04 de Julho

04 de Julho – Santa Isabel de Portugal   – 

Isabel foi a terceira filha do rei de Aragão (Espanha), Pedro III, nascida em 1271. Foi criada pelo avô, Tiago (ou, Jaime) I, “O Conquistador”, convertido ao cristianismo e levando uma vida voltada para a fé, que a formou santamente. Sua tia-avó foi Santa Isabel da Hungria, e, como ela, era devota de São Francisco de Assis, empenhada em ajudar os pobres e necessitados.

Com apenas 12 anos foi pedida em casamento por três príncipes, e seu pai escolheu Dom Diniz, herdeiro do trono de Portugal. Já demonstrava então uma personalidade forte, mas doce, e foi reconhecida como uma das mais belas rainhas de Portugal e Espanha, além de muito inteligente e culta. Soube igualmente ser ótima diplomata. Era sobretudo uma mulher de oração e com a vida centrada na Eucaristia.

Teve dois filhos, Constância, futura rainha de Castela (Espanha) e Afonso (IV), futuro rei de Portugal. O esposo lhe era notoriamente infiel, trazendo-lhe grande pesar e humilhação; apesar disso, manteve-se serena e fiel ao seu matrimônio, criando inclusive, com toda a caridade, os filhos ilegítimos do rei.

Exerceu sozinha uma maravilhosa atividade pacificadora entre as cortes portuguesa e espanhola da época, onde as brigas pelo poder se multiplicavam; começou, logo no início do casamento, pela conciliação entre o esposo e o seu irmão que lhe disputava a coroa. Também teve que lidar com o comportamento belicoso do filho. Foi caluniada por um cortesão que a desejava mas não foi correspondido, e sofreu muito até que a sua inocência fosse incontestavelmente provada.

Mas a sua piedade e vida de oração a tudo venceram. Por sua atividade espiritual, acabou por conquistar paz e benefício para o reino, e o reconhecimento de todos. Diariamente assistia à Missa; recitava o Ofício Divino desde os oito anos, acrescentando depois a recitação diária dos Salmos Penitenciais, bem como outras devoções à Virgem Maria e aos santos.

Particularmente destacada era a sua devoção à Nossa Senhora da Conceição, que patrocinou e propagou, de modo que, por meio de Isabel foi celebrada pela primeira vez a Sua festa, em 8 de dezembro de 1320; também Isabel a escolheu como padroeira da nação portuguesa – o que influenciou de forma direta, posteriormente, também a Sua devoção e patronato no Brasil (Nossa Senhora da Conceição Aparecida).

Foi rainha e nobre, igualmente e de modo mais importante, na caridade com os pobres. Protegeu todo tipo de necessitados, principalmente com suas posses e no cuidado dos doentes. Tratava pessoalmente dos leprosos mais repugnantes, medicando suas chagas e lavando suas roupas. E não poucos eram os doentes que saíam de sua presença inteiramente curados. Encaminhava para uma vida digna os órfãos e viúvas; providenciava digna sepultura e mandava celebrar Missas em sufrágio das almas dos abandonados. Quando ela saía no paço real, uma multidão de desvalidos lhe pedia ajuda, e todos eram generosamente atendidos.

Em 1314 refundou o Mosteiro de Santa Clara de Coimbra. Com suas posses sustentava asilos e creches, hospitais para velhos e doentes. Em 1321 fundou em Santarém o Hospital de Nossa Senhora dos Inocentes, que acolhia crianças abandonadas pelos pais. E em 1324, ficando doente seu esposo, o infiel rei Diniz, cuidou também dele, até sua morte no ano seguinte.

Viúva, Isabel abdicou dos seus títulos de nobreza, doou sua fortuna para obras de caridade, depositou sua coroa no altar de São Tiago de Compostela e recebeu o hábito da Ordem Terceira Franciscana no Mosteiro das Clarissas, em Coimbra. Dedicou-se a uma vida de oração, piedade, pobreza, mortificação e cuidado dos pobres e doentes. Em 1336, enferma, saiu do mosteiro para, mais uma vez, encontrar-se com o filho Afonso e conciliar disputas familiares. Faleceu no mesmo ano, em Estremoz, distrito de Évora, Portugal, a quatro de julho, sendo sepultada no seu mosteiro em Coimbra.

Seu corpo permaneceu incorrupto, exalando um bálsamo perfumado, e inúmeros milagres foram obtidos junto a ele. Por isso seus descendentes intercediam pelo aceleramento do processo de canonização; mas, já no século XVII, o então Papa Urbano VIII, por prudência, havia estabelecido que ele mesmo jamais haveria de canonizar alguém, de modo a que o tempo e estudos pormenorizados pudessem garantir a verdade em tais processos.

Apenas por educação e cortesia, aceitou uma imagem de Isabel, enquanto os fiéis rezavam incessantemente a Deus pela canonização. Mas, ficando gravemente doente, e lembrando-se do que se falava das curas intermediadas por Isabel, encomendou-se a ela. No dia seguinte, acordou curado. Tornou-se assim seu devoto e a canonizou (em 1625), sendo esta a única canonização do seu pontificado de 21 anos.

