11 de Fevereiro

11 de Fevereiro – São Pedro de Jesús Maldonado  –
Pedro de Jesús Maldonado Lucero nasceu na cidade de Chihuahua, 15 de junho de 1892. Ingressou aos 17 anos no seminário de Chihuahua, no México. Abandonou os estudos por um certo tempo, devido a problemas no seminário e pela suspensão das aulas por causa dos conflitos políticos de 1914, decidiu então se dedicar a aprender música.

Foi ordenado sacerdote em El Paso, no estado do Texas, Estados Unidos, em 1918. Desse momento se dedicou com muito entusiasmo à catequese das crianças, incremento notavelmente a adoração noturna e as associações marianas.

Seu propósito como seminarista: “Tenho pensado em ter meu coração sempre no céu e no tabernáculo”. Este se tornou o ideal de sua vida e fonte de toda a sua atividade sacerdotal.

Sacerdote apaixonado pelo Santíssimo Sacramento, ele era um adorador contínuo e fundador de muitas voltas de adoração noturna entre os paroquianos confiados a ele. Em 10 de fevereiro de 1937, na quarta-feira de cinzas, ele celebrou a Eucaristia, transmitiu as cinzas e dedicou-se a confessar. De repente, um grupo de homens armados veio prendê-lo.

Padre Pedro tomou um relicário com as hóstias consagradas e seguiu seus perseguidores. Ao chegar à presidência do município, políticos e policiais o insultaram e o espancaram. Um tiro de pistola na testa fraturou seu crânio e fez seu olho esquerdo explodir. O padre, banhado em sangue, caiu quase inconsciente; o relicário se abriu e as hóstias caíram. Coma isso. Pelas mãos de seu carrasco, ele cumpriu seu desejo de receber o Santíssimo Sacramento antes de morrer.

Em agonia, foi transferido para um hospital público em Chihuahua e, no dia seguinte, 11 de fevereiro de 1937, aniversário de sua ordenação sacerdotal, o padre martirizado consumou seu glorioso sacrifício.

Foi beatificado no dia 22 de novembro de 1992 e canonizado em 21 de maio de 2000 pelo papa João Paulo II.

Reflexão:
“Por isso Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na Terra será ligado nos Céus; tudo o que tu desligares na Terra será desligado nos Céus”.

Oração:
São Pedro Maldonado, rogai por nós! Pai nosso que estais nos céus santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação mas livrai-nos do mal, Amém.



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10 de Fevereiro

10 de Fevereiro – Santa Escolástica  – 

 Escolástica, irmã gêmea de São Bento, o pai do monaquismo ocidental, nasceu em Núrcia, Úmbria, na Itália central, em 480. A mãe faleceu no parto dos irmãos, que desde sempre foram gêmeos também na vocação religiosa e de fundadores de mosteiros. Escolástica inclusive abraçou antes que Bento a vida monástica, quando este estudava retórica em Roma.

Escolástica e suas monjas seguiam a regra beneditina, e ela buscava a solidão na oração ou conversas pias sobre assuntos de Deus. Estes colóquios lhe eram muito edificantes e felizes com o irmão. Os respectivos mosteiros, masculino e feminino, dos irmãos, ficavam próximos, mas por motivo de mortificação e ascese eles se encontravam apenas uma vez por ano, numa propriedade do mosteiro de Monte Cassino onde Bento era abade.

Segundo a biografia de ambos escrita por São Gregório Magno, a partir de testemunhas oculares, no ano de 543, compreendendo que sua morte estava próxima, Escolástica foi como de costume visitar Bento, que desceu do seu mosteiro com alguns irmãos para encontrá-la. Passaram o dia juntos em santa comunhão e conversação, jantaram, e, à mesa, ela lhe pediu que ficassem ali naquela noite, falando sobre as coisas de Deus. Bento recusou-se, pois isto seria contra as regras do mosteiro.

Ela então rezou em silêncio, e o tempo, antes calmo e agradável, transformou-se numa chuva tão violenta que Bento e seus monges não podiam sequer sair da sala onde se encontravam. Ele se queixou, dizendo: “Que Deus onipotente te perdoe, irmã! Que fizeste?” Ao que ela respondeu: “Eu pedi a ti e não me quiseste ouvir; pedi ao Senhor, e Ele me escutou. Sai pois agora, se podes!”. Assim, passaram a noite em santas conversas, e no dia seguinte Bento retornou a Monte Cassino. Dias depois, ele teve a visão da alma da irmã, indo para o Céu. Mandou então buscar o seu corpo e o depositou na tumba que havia preparado para si, no próprio mosteiro. Pouco tempo depois, também ele faleceu.

 Santa Escolástica é invocada nas situações em que o clima está hostil. A sua memória litúrgica, a 10 de fevereiro, é obrigatória.

Reflexão:
A busca do silêncio para a oração, e das boas conversas, evitando assuntos frívolos e vãos, bem como a companhia das pessoas de Deus é um exemplo de como devemos orientar a nossa vida, A comunhão fraterna, não apenas com os irmãos naturais, mas também com os de espírito, é uma vocação universal, refletido não apenas na vida de Santa Escolástica, mas igualmente no seu nome – pois “escolástica” se refere ao ensino da Igreja na Idade Média, conciliando as ideias de racionalidade de Aristóteles com a Fé da Verdade revelada.

