mais variadas atividades apostólicas e caritativas.

Madre Maria Josefina da Imaculada faleceu depois de breve enfermidade, no dia 2 de fevereiro de 1934.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:
A vida de caridade, isto é, o amor a Deus e ao próximo colocados em prática, não depende de quase nada, a não ser o mesmo amor por Deus. Santa Maria Domenica dedicou-se à mais importante, talvez, de todas as obras caritativas: a catequese – levar a palavra de Deus ao próximo – e em seguida ao auxílio aos doentes. Enfim, aos mais necessitados, de alma e de corpo, respectiva e hierarquicamente, conforme a vontade salvífica de Deus (pois a saúde do corpo de nada adianta, se a alma se perde no inferno). Nem todos teremos a sua vocação religiosa e a sua santidade específica, mas não há quem não possa, mesmo em pouca medida, cuidar da formação das almas, a começar dentro da própria casa, e em prestar algum auxílio a um doente – começando também, muitas vezes, dentro de casa.

Oração:
Ó Senhor, que és Caridade infinita, e que só desejas a Vossos filhos a cura da alma e do corpo, concedei-nos, por intercessão de Santa Maria Domenica, a humildade e a coragem de, preocupando-nos mais com o bem do próximo do que com as nossas próprias vontades, praticarmos o amor necessário para Convosco em cada irmão, e assim chegarmos ao Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Maria Santíssima. Amém.

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