 Santa Isabel é padroeira de Portugal e reconhecida como “rainha santa da concórdia e da paz”.

 Colaboração: José Duarte de Barros Filho
Reflexão:
Santa Isabel de Portugal, esposa, rainha, mãe, religiosa, serva; cultivou ao longo da vida a oração, conciliação, perdão, caridade, devoção. Por isso foi esposa da oração, rainha da conciliação, mãe do perdão, devota da religiosidade e serva da caridade. Em qualquer papel que se exerça nesta vida, é preciso como ela ter o alimento da Eucaristia, e conceber Nossa Senhora como Aquela que nos aparece para conduzir na inocência do corpo e da alma. Assim seguiremos o seu exemplo de sustentar com o que temos o patrocínio das boas obras, propagar a cura dos males, que é o Cristo, e fundar um edifício sólido de espiritualidade onde possamos nos recolher definitivamente em Deus.
Oração:
Deus Rei do Universo, cuja Majestade enobrece os Vossos filhos e as nações, concedei-nos por intercessão de Santa Isabel de Portugal, como Vós realeza que serve, seguir em espírito este mesmo exemplo, depositando nesta vida uma coroa de obras de caridade diante do Vosso altar, para, como imagem benéfica aos irmãos, mantermos a alma incorrupta, exalando o bonus odor Christi que desejais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.
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03 de Julho

03 de Julho – São Tomé   –
Tomé era judeu da Galiléia, e provavelmente pescador. Seu nome (Didymus, em Grego) significa “gêmeo”, portanto deve ter tido um irmão. Foi um dos 12 Apóstolos escolhidos por Jesus (cf. Mc 3,18; Mt 10,3), acompanhando o Cristo durante os três anos da Sua vida pública. É citado nos Evangelhos sinóticos (isto é, semelhantes, de Mateus, Marcos e Lucas) apenas nas listagens dos Apóstolos, mas São João Evangelista o menciona com mais destaque. Fica evidente daí que, como São Pedro, Tomé tinha um caráter forte e impulsivo, podendo agir com soberba e obstinação, mas também capaz de profundo arrependimento e generosidade.

Assim, quando e apesar da já declarada perseguição dos fariseus a Jesus, Tomé apoia a intenção do Mestre de ir a Betânia para o episódio da ressurreição de Lázaro, apesar do medo dos demais Apóstolos, dizendo a eles: “Vamos também nós, para morrermos com Ele” (Jo 11,16). Porém mais adiante demonstra, na Última Ceia, uma desproporcionada incredulidade: “Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho? Ao que Jesus respondeu: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim” (Jo 14,5-6).

Esta sua incredulidade é ainda maior na situação pela qual São Tomé é mais conhecido, isto é, a de não acreditar na aparição de Jesus aos demais Apóstolos depois da Ressurreição, dizendo: “Se eu não vir as marcas dos pregos em Suas mãos, não colocar o meu dedo onde estavam os pregos e não puser a minha mão no Seu lado, não acreditarei.”; mas oito dias depois Cristo lhes aparece novamente, e Tomé reconhece, e dá, um dos maiores testemunhos da divindade de Jesus que há na Bíblia:

Uma semana mais tarde, os seus discípulos estavam outra vez ali, e Tomé com eles. Apesar de estarem trancadas as portas, Jesus entrou, pôs-Se no meio deles e disse: ‘A Paz esteja convosco’. Depois, disse a Tomé: ‘Coloque o seu dedo aqui e olhe as Minhas mãos; estenda tua mão, coloque-a no Meu lado e crê, e não sejas mais incrédulo!’. Respondeu Tomé: ‘Meu Senhor e meu Deus!’. Então Jesus lhe disse: ‘Porque me viste, acreditaste. Bem-aventurados os que não viram e acreditam” (cf. Jo 20,24-29).

Tomé estava com os outros Apóstolos em Pentecostes (At 2,1-4), recebendo com eles o Espírito Santo. Após a Ressurreição de Jesus, a tradição propõe que São Tomé evangelizou a Síria, Edessa na atual Turquia, a Babilônia, a Mesopotâmia e, especialmente, a Índia. A cidade de Malabar neste país alega sua evangelização na região e o seu martírio pelos hindus, através de golpes de lanças. Os navegadores portugueses, que lá encontraram relíquias de São Tomé, e também São Francisco Xavier, no século XVI, constataram que uma fervorosa comunidade católica, persistente até hoje, ali existe a partir destes relatos.

Não parece mera coincidência que, em 2004, as ondas do tsunami que arrasou esta região não tocaram, ao contrário contornaram, a Igreja de São Tomé onde estão ao menos parte das suas relíquias: a tradição local afirma que o santo ficou um poste – que ainda existe – em frente ao local onde hoje está a igreja, afirmando que as águas do mar jamais passariam dali.