Oração:
Deus, Pai de toda a Humanidade, concede-nos por intercessão de Santa Escolástica a busca constante do amor aos irmãos, a partir da comunhão Convosco, de modo a que Vossa família não seja separada nem na morte, mas permaneça unida desde já, pelas torrentes da Vossa graça, no clima de paz que infinitamente desejais para nós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e a Virgem Maria, Vossa e nossa Mãe. Amém.
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09 de Fevereiro

09 de Fevereiro – Santa Apolônia   –
A história de Apolônia nos chegou pela narrativa de Dionísio, bispo de Alexandria, escrita em 249. Assim ele se expressa: “No dia 9 de fevereiro, um charlatão alexandrino provocou uma terrível revolta entre os pagãos. As casas dos cristãos foram invadidas e jóias e objetos preciosos foram roubados. Os cristãos, mesmo os velhos e as crianças, foram arrastados pelas ruas, espancados, escorraçados e, condenados a morte, caso não renegassem a fé em voz alta. Os pagãos prenderam também a bondosa virgem Apolônia, que tinha idade avançada. Foi espancada violentamente e teve os dentes arrancados. Além disso, foi arrastada até a grande fogueira, que ardia no centro da cidade, onde seria queimada viva se não repetisse, em voz alta, uma declaração pagã renunciando a fé em Cristo. Neste instante, ela pediu para ser solta por um momento, sendo atendida ela saltou rapidamente na fogueira, sendo consumida pelo fogo”.

O martírio da virgem Apolônia, que terminou aparentemente em suicídio, causou, exatamente por isto, um grande questionamento dentro da Igreja, que passou a avaliar se era correto e lícito, se entregar voluntariamente à morte para não renegar a fé.

Contudo, o gesto da mártir Apolônia, a sua vida reclusa dedicada à caridade cristã, provocou grande emoção e devoção na província africana inteira, onde ela consumou o seu sacrifício. Passou a ser venerada, porque foi justamente o seu apostolado desenvolvido entre os pobres da comunidade que a colocou na mira do ódio e da perseguição dos pagãos.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Reflexão:
A vida de Apôlonia foi marcada pelo amor aos mais pequenos, nos quais ela reconhecia a pessoa de Jesus. Martirizada numa fogueira, depois de ter os dentes arrancados, Apolônia tornou-se a protetora dos dentistas.

Oração:
Ó gloriosa Santa Apolônia, por aquela dor que padecestes, quando, por ordem do tirano, vos foram arrancados os dentes que tanto decoro ajuntava ao vosso angélico rosto, obtende do Senhor a graça de estarmos sempre livres de todo tipo de maldade. Amém!
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08 de Fevereiro

08 de Fevereiro – Santa Josefina Bakhita –

Esta santa, cujo nome original africano é desconhecido, nasceu no Sudão, em 1869. Aos nove anos, foi raptada para ser vendida como escrava, e o trauma deste fato a fez esquecer seu nome e o dos seus pais. Os sequestradores, muçulmanos mercadores, a chamaram de Bakhita, que significa “afortunada”.

Foi vendida e comprada várias vezes nos mercados de El Obeid e Cartum, passando pelas humilhações e sofrimentos físicos e morais da escravidão; por exemplo, um general turco que a comprou marcou seu corpo com 114 cortes de faca, que foram cobertas com sal para permanecerem em evidência.

Afinal, ainda menina, foi comprada em Cartum pelo Cônsul italiano Calixto Legnani. Ele e a sua família a trataram muito bem, com carinho e consideração. Dois anos depois, a revolução mahdista obriga o cônsul a voltar para a Itália; “Ousei pedir-lhe que me levasse à Itália com ele”, registrou Bakhita, e foi atendida. Nesta viagem a família é acompanhada pela de um seu amigo, Augusto Michieli, cuja esposa gosta de Bakhita, levando o cônsul a deixá-la com esta outra família.

Desembarcam na Itália em 1884, e vão para Zeniago (Veneza) e, quando nasceu Alice, a filhinha do casal, Bakhita se tornou sua babá e amiga. Porém, em 1888, a compra e administração de um grande hotel em Suakin, no Mar Vermelho, obrigam o casal a se mudar para lá. Aconselhados pelo seu administrador, Iluminado Checchini, Alice e Bakhita foram confiadas, durante nove meses, às Irmãs Canossianas do Instituto dos Catecúmenos de Veneza.

No convento, a seu pedido, Bakhita conhece aquele Deus que desde pequena ela “sentia no coração, sem saber quem Ele era”. Aprende o catecismo e é batizada, aos 21 anos, recebendo o nome de Giuseppina Margherita Fortunata; na mesma ocasião é crismada e recebe a Primeira Comunhão. Quando do retornou dos Michieli da África para buscar a filha e Bakhita, esta, com firme decisão e coragem fora do comum, manifestou a vontade de permanecer com as Irmãs Canossianas. J

á então percebia que Deus a conduzira por misteriosos caminhos para um bem maior. Consagrou-se definitivamente em 1896 no Instituto de Santa Madalena de Canossa, em Schio. Por mais de 50 anos, até a morte, ali permaneceu, trabalhando como cozinheira, sacristã, bordadeira, responsável pelo guarda-roupa, e principalmente porteira, onde se destacou pelo carinho com que recebia as pessoas. Era estimada pela sua alegria, paz, generosidade, bondade, humildade e desejo de fazer conhecer a Cristo. As irmãs a chamavam de “irmã morena”, e as crianças de “irmã de chocolate” – não só pela cor, mas também pela doçura do seu trato.

Em certa ocasião, deflagrada uma peste que a muitos matou, Bakhita preferiu ficar na cidade ao invés de sair, auxiliando no cuidado dos enfermos.

 Já idosa e doente, sofreu longa e dolorosamente, mas sem perder a doçura e o bom humor. Na agonia, reviveu os terríveis anos de sua escravidão, gravados no seu inconsciente, e vária vezes suplicava à enfermeira que a assistia: «Solta-me as correntes … pesam muito!». Segundo seu próprio testemunho, foi a Virgem Maria Quem a libertou destes sofrimentos. Suas últimas palavras foram “Nossa Senhora!”. Bakhita faleceu no dia 8 de fevereiro de 1947, de pneumonia, e muitos milagres passaram a ser registrados através da sua intercessão. Ela é padroeira dos escravos e dos sequestrados. O milagre reconhecido pelo Vaticano para a sua canonização foi a cura milagrosa de uma brasileira, Eva Tobias da Costa, da cidade de Santos-SP, que a ela recorrera.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho
Reflexão:
Tudo concorre para o bem dos que amam a Deus” (Rm 8,28). A ironia do nome “afortunada” que lhe foi dado pelos mercadores de escravos, Cristo tranformou em profecia, na santidade de Bakhita. Ela mesma tem várias frases que sintetizam seu entendimento profundo de como o Senhor, em Sua infinita Sabedoria e Bondade, quer não apenas salvar cada alma, mas através dos santos tocar o coração dos demais para a conversão: “Muitas vezes as vias de Deus são incompreensíveis aos olhos humanos. Mas Ele sabe como conduzir as almas e os acontecimentos para realizar Seu plano de amor e salvação”; “Se encontrasse aqueles negreiros que me sequestraram e mesmo aqueles que me torturaram, eu me colocaria de joelhos para beijar as suas mãos, porque se tudo isso não tivesse acontecido, eu não seria agora cristã e religiosa”; “Eu sou definitivamente amada e aconteça o que acontecer, eu sou esperada por este Amor. Assim a minha vida é bela”; “Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus. Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai Eterno, agora podes julgar. E a São Pedro: fecha a porta, porque fico”.

Oração:
Deus Pai de amor, concedei-nos pelas mãos de Santa Bakhita a verdadeira liberdade, natural e principalmente espiritual, para que como ela sejamos capazes de valorizar e agradecer o nosso Batismo, o conhecimento de Vós e da Vossa Vontade, o pertencer à Igreja, por tudo na nossa vida; e também como ela Vos chamar de “meu Patrão”, pois é só a escravidão a Vós que nos salva e liberta. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, em tudo obediente a Vós, e Nossa Senhora, ancilla Domini – escrava do Senhor. Amém.
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05 de Fevereiro

05 de Fevereiro – Santa Águeda (Ágata)   –

Águeda, ou Ágata, nasceu em Catânia na ilha da Sicília, Itália, aproximadamente no ano de 230. De família nobre e rica, era bonita, inteligente, e muito religiosa. Por isso consagrou a Deus sua virgindade.

Contudo um homem poderoso da cidade a pediu em casamento. Sendo recusado, ela foi então denunciada como cristã, numa época em que o imperador romano Décio perseguia cruelmente a Igreja. Ágata foi presa e humilhada durante o processo de condenação. O governador de Catânia a entregou a uma mulher de má vida na tentativa de corrompê-la. Isto não funcionou, então ela foi esbofeteada e chicoteada; nua, foi arrastada sobre cacos de vasos e brasas; cortaram-lhe os seios.

A esta brutalidade, disse Ágata ao juiz: “Não te envergonhas de mutilar na mulher o que tua mãe te ofereceu para amamentar?”. Uma tradição diz que na mesma noite São Pedro lhe apareceu e curou a mutilação. Mas as torturas continuaram, lentamente, até a sua morte, por volta de 254. Um ano depois do seu falecimento, o vulcão Etna entrou em erupção. A população de Catânia, tomando o véu que cobria o seu sepulcro, o atirou contra as lavas, que pararam imediatamente, sendo assim preservada a cidade. O dia, 5 de fevereiro, ficou sendo o da sua memória litúrgica.