 São Tomé é venerado por católicos, ortodoxos e coptas.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho

  Reflexão:
Aparentemente, a maior parte dos cristãos é gêmea de Asão Tomé. Somos iguais a ele em arroubos entusiasmados por Jesus e em Dele duvidar. Em não identificar o Caminho, mesmo O comungando na ceia eucarística. Felizmente, nada impede que como ele, humildemente, O vejamos como de fato é, Deus e Senhor que Se apresenta para nós de modo evidente, palpável, na realidade das chagas com que nos deparamos na vida para tocá-las com caridade, e na Vida que ainda mais caridosamente toca nossas chagas de corpo e alma, nos Mandamentos e Sacramentos. Já disse São Gregório Magno que Tomé, colocando as mãos nas chagas de Jesus, curou a ferida da nossa incredulidade. De fato, grande prova da Ressurreição é o testemunho de um cético. A nossa Fé deve, sim, ser embasada na Razão, por isso é prudente conhecer os fundamentos daquilo que cremos, mas é absolutamente necessário que nos disponhamos a seguir além, dar o passo no Caminho mesmo sem ver o que estará depois da curva, ou não sairemos do lugar, apenas questionado a Verdade enquanto a Vida passa. E então não haverá cura para a ferida de não estarmos seguros ao Seu lado.

Oração:
Meu Senhor e meu Deus, concedei-nos por intercessão de São Tomé acreditarmos no testemunho daqueles que Vos enxergam claramente, os santos, de modo a nos fincarmos na Verdade e assim não nos deixarmos carregar pelas ondas da desconfiança e incredulidade que afogam a Fé e as boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

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02 de Julho

02 de Julho – São Bernadino Realino

Bernardino nasceu na ilha de Capri, Itália, em 1530, de rica e nobre família. Recebeu formação católica e na juventude destacou-se pela inteligência. Com 12 anos, terminou os estudos clássicos na famosa Academia de Modena; em 1548, com 18, formou-se em Filosofia, Medicina, Direito Civil e Direito Eclesiástico na também famosa Universidade de Bolonha. Doutorou-se em Direito Civil e Eclesiástico em 1556.Aos 25 anos, por indicação do cardeal e governador de Milão, amigo de sua família, iniciou uma muito bem sucedida carreira administrativa, política e social: sucessivamente, foi prefeito de Felizzano de Monferrato, advogado fiscal de Alexandria, prefeito de Cassine, prefeito de Castel Leone, e, em Nápoles, auditor e lugar-tenente a serviço do marquês Francesco Ferdinando d’Avalos, vice-rei da Sicília. Ao longo destes dez anos, sempre ajudou os pobres.

Mas em 1564, já com enorme sucesso, ficou gravemente doente. Acamado, dedicou-se mais à oração, e teve uma visão de Nossa Senhora com o Menino Jesus ao colo, o que o impactou enormemente. Procurou a orientação e direção espiritual de um frade jesuíta, discernindo a vontade de Deus para a sua vida e, com 35 anos, foi ordenado sacerdote da Companhia de Jesus

Intensificou então o seu trabalho junto aos pobres, além de se tornar um grande pastor e evangelizador. Recebendo os dons da cura e do bom conselho, passou a ser procurado por religiosos, por nobres e pelo povo em geral: o Papa Paulo V, o Imperador Rodolfo II do Sacro Império Romano-Germânico, o rei Henrique IV de França, os Duques da Baviera, Mântua, Parma e Módena. São Roberto Belarmino ajoelhou-se diante dele.

Em 1574 Bernardino foi enviado para Lecce a fim de fundar um colégio jesuíta, e lá permaneceu por 42 anos, marcando de forma tão profunda e benéfica a cidade que, muito adoentado e prestes a morrer, recebeu o pedido direto do conselho municipal para ser o seu padroeiro e interceder a Deus por ela, quando estivesse na Glória do Pai, um fato inédito na Igreja Católica e o reconhecimento da sua santidade, já em vida… pedido que ele aceitou de viva voz.