 Santa Ágata é uma das santas mais conhecida mártires católicas desde o século IV, e sua conduta heroica lhe mereceu ter o nome no Cânon da Missa. Até hoje é muito venerada na Itália, sendo padroeira das mulheres que sofrem de problemas nos seios.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:
Santa Ágata é mais um maravilhoso exemplo da fidelidade total a Cristo, à Fé e à Igreja. Se revestidos do Espírito Santo, todos os fiéis podem dar o mesmo testemunho de rejeitar a vida mundana, esquecida de Deus, e receber a plenitude das promessas de Jesus, a perfeita vida infinita com a Trindade. Este mundo inevitavelmente passa; e se bem que Deus não exija em geral dos Seus filhos provas tão difíceis como o martírio cruento, é necessário que nos disponhamos, mesmo com sacrifícios, a colocar sempre em primeiro lugar o seguimento a Deus, diante das pressões e tentações do “mais fácil” que a vida terrena sempre oferece.

Oração:
Senhor, por intercessão de Santa Ágata, dai-nos a sua mesma coragem, fortaleza e Fé, nutrindo-nos constantemente com o alimento que, por Vossa e Nossa Mãe a Virgem Maria, nos destes para a Salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Pão Eucarístico. Amém.
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04 de Fevereiro

04 de Fevereiro – Santo André Corsini   – 
André nasceu em Florença, na Itália, em 1301, filho de família nobre e famosa. Antes do seu nascimento, sua mãe sonhou que seu filho nascia lobo, mas se transformava em cordeiro ao entrar numa igreja carmelita. Assim foi a vida de André: um jovem de vida desregrada e moralmente falha, converteu-se com os apelos da mãe e tornou-se um santo carmelita.

Concluiu os estudos religiosos em Paris, ordenou-se sacerdote e, ainda em vida, operou vários prodígios, por ser portador do dom da cura e da profecia. Escolhido para ser bispo, André escondeu-se, mas um menino de seis anos indicou seu esconderijo, dizendo que Deus o queria a seu serviço. Não pôde, assim, recusar o episcopado.

Durante os anos em que ali atuou, foi amado pelo povo e respeitado pelas autoridades. Na noite de Natal de 1372 teve um desmaio e recebeu, em sonho, a notícia de que morreria em 6 de janeiro. A partir daí, foi dominado por uma febre que não mais o deixou até que a profecia se cumpriu. 

Foi sepultado na igreja dos Carmelitas de Florença, onde suas relíquias podem ser veneradas, ainda hoje. Santo André Corsini é o padroeiro da cidade de Florença e a Igreja designou o dia 04 de fevereiro para a sua festa litúrgica.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.

Reflexão:
Santo André Corsini governou a Igreja com admiráveis exemplos de caridade e com a eloquência da sua palavra. Distinguiu-se pelo zelo apostólico, prudência e amor aos pobres. Seu exemplo edifica a vida cristã até hoje.

Oração:
Senhor, dissestes que seriam chamados filhos de Deus todos os que trabalham pela paz, concedei-nos, por intercessão de Santo André, admirável promotor da paz, a graça de trabalharmos, sem desfalecer, pela instauração daquela justiça que garante aos homens uma paz firme e verdadeira. Por Cristo nosso Senhor. Amém!https://www.a12.com/









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03 de Fevereiro

03 de Fevereiro – São Brás   –
São Brás nasceu na Armênia, Turquia, em meados do século III, uma época de perseguição religiosa à Igreja Católica. Foi médico, procurando curar o corpo mas também, através do apostolado, a alma dos seus pacientes.

Por tamanhas virtudes, a comunidade cristã de Sebaste, onde habitava, o elegeu como bispo. Diante das perseguições, deu exemplo de firmeza na fé, exortando os fiéis a perseverar ainda que Licínio, o imperador romano, fizesse muitos mártires em Sebaste (como Eustácio Carcério e os 40 soldados colocados para morrer, nus, num campo gelado). Jesus havia aconselhado que, se perseguidos, os discípulos deveriam fugir para outra cidade (cf. Mt 10,23), Assim fez São Brás, recolhendo-se a um lugar deserto, mas de onde permanecia a pastorear o seu rebanho. Este local foi descoberto e soldados romanos o foram prender; a eles, disse o santo: “Sede benditos, vós me trazeis uma boa-nova: que Jesus Cristo quer que o meu corpo seja imolado como hóstia de louvor”.

Depois de processado e condenado, submeteram-no a cruéis torturas, e em seguida o penduraram num andaime e o deixaram para morrer. Mas como isto não ocorreu, descarnaram os seus ossos usando pentes de ferro; finalmente, o degolaram, pois ainda não havia morrido.

A tradicional bênção de São Brás, ou “bênção da garganta”, concedida pela Igreja neste dia, está relacionada a um dos muitos milagres do santo. Uma mãe, em desespero, lhe apresentou o filho pequeno sufocando, com uma espinha de peixe entalada na garganta. Brás o curou imediata e miraculosamente. A bênção e a iconografia do santo incluem um par de velas que ele segura, cruzadas, pois teria recebido, no calabouço escuro do cativeiro, um par de velas de um amigo, as quais o iluminavam e aqueciam. São Brás é venerado tanto no Ocidente como no Oriente.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.