 Bernardino faleceu aos 86 anos, em 2 de julho de 1616. É padroeiro de Lecce (mesmo antes de ter sido canonizado!) e depois também de Capri.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:
São Bernardino, antes do sacerdócio, legitimamente trabalhava com êxito na vida leiga, nada fazendo de especialmente condenável. Seria este também um caminho santificação, digno aos olhos de Deus. Mas há dois detalhes que o alavancaram para um patamar espiritual superior. Recebeu formação católica… boa formação, certamente, dado que era honesto no trabalho e aproveitava corretamente o dom de inteligência que recebera; e sempre ajudava os pobres… portanto, não esquecido dos necessitados pelo próprio sucesso, praticava constantemente a caridade. Com tais disposições, Deus lhe propôs ainda mais: “Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado” (Mt 5,29). Daí a Providência de uma enfermidade, que o levou a rezar mais, e preparar assim a alma para uma revelação; depois da qual, sensatamente buscou autêntica orientação espiritual. A partir da qual, por fim, consagrou-se mais perfeitamente a Deus. E como religioso foi simplesmente um bom pastor, evangelizando: Deus lhe deu, a mais, os dons da cura e do bom conselho. Educação católica, caridade. Realidades possíveis e até comuns. Caro leitor, qual etapa do roteiro de vida de São Bernardino estaria tão inacessível aos católicos normais, que tenham como ele se iniciado no conhecimento da Doutrina e, por consequência necessária, buscado praticar habitualmente a caridade? Católicos como nós… Que trabalhamos, vivendo a vida usual. Também a nós Deus quer santos. Talvez que nas doenças e adversidades, não nos conformemos… nãos busquemos com mais vontade a oração… que vejamos Nossa Senhora e Jesus em visões de sonhos, mas não na realidade… que não busquemos adequada direção espiritual. Deus sempre nos provê com muitos dons; mas se não os aproveitamos para enriquecer a Ele, ao espírito (querendo enriquecer mais o corpo) e ao próximo, se nem ao menos os identificarmos, ficaremos tão pobres deles, que por fim nada teremos. O mundo se encarregará de no-los tirar – incluindo a vida, perecível no físico. Temos dons, para recebermos ainda mais; é este o plano de Deus. São Bernardino é para nós a evidência clara de que a santidade faz parte da normalidade, que pode ser alcançada nos contextos mais comuns. Queremos? “Pedi e vos será dado, procurai e achareis, batei na porta e ela se abrirá para vós” (Mt 7,7).

Oração:
Senhor, que desde a eternidade nos quer felizes, e portanto santos, concedei-nos por intercessão de São Bernardino Realino o bom conselho de, como ele, “não nos contentarmos com este mundo”, ainda no que é legítimo, para não perdermos o que de maior nos quereis dar, que é Vós mesmo; que ele ajude, como fez na Terra, ao que há de mais pobre, o nosso pobre coração, com a cura espiritual. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.
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01 de Julho

01 de Julho – São Galo   –
Filho de pais nobres e ricos, Galo nasceu na França no ano 489. Na sua época era costume os pais combinarem os matrimônios dos filhos. Por isto, ele estava predestinado a se casar com uma jovem donzela de nobre estirpe. Mas Galo desde criança já havia dedicado sua alma à vida espiritual. Para não ter de obedecer à tradição social, ele fugiu de casa, refugiando-se num convento.
Ele era tão dedicado às cerimônias da Santa Missa que se especializou nos cânticos. Contam os escritos que, além do talento para a música, era também dotado de uma voz maravilhosa que encantava e atraía fiéis para ouvi-lo cantar no coro do convento.
Sua atuação religiosa fez dele uma pessoa querida. Foi designado para atuar na corte de Teodorico. Em 527, quando morreu o bispo Quinciano, Galo era tão querido e respeitado que o povo o elegeu para ocupar o posto.
Se não bastasse sua humildade, piedade e caridade, para atender às necessidades do seu rebanho, Galo protagonizou vários prodígios ainda em vida. Salvou sua cidade de um pavoroso incêndio que ameaçava transformar em cinzas todas as construções locais e livrou os habitantes de morrerem vítimas de uma peste que assolava a região.

Ele morreu em 01 de julho de 554, causando forte comoção na população, que logo começou a invocá-lo como santo nas horas de dor e necessidade.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:
Destaca-se na pessoa de São Galo seu zelo pela liturgia da Igreja. Para ele, o zelo pelas celebrações, tornando-as agradáveis e profundas, era um meio de trazer mais pessoas para viver o mistério de Cristo. A Igreja sempre deu à liturgia um lugar de destaque. Celebrar com dignidade e criatividade é parte essencial da vida cristã. Como a sua comunidade tem celebrado o mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo?
Oração:
Deus Pai de bondade, que criaste o ser humano para a felicidade e o dispuseste para cantar o seu louvor, alcançai-nos viver com amor o mistério do Cristo e que possamos, a exemplo de São Galo, revestir-nos de humildade para que o vosso nome seja engrandecido. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
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30 de Junho

30 de Junho – Os primeiros mártires de Roma   –
Memória aos primeiros cristãos perseguidos e martirizados em Roma. No ano de 64, um pavoroso incêndio reduziu Roma a cinzas. O imperador Nero, considerado imoral e louco por alguns historiadores, se viu acusado de ter sido o causador do incêndio.

Nero sabia dos boatos e calúnias que eram lançados contra os cristãos e para se defender, acusou os cristãos de terem causado o incêndio, fazendo brotar um ódio dos pagãos contra os seguidores de Cristo. Nero então ordenou o massacre de todos eles.

Houve execuções de todo os tipos e formas das mais cruéis possíveis. Adultos eram queimados vivos, crianças e mulheres eram vestidas com peles de animais e jogadas no circo às feras, para serem destroçadas e devoradas por elas.

A crueldade se iniciou no ano de 64 e se estendeu até 67, chegando a um exagero tão grande que acabou incutindo no povo um sentimento de piedade. O ódio acabou se transformando em solidariedade. Os apóstolos São Pedro e São Paulo foram duas das mais famosas vítimas deste imperador.

Porém, como bem nos lembrou o Papa Clemente, o dia de hoje é a festa de todos os mártires, que com o seu sangue sedimentaram a gloriosa Igreja Católica. No sangue dos homens e mulheres que foram sacrificados em Roma nasceu forte e viçosa a flor da evangelização.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR


Reflexão:
Celebramos nesta festividade a memória dos numerosos mártires que não tiveram um lugar especial na liturgia. Eles são testemunhas da ressurreição de Jesus. Pela fé nos mostram que aqueles que creem em Cristo viverão para sempre, porque Deus é Deus de vivos. Por isso, todo martírio pela fé é um sinal marcante de que vale a pena doar a vida pelo Reino de Deus.

Oração:
Santos mártires de nossa santa Igreja, que passaram por tantos sofrimentos mas não perderam a fé, nós vos louvamos por vossas vidas tão heroicas e santas e nos consagramos a vós para que também nós nos tornemos cristãos em verdade e em vida. Assim seja!
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29 de Junho

29 de Junho – São Pedro e São Paulo   –  
A solenidade de São Pedro e de São Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Depois da Virgem Santíssima e de São João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a Conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, temos a festa da Cátedra de São Pedro e 18 de novembro, reservado à Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo.

São Pedro
Tinha como primeiro nome Simão, era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Simão era Pescador e foi chamado pelo próprio Senhor Jesus. Esteve presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor, como no momento da Transfiguração.

São Paulo
Saulo era natural de Tarso. Se tornou um fariseu zeloso, era perseguidor dos cristãos, sendo responsável inclusive pela morte de muitos deles. Se converteu à fé cristã, enquanto perseguia os cristãos, no caminho de Damasco, quando o próprio Senhor Jesus Ressuscitado lhe apareceu dizendo: “Saulo, Saulo, por que você me persegue?”.

São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro Papa da Igreja. A ele Jesus disse: “Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja”. São Paulo é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o “Apóstolo dos gentios”.

O martírio de ambos ocorreu na cidade de Roma: São Pedro, crucificado de cabeça para baixo na Colina Vaticana em 64, e São Paulo decapitado na chamada Três Fontes em 67.

Na homilia de 2012, por ocasião da solenidade de São Pedro e São Paulo, o papa Bento XVI chamou esses dois apóstolos de “principais patronos da Igreja de Roma”“A tradição cristã sempre considerou São Pedro e São Paulo inseparáveis: juntos, de fato, eles representam todo o Evangelho de Cristo”, afirmou o papa Bento XVI.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:
Pedro, segurando as chaves, símbolo de seu apostolado como chefe da Igreja, e Paulo, missionário por excelência, são as duas colunas da Igreja, enraizadas no grande fundamento da fé, que é Jesus Cristo. Celebrar a festa destes apóstolos nos permite vislumbrar a aproximação do Reino de Deus, que nasce de nosso envolvimento com a causa do evangelho.

Oração:
Príncipes dos apóstolos e doutores do Universo, São Pedro e São Paulo, rogai ao Mestre de todas as coisas que dê a paz ao mundo e às nossas almas a sua grande misericórdia. Fazei de nós seguidores fiéis de Jesus e inspirai-nos o zelo missionário. Amém!
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28 de Junho

28 de Junho –  Santo Irineu de Lyon   –

Padre da Igreja, grego de nascimento, filho de pais cristãos, nasceu na ilha de Esmirna no ano 130. Foi discípulo de São Policarpo, que tinha sido discípulo de João Evangelista, o que torna muito importante os seus testemunhos doutrinais.

Muito culto e letrado em várias línguas, Irineu foi ordenado por Policarpo, que o enviou para Lyon na França, onde havia uma grande população de fiéis cristãos procedentes do Oriente.

Santo Irineu também era conhecido como homem da paz. Em uma de suas missões, ele interveio na questão na celebração da Páscoa, porque enquanto algumas igrejas a celebravam em unidade com a Páscoa dos judeus, outras, sobretudo Roma, a celebravam no domingo seguinte. A atuação de Santo Irineu foi muito importante para resolver a controvérsia pascal e para o restabelecimento da paz entre as igrejas da Ásia Menor com Roma.

Santo Irineu escreveu muitas obras. A primeira delas foi Adversus haereses, “Contra as Heresias”, ele desmascarou o sistema gnóstico através da doutrina evangélica e apostólica que vinha dos sucessores dos apóstolos, dos apóstolos e de Jesus Cristo.

Outra obra importante foi: Demonstração da pregação apostólica que colocou a regra da fé, como ponto importante na vida eclesial e dos seguidores do Senhor. Santo Irineu tratou do mistério de Deus Uno e Trino, da criação, da caída do ser humano, da encarnação e da redenção. Ele tinha presente nesta obra às profecias até Jesus Cristo, o Filho de Davi e o Messias.

Uma perseguição decretada pelo imperador Marco Aurélio atingiu a cidade de Lyon, ocasionando o grande massacre dos cristãos, todos mortos pelo testemunho da fé. Irineu morreu como mártir, no dia 28 de junho de 202.