Reflexão:
A barbárie das perseguições aos cristãos dos primeiros séculos ainda hoje nos impressiona, e os mártires de então foram repletos da graça de Deus e de glória, merecendo os nossos louvores até o fim dos tempos. Hoje persistem as perseguições cruentas em alguns lugares do mundo, muitas delas, talvez, tão monstruosas quanto as do início da cristandade, talvez menos divulgadas e conhecidas; e na maior parte do globo existe a perseguição moral, política, ideológica, cultural e midiática, que tanto afasta, de modo mais disfarçado – e por isso, eventualmente, mais perigoso – as almas de Deus. Contra ambas as formas, necessário é que confiemos em Cristo e perseveremos no Seu amor, pois também os impérios mundanos de hoje cairão, e a promessa de Cristo se cumprirá: as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja (cf. Mt 16,18).

Oração:
Senhor Deus Todo Poderoso, pela intercessão e heroico exemplo de São Brás, concedei-nos a graça da firmeza na Fé, diante de qualquer dificuldade nesta vida, para que possamos, como ele, receber a luz e o calor infinitos do Vosso amor, na verdadeira e definitiva vida futura. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que não hesitou em sofrer por nós o martírio da Cruz, e por Nossa Senhora, Vossa e nossa Mãe, e nossa infalível protetora. Amém.
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02 de Fevereiro

02 de Fevereiro – Santa Maria Domenica Mantovani  –  
Maria Domenica nasceu em Verona, Itália, no dia 12 de novembro de 1862. Teve nos seus pais João Batista Mantovani e Prudência Zamperini, e no seu avô, que vivia com eles, a influência profunda de uma família honesta e cristã de trabalhadores simples, piedosos e dignos.

Frequentou apenas a escola primária, por causa da pobreza da família. Mas a falta de cultura foi compensada pelos dotes de inteligência, vontade e grande senso prático. Desde criança, mostrou sua vocação religiosa e, incentivada pelo avô, dedicava-se à oração e a tudo o que se referia a Deus.

Aos 15 anos, Maria Domenica passou a ser orientada pelo padre José Nascimbeni, que a levou a prosseguir na vida da perfeição. Ela dedicava-se ao ensino do catecismo às crianças, visitava e assistia os doentes e os pobres.

Maria Domenica foi a principal fundadora de uma nova família religiosa, chamada “Pequenas Irmãs da Sagrada Família”. Espalhado pelo mundo, este instituto conta com muitas Irmãs presentes em 150 casas na Itália, Suíça, Albânia, Angola, Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil, dedicadas às mais variadas atividades apostólicas e caritativas.

Madre Maria Josefina da Imaculada faleceu depois de breve enfermidade, no dia 2 de fevereiro de 1934.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:
A vida de caridade, isto é, o amor a Deus e ao próximo colocados em prática, não depende de quase nada, a não ser o mesmo amor por Deus. Santa Maria Domenica dedicou-se à mais importante, talvez, de todas as obras caritativas: a catequese – levar a palavra de Deus ao próximo – e em seguida ao auxílio aos doentes. Enfim, aos mais necessitados, de alma e de corpo, respectiva e hierarquicamente, conforme a vontade salvífica de Deus (pois a saúde do corpo de nada adianta, se a alma se perde no inferno). Nem todos teremos a sua vocação religiosa e a sua santidade específica, mas não há quem não possa, mesmo em pouca medida, cuidar da formação das almas, a começar dentro da própria casa, e em prestar algum auxílio a um doente – começando também, muitas vezes, dentro de casa.

Oração:
Ó Senhor, que és Caridade infinita, e que só desejas a Vossos filhos a cura da alma e do corpo, concedei-nos, por intercessão de Santa Maria Domenica, a humildade e a coragem de, preocupando-nos mais com o bem do próximo do que com as nossas próprias vontades, praticarmos o amor necessário para Convosco em cada irmão, e assim chegarmos ao Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Maria Santíssima. Amém.
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01 de Fevereiro

01 de Fevereiro – Santa Veridiana

Veridiana nasceu em 1182 em Castel fiorentino na Toscana, Itália, em família nobre e de posses. Jovem inteligente, trabalhou para um seu tio, comerciante e rico, como administradora do seu negócio de cereais no atacado. Contudo, ela não tinha ambições materiais, e sim espirituais, dedicando-se à caridade para com os pobres.

Conta-se que neste período, em certa época de carestia, Veridiana distribuiu aos carentes o cereal que o tio havia já vendido. Decepcionado, o comerciante muito a recriminou, mas ela lhe pediu o prazo de um dia para repor a mercadoria. E após uma noite de oração e penitências, o tio encontrou o armazém cheio, podendo concluir a venda. Este fato, que em parte parece ser lendário, atesta de qualquer modo a caridade e a fé de Veridiana.

Sentindo vocação para uma vida celibatária e solitária, Viridiana deixou o trabalho com o tio e, inicialmente, fez uma peregrinação ao santuário de Compostela de Santiago na Espanha, e depois aos túmulos de São Pedro e São Paulo em Roma. Tais peregrinações eram comuns às almas penitentes daquele tempo, e significavam grande humildade e perseverança nas exigências de viver de esmolas, expor-se ao tempo e aos perigos, andar descalça. Voltou a Castelfiorentino com a saúde abalada.