Santo Irineu foi declarado Doutor da Igreja pelo papa Francisco em 21 de janeiro de 2022 com o título de Doctor unitatis.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:
Santo Irineu, cujo nome significa “paz”, lutou para a preservação da paz e da unidade da Igreja. Era um homem equilibrado e cheio de ponderação. Foi o primeiro a procurar fazer uma síntese do pensamento cristão, cuja influência se faz notar até nossos dias. Sobre o conhecimento de Deus, ele dizia: “A ciência infla, mas a caridade edifica. Com efeito, não há orgulho maior do que se julgar melhor e mais perfeito que o próprio criador, modelador, doador do hálito de vida e do próprio ser. É que alguém não saiba absolutamente nada, sequer um motivo, do porque foram criadas as coisas, e acreditar em Deus, e perseverar no seu amor, do que encher-se de orgulho por motivo desta pretensa ciência e afastar-se deste amor que vivifica o homem”.

Oração:
Deus, nosso Pai, vós concedestes ao bispo Santo Irineu firmar a verdadeira doutrina e a paz da Igreja; pela intercessão de vosso servo, renovai em nós a fé e a caridade, para que nos apliquemos constantemente em alimentar a união e a concórdia. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
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27 de Junho

27 de Junho – Santo Cirilo de Alexandria

São Cirilo de Alexandria, nasceu no ano de 370, no Egito. Sobrinho de Teófilo, bispo de Alexandria, assumiu a diocese em 412, após a morte do tio. Governou a diocese até o ano 444, data do seu falecimento.

Durante esses trinta e dois anos de episcopado, exerceu forte liderança na Igreja, pois detinha profundo conhecimento teológico e era muito humilde. Deixou muitos escritos e firmou a posição da Igreja no Oriente. Primeiro, resolveu o problema com os judeus que habitavam a cidade: ou deixavam de atacar a religião católica ou deviam mudar-se da cidade. Depois, foi fechando as igrejas onde não se professava o verdadeiro cristianismo.

É considerada a sua maior obra a defesa do dogma de Maria, como a Mãe de Deus. Ele se opôs e combateu Nestório, patriarca de Constantinopla, que professava ser Maria apenas a mãe do homem Jesus e não de Um que é Deus, da Santíssima Trindade, como está no Evangelho. Por esse erro de pregação, Cirilo escreveu ao papa Celestino, o qual organizou vários sínodos e concílios, onde o tema foi exaustivamente discutido. Em todos eles, o papa foi representado por Cirilo.

No Concilio de Éfeso, em 431, finalmente se chegou à conclusão do tema com a condenação dos erros de Nestório e a proclamação da maternidade divina de Nossa Senhora. Também foram considerados hereges os bispos que não aceitavam a santidade de Maria.

Sua data é celebrada por toda a Igreja Católica, do Oriente e do Ocidente, são Cirilo de Alexandria, recebeu o título de doutor da Igreja treze séculos após sua morte, durante o pontificado do papa Leão XIII.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:
Toda a nossa vida é uma primavera, porque temos em nós a verdade que não envelhece e essa verdade anima toda a nossa caminhada “. São Cirilo acreditava que o homem vive no tempo e no espaço, mas algo dentro de si o impulsiona para realidades mais profundas e elevadas. Que Deus nos inspire e oriente, para que busquemos sempre as realidades mais profundas e elevadas que Ele deseja para nós, segundo o espírito e fé de São Cirilo de Alexandria.

Oração:
Eu vos saúdo, Maria, mãe de Deus, tesouro venerável de todo o universo, farol que se não extingue, brilhante coroa da virgindade, cetro da boa doutrina…Eu vos saúdo, vós que, no vosso seio virginal, contivestes aquele que é imenso e incompreensível; vós por quem a Santa Trindade é glorificada e adorada; vós por quem a cruz preciosa do Salvador é exaltada por toda a terra; vós por quem o céu triunfa, os anjos se rejubilam, os demônios fogem, o tentador é vencido, a criatura culpada se eleva ao céu, o conhecimento da verdade se estabelece sobre as ruínas da idolatria; vós por quem os fiéis obtêm o batismo, e são ungidos com o óleo da alegria; vós, por quem todas as igrejas do mundo foram fundadas, e as nações conduzidas à penitência; vos, enfim, por quem o Filho único de Deus, que é a luz do mundo, iluminou aqueles que se achavam sentados nas sombras da morte!…Haverá homem que possa louvar dignamente a incomparável Maria?”
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26 de Junho

26 de Junho – Josemaría Escrivá –

Josemaría Escrivá de Balaguer nasceu em Barbastro na Espanha, em 9 de janeiro de 1902. Ele cresce uma família católica, ele era o segundo de um total de seis filhos do casal José Escrivá e Maria Dolores Alba.

Já na infância ele se depara com as dores da vida, entre os anos de 1910 e 1913, as três irmãs mais novas morreram. Já no final de 1914, sua família se muda para Logronho, pois a empresa de seu pai faliu.