Construiu uma minúscula cela próxima a uma capela, de onde assistia à Missa pela única e diminuta janela, e por onde recebia o alimento trazido por pessoas piedosas – apenas pão e água, e somente o suficiente para manter-se viva. Passou ali 34 anos em oração e penitência, falecendo em 1 de fevereiro de 1242. Conta-se que a sua morte foi anunciada pelo repicar dos sinos de Castelfiorentino, sem que estes tivessem sido tocados.

 Santa Viridiana é padroeira da Toscana, e também protetora do presídio feminino de Florença, por causa da sua clausura voluntária.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:
Veridiana quis ser prisioneira do Senhor, tanto espiritual como fisicamente, valorizando tanto a vida de recolhimento e oração como a virgindade, mas sem deixar de praticar a caridade (principalmente espiritual, mas igualmente material) com os mais necessitados. A “servidão” a Deus é o oposto daquela que ocorre entre os homens: garante a liberdade nesta vida e a felicidade na futura. Já a prisão ao pecado e aos vícios oferece apenas a morte do corpo e da alma como recompensa. Em qualquer tipo de vocação católica, é necessário proceder segundo este exemplo de Nossa Senhora, adotado literalmente por Santa Veridiana: “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em Mim segundo a Vossa palavra” (Lc 1,28).

Oração:
Senhor, que em Vossa casa acolheis os servos como filhos, dá-nos a graça de, por intercessão de Santa Veridiana, e seguindo o seu exemplo, dedicarmos nossas vidas primeiramente à comunhão espiritual Convosco, no silêncio da alma, para podermos então praticar a caridade verdadeira e salvadora com os irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.
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31 de Janeiro

31 de Janeiro  –  São João Bosco   –

João Melchior Bosco, mais conhecido como Dom Bosco, nasceu em agosto de 1815, numa família católica de humildes camponeses em Castelnuovo d’Asti, hoje Castelnuovo Don Bosco, perto de Turim, Itália. Órfão de pai aos dois anos de idade, sua mãe, a serva de Deus Margarida Occhiena, criou João e os irmãos Antônio e José.

Aos nove anos, teve seu primeiro sonho profético, que deixou uma impressão profunda na sua mente por toda a vida e lhe revelou a sua missão. Nele, via-se em meio a jovens desordeiros, que o destratavam e blasfemavam e se transformavam em feras, e ele tentava modificar a situação por meio da violência. Nossa Senhora e Jesus apareceram para indicar verdadeiro caminho: “Não com pancadas, João, mas com mansidão e doçura…Torna-te forte, humilde e robusto, aquilo que vês acontecer a estes lobos que se transformam em cordeiros, tu o farás aos Meus filhos. Serei a tua mestra. A seu tempo tudo compreenderás”.

Em 1835, com ajudas, entrou no seminário de Chieri. Ordenou-se sacerdorte em 1841, escolhendo como lema “Dai-me almas e levai o resto”. Segue para Turim, onde dedicou-se ao apostolado da educação de crianças e jovens carentes. Dom Bosco funda em 1841 o Oratório de São Francisco de Sales. Seu método de apostolado era partilhar em tudo a vida dos jovens, uma inovação tão radical para a época que chegou a ser contrariado mesmo pela autoridade eclesiástica.

Com o crescimento do Oratório, Dom Bosco desenvolve o seu famoso método educativo, o Sistema Preventivo (mais vale prevenir que remediar), que se baseia no tripé razão, religião e amorevolezza, palavra italiana que pode ser traduzida como “amor educativo”. Queria assim evitar a todo custo que os jovens se tornassem rebeldes e depois tivessem que ser punidos; era esta a explicação do seu primeiro sonho profético.

Seguidor da espiritualidade e filosofia de São Francisco de Sales, Bosco era um fervoroso devoto de Nossa Senhora Auxiliadora, e com a Sua ajuda todas as dificuldades eram vencidas. A admiração por São Francisco de Sales também o levou a nomear as novas associações religiosas que criou em sua honra, formando a Família Salesiana, com os ramos masculino, feminino e leigo.

O ramo masculino, a Pia Sociedade de São Francisco de Sales, surgiu em 1859, para atender à educação e catequese de meninos e rapazes: “Formar cidadãos honestos e bons cristãos”. Em 1862, os primeiros salesianos fizeram os votos religiosos de castidade, pobreza e obediência. Em 1872, junto com Santa Maria Domenica Mazzarello, Dom Bosco fundou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora para a educação da juventude feminina. E em 1876 fundou a Associação de Cooperadores Salesianos, para homens e mulheres leigos, com a mesma missão educativa para os pobres.

Outra grande obra foi a promoção da boa imprensa, com a publicação das Leituras Católicas em fascículos mensais, e a fundação da Biblioteca da Juventude Católica Italiana. O Boletim Salesiano, iniciado em 1875, com tradução dos seus textos de hagiografia e pedagogia já em várias línguas enquanto o santo ainda vivia, é atualmente divulgado em 30 idiomas e em 135 países. Escreveu uma biografia de São Domingos Sávio, que fora seu aluno, livro que ajudou na canonização deste menino que viveu uma fé adulta.