Em 1917, Josemaría sente o chamado de sua vocação, a partir de um fato inusitado, ao perceber as pegadas de um carmelita que caminhava descalço na neve, ele se sentiu tocado por Deus e que precisava se entregar ao serviço de Deus.

Em 1918 iniciou seus estudos no Seminário de Logronho, como aluno externo, em 1920, entrou para o Seminário de São Carlos, de Saragoça.

No dia 28 de Março de 1925, foi ordenado sacerdote na capela do Seminário. No dia 30, celebrou a primeira Missa na Basílica do Pilar, em sufrágio pela alma do pai que havia falecido há quatro meses. Passou a exercer o ministério em um povoado rural. Depois, trabalhou em Saragoça. Autorizado pelo bispo, foi para Madri em 1927, onde se formou em Direito.

Em 2 de outubro de 1928, Josemaría participava de um retiro espiritual e, enquanto meditava, “vê” a missão que o Senhor lhe chamava: iniciar um novo caminho vocacional na Igreja, promover a busca da santidade e o apostolado através da santificação do trabalho ordinário no meio do mundo, sem mudar de status. Nascia assim a Opus Dei. Poucos meses depois, o Senhor o fez compreender que deveria incluir também as mulheres.

Em 24 de fevereiro de 1947, o Papa Pio XII concedeu o decretum laudis e, em 16 de junho de 1950, a aprovação definitiva.

São Josemaría Escrivá morreu por causa de uma parada cardíaca, no dia 26 de junho de 1975. Ele estava em seu escritório, aos pés de uma imagem de Nossa Senhora de Guadalupe.

A Opus Dei já estava presente nos cinco continentes, tendo mais de sessenta mil membros em oitenta países.
 Foi beatificado em 17 de maio de 1992 e sua canonização aconteceu no dia 6 de outubro de 2002, em cerimônia celebrada pelo papa São João Paulo II.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:
O objetivo do Opus Dei é elevar a Deus toda realidade criada, com a ajuda da graça, para que Cristo reine em todos e em tudo; conhecer Jesus Cristo, torná-lo conhecido, levá-lo a todos os lugares. Imagino que de tudo tirais oportunidade para ter intimidade com Deus e com a sua Mãe bendita, nossa Mãe, e com São José, nosso Pai e Senhor, e com os nossos Anjos da Guarda, para ajudar a Igreja Santa, nossa Mãe, que está tão necessitada, que está a passar tão mal no mundo, neste momento! Temos de amar muito a Igreja e o Papa, seja ele quem for. Pedi ao Senhor que o nosso serviço seja eficaz para a sua Igreja e para o Santo Padre”.

Oração:
Ó Deus, que por mediação da Santíssima Virgem Maria, concedestes inumeráveis graças a São Josemaria, sacerdote, escolhendo-o como instrumento fidelíssimo para fundar o Opus Dei, caminho de santificação no trabalho profissional e no cumprimento dos deveres cotidianos do cristão, fazei que eu saiba também converter todos os momentos e circunstâncias da minha vida em ocasião de Vos amar, e de servir com alegria e com simplicidade a Igreja, o Romano Pontífice e as almas, iluminando os caminhos da terra com o resplendor da fé e do amor. Concedei-me por intercessão de São Josemaria o favor que vos peço… Assim seja. Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.”
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25 de Junho

25 de Junho – São Próspero   –
Próspero nasceu no final do século IV na França. Estudou na sua cidade natal e logo se tornou escritor e teólogo. Ficou conhecido como “o melhor discípulo de Agostinho”, pois dedicou grande parte da sua vida para defender as doutrinas de graça de Agostinho.

Ele não foi sacerdote, porém viveu no mosteiro de Marselha como leigo. A Igreja o venera como 
“Professor da Fé”.
Próspero viu se difundir a doutrina herética ensinada por Pelágio, que negava o pecado original e a necessidade da Graça Divina para a salvação humana. Portanto, o homem seria capaz de se salvar apenas praticando o bem e segundo a sua própria vontade, pois a Graça Divina era importante, mas não indispensável.

Próspero, para fortalecer seus argumentos, escreveu a Agostinho, que respondeu com cartas que hoje são conhecidas como “Sobre a predestinação dos santos” e “Sobre o dom da perseverança”.

Próspero se transferiu para Roma em 435, onde continuou com suas obras. Escreveu um comentário sobre os Salmos e sobre seu mestre Agostinho. A partir de 440, Próspero foi convocado pelo papa Leão Magno, o Grande, para ser seu secretário, exercendo a função até depois de 463, quando morreu. Deixou muitos escritos teológicos, as seleções de Próspero dos escritos de Agostinho foram a base dos decretos do Concílio de Orange em 529.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:
Nosso querido santo sempre valorizou em seus escritos o matrimônio cristão como fonte de santificação para os cônjuges. No escrito “De um esposo à sua mulher”, Próspero escreveu: “Se o orgulho me elevar, corrija-me! Seja a minha consolação nos sofrimentos. Demos ambos exemplos de uma vida santa e verdadeiramente cristã. Cumpramos os nossos deveres. Levante-me, se por ventura eu cair. Esforce-se por se levantar, quando eu a corrigir. Não nos contentemos com ser um só corpo, sejamos também uma só alma”.