Dom Bosco faleceu em 31 de janeiro de 1888. Foi proclamado “modelo por excelência” dos sacerdotes e educadores, “Pai e Mestre da Juventude”, padroeiro dos Editores Católicos, e patrono dos mágicos.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:
É imensa e atualíssima a obra de São João Bosco, particularmente no que diz respeito ao cuidado com as crianças e jovens e no incentivo à boa leitura. Educar e formar na Fé a juventude é uma missão candente para o catolicismo atual, quando as ideias confusas e mal intencionadas fazem de tudo – e muito, muitíssimo, através da mídia, que inclui todo tipo de textos – para afastar as novas gerações de Deus e da Igreja Católica. Um combate totalmente feroz nas intenções, mas que só pode ter sucesso com a doçura e mansidão com que ele mesmo agiu, viveu e ensinou: “Reprovemos os erros, mas respeitemos as pessoas”. Mas que não se confunda o objetivo: o que Dom Bosco queria era a salvação eterna daqueles que ajudava, mesmo quando cuidava das suas misérias concretas: a solução para os problemas temporais está no espiritual, não no organizacional. Seu zelo pelas crianças de rua, pobres ou sem educação, exigia, paulatinamente, uma vida mais espiritual do que social.

Oração:
Deus Pai, que desejais educar e socorrer na caridade e com amor a nós, Vossos filhos sempre em extrema penúria na alma, concedei-nos por intercessão de Vosso herói São João Bosco a imprescindível graça de tudo fazer, nesta vida material, com um fim espiritual, para divulgar o bem escrevendo, por qualquer ação, a Vossa Palavra, que é Cristo. Pelo mesmo Cristo Senhor nosso, o Verbo Encarnado, e Nossa Senhora Auxiliadora. Amém.
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30 de Janeiro

30 de Janeiro –  Santa Jacinta de Marescotti

Clarisse era a segunda de três irmãs da família Marescotti, pertencente à nobreza italiana. Nasceu em 1585 em Vignanello, província de Viterbo próximo a Roma. Recebeu requintada educação e boa formação cristã, que a princípio valorizou. Mas, crescendo, agradou-se das vaidades do mundo. E, embora posta para ser educada no mesmo convento de religiosas onde sua irmã mais velha (que levou uma vida santa) já estava, não demonstrava desejo de ser religiosa, entretendo-se apenas com futilidades.

Voltou para casa e, bonita, culta, independente, levava uma vida cheia de luxo e vaidades, frequentando as diversões e festas da alta sociedade. Desejava se casar, e interessou-se pelo jovem marquês de Capizucchi. Este, porém, veio a desposar sua irmã mais nova, o que lhe causou grande decepção, despeito e inveja. E também revolta contra o pai (na época, os casamentos muitas vezes eram decididos pelas famílias), numa atitude altiva e insolente, aborrecendo-o com intratáveis caprichos.

O pai a intimou a fazer-se religiosa, ao que ela afinal acedeu, tornando-se Terciária franciscana (para não ficar enclausurada), no Mosteiro de São Bernardino em Viterbo, onde recebeu o nome de Jacinta. Mas os seus gostos e caráter não mudaram com o seu estado, mesmo dentro do convento vivia em vaidade. Manteve o voto de castidade, porém desprezou os de obediência e pobreza: mandou construir um quarto particular, que mobiliou com luxo e decorou com suntuosidade, onde muitos amigos iam visitá-la; usava roupas de seda e era servida por duas noviças. Quanto aos deveres que a regra lhe impunha, somente os cumpria com negligência e por simples obrigação.

Os defeitos, contudo, não haviam obscurecido totalmente algumas qualidades. Tinha um amor particular à pureza, um profundo respeito aos mistérios da religião e uma grande submissão à vontade dos pais, o que aliás a levou ao convento. Manifestações, certamente, da boa educação espiritual recebida na infância e abafadas, mas não mortas, na alma.

Jacinta viveu assim, escandalosamente, por muitos anos. Mas Deus dispôs as condições que a poderiam levar de volta ao bom caminho. O assassinato do pai, que a fez questionar a segurança proporcionada pela nobreza e pela riqueza, e depois uma grave doença, levaram Jacinta a mudar de vida.

O perigo da morte a fez querer confessar-se, mas o sacerdote, chocado com o luxo absurdo e inoportuno do seu quarto, recusou-se a nele entrar para atendê-la, e a repreendeu severamente. Assustada, impressionada e sinceramente arrependida, ela então fez entre lágrimas uma confissão geral da sua vida. Pediu humilde e heroicamente perdão às irmãs de comunidade, recebendo delas a promessa de orações e ajuda para perseverar na conversão. O que foi realmente necessário, pois não tão rapidamente a conseguiu. Ficou curada quase milagrosamente, e afinal, pela graça e pelos remorsos da consciência, tornou-se exemplo heroico de mortificação, pobreza e doação ao próximo, até a morte.