Oração:
nhor Pai de Bondade, pela intercessão de São Próspero, abençoai e protegei todos as famílias que têm no Cristo a luz de suas vidas. Dai aos esposos serem zelosos com suas mulheres e filhos. Derramai sobre as mulheres o carinho pelos esposos e o cuidado pelos filhos. E aos filhos, inspirai o respeito e amor aos pais. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
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08 de Junho

08 de Junho    Santo Efrém  –
 Efrém nasceu no ano 306, na cidade de Nisibi, atual Turquia. Cresceu em meio a graves conflitos de ordem religiosa e heresias, que surgiam tentando abalar a unidade da Igreja. Mas todos eles só serviram de fermento para o fortalecimento de sua fé em Cristo e Maria.

O pai de Efrém era sacerdote pagão e sua mãe cristã. Ele foi educado na infância entre a dualidade do paganismo do pai e do cristianismo da mãe, mas o patriarca da família jamais aceitou a fé professada pelo filho e expulsou-o de casa. Efrém foi batizado aos dezoito anos.

No ano 338, Nisibi foi invadida pelos persas. Efrém, então diácono, se deslocou para a cidade de Edessa. Os poucos registros sobre sua vida nos contam que era muito austero. Ele dirigiu e lecionou uma escola que pregava e defendia os princípios cristãos, escrevendo várias obras sobre o tema.

Seus sermões atraiam multidões e sua escola era muito concorrida, pelo conteúdo didático simples e exortativo, atingindo diretamente o povo mais humilde. Por sua linguagem poética recebeu o apelido carinhoso de “a Harpa do Espírito Santo”. Para Nossa Senhora dedicou mais de vinte poemas transformados em hinos.

Efrém morreu no dia 09 de junho de 373 e é venerado neste dia por sua santidade, tanto pelos católicos do Oriente como do Ocidente.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:
São Efrém destacou-se na vida cristã como alguém dedicado ao serviço dos mais sofredores. Soube usar da arte sacra, sobretudo da música, para evangelizar e fazer o nome de Jesus conhecido. Ainda hoje os artistas cristãos colaboram no projeto da missão, fazendo o evangelho conhecido através da música, da arquitetura, poesia e pinturas.

Oração:

Senhor e Mestre da minha vida, afasta de mim o espírito de preguiça, o espírito de dissipação, de domínio e de palavra vã. Concede a teu servo o espírito de temperança, de humildade, de paciência e de caridade. Sim, Senhor e Rei, concede-me que eu veja as minhas faltas e que não julgue a meu irmão, pois Tu és bendito pelos séculos dos séculos. Amém!
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07 de Junho

07 de Junho – Santo Antônio Maria Gianelli

Antônio Maria Gianelli nasceu em Cereta, na Itália, no dia 12 de abril de 1789, ano da Revolução Francesa. Sua família era de camponeses pobres e neste ambiente humilde aprendeu a caridade, o espírito de sacrifício, a capacidade de dividir com o próximo. Desde pequeno era muito assíduo na sua paróquia e foi educado no Seminário de Gênova.

Aos vinte e três anos estava formado e ordenado sacerdote. Lecionou letras e retórica e sua primeira obra a impressionar o clero foi um recital, no qual defendia a nova postura na formação de futuros sacerdotes.

Em 1827 criou uma pequena congregação missionária para sacerdotes, que colocou sob a proteção de Santo Afonso Maria de Ligório, destinada a aprimorar o apostolado da pregação ao povo e a organização do clero.

Depois fundou uma congregação feminina, destinada à educação gratuita das meninas carentes. Era na verdade o embrião da Congregação religiosa que seria fundada em 1829, as “Filhas de Maria Santíssima do Horto”.

Em 1838 foi nomeado Bispo, reorganizando sua diocese. Punia os padres pouco zelosos e até mesmo expulsava os indignos.

Morreu no dia 07 de junho de 1846, aos cinqüenta e sete anos. Na obra escrita que deixou expõem seu pensamento: a moralidade do clero na vida simples e reta de trabalho no seguimento de Cristo.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:
Muitos homens e mulheres foram chamados por Deus para formarem novas famílias religiosas. A vida consagrada apresenta-se ao mundo como uma forma alternativa de estar no mundo e lutar pela sua transformação. Que Deus continue alimentando as vocações para a vida religiosa, feminina e masculina, e desperte nos jovens o desejo de servir a Deus, a exemplo de Antonio Gianelli.

Oração:
Santo Antonio Maria Gianelli, fundador de duas congregações religiosas, intercedei junto a Deus para que dê aos nossos sacerdotes essa mesma fidelidade para serem agradáveis a Deus e verdadeiros testemunhos para o povo. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

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