No convento, esteve atenta ao bem que também podia fazer fora. Durante uma epidemia que devastou Viterbo, fundou e dirigiu duas associações, os “Oblatos de Maria”, com a ajuda financeira de velhos amigos: uma recolhia esmolas para os convalescentes, os mendigos e os presos; e na outra os “Sacconi” (assim eram chamados por usarem sacos de estopa durante o serviço), enfermeiros, ajudavam os doentes num hospital especialmente construído. As duas associações ainda existem em Viterbo. Tudo o que Jacinta recebia, oferecia aos pobres. Seu exemplo levou muitos a retornarem à fé, da qual tinham se distanciado.

 Faleceu em 30 de janeiro de 1640 em Viterbo, com 55 anos, de um mal agudo e violento que em algumas horas a levou para o Céu.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:
O que mais chama a atenção na vida de Santa Jacinta Marescotti é, naturalmente, a sua radical mudança de vida, da futilidade vazia à heroica caridade. Caminho difícil, sempre, mas deve-se lembrar que não é preciso esperar por situações trágicas que nos motivem a sermos santos, ainda que muitas vezes as tragédias sejam, talvez, um misericordioso último recurso de Deus para salvar uma alma, como aconteceu com ela. É preciso atenção para que a juventude, a beleza, as posses, a nobreza, enfim, boas coisas, não acabem se tornando ruins por nos afastarem de Deus, se as buscamos antes do que a Ele. Porém há um aspecto mais sutil da vida de Santa Jacinta, que deve também nos chamar a atenção. É o valor da fervorosa educação religiosa das crianças, que planta insuspeitas sementes, propícias a florescer mesmo muito depois e em circunstâncias adversas. Não fosse por estas boas raízes, talvez Jacinta nem entrasse no convento, correndo ainda maior risco na vida leviana do mundo, até e também na sua castidade. Mas foi com este pouco, esta “recordação espiritual”, que Deus trabalhou a sua alma, até a salvação. Não negligenciem os pais católicos de educar bem os filhos na Fé, pelo exemplo e pela palavra, pois não só esta vida depende deste cuidado, que é também obrigação.

Oração:

Senhor Deus e nosso Pai, que sempre nos quer educar na Verdade, concedei-nos por intercessão de Santa Jacinta Marescotti a permanente coragem do arrependimento e conversão sinceras, a graça de resistir aos apelos do mundo, e a humildade de cumprirmos fielmente todas as nossas tarefas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Maria, Vossa Mãe, que em tudo foram obedientes a Vós. Amém.
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29 de Janeiro

 29 de Janeiro  – São Pedro Nolasco  – 

São Pedro Nolasco nasceu no ano de 1189 em Mas-Saintes-Puelles, França, numa família rica. Mas desde pequeno teve muito amor aos pobres, ajudando-os como podia. Trabalhou com o pai, mercador, quando este se estabeleceu em Barcelona, na Espanha. Ali pôde ver o sofrimento físico, moral e espiritual dos que haviam sido feito escravos dos invasores durante as guerras de conquista: muitos cristãos eram obrigados a abraçar o islamismo, ou não podiam praticar a fé cristã; maus tratos e trabalhos pesados; as mulheres eram abusadas sexualmente; muitos eram vendidos como mercadoria.

Aos 20 anos, Pedro começou a comprar os cativos e libertá-los, 300 da primeira vez. Falecido o seu pai, utilizou toda a herança em contínuos resgates. Mas somente os seus esforços, ainda que com a ajuda de alguns outros, eram insuficientes. Além disso, grassava na Espanha uma peste que dizimava a população. Pedro ajudava os doentes no Hospital de Santa Eulália (que mais tarde acolheria a quarentena dos libertos pela obra de Pedro). Em 1223, após orações e uma visão de Nossa Senhora, de Quem ele era muito devoto, Pedro resolveu fundar uma Ordem voltada para a redenção dos cativos. Aconselhou-se com São Raimundo de Peñafort, seu confessor, que tivera a mesma inspiração, e obtiveram a aprovação do rei, Jaime I de Aragão, e de Dom Berenguer de Palau, bispo de Barcelona.

A Ordem da Virgem Santíssima das Mercês para Redenção dos Escravos, conhecida como Ordem dos Mercedários, teve suas constituições redigidas por São Raimundo e aprovadas pelo Papa. Além dos votos de obediência, pobreza e castidade, comuns a muitas outras ordens religiosas, foi acrescentado o voto de sacrificar os bens e se necessário a vida para o resgate dos escravos. E, de fato, milhares de mercedários morreram para cumpri-lo. Durante 31 anos Pedro foi o superior, e neste período milhares de cristãos foram libertados. Faleceu em 6 de maio 1256, em Valência, Espanha, e atualmente a sua Ordem atua junto aos encarcerados e nas missões.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

Impossível não relacionar diretamente a obra de São Pedro Nolasco ao sacrifício de Cristo na Cruz: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos” (Jo 15,13). Também não é simples coincidência a atuação de Nossa Senhora, que gerou Jesus e também gerou a decisão de Pedro de fundar a sua ordem. Maria e Jesus agem sempre juntos. A ação dos mercedários é, literalmente, a vontade encarnada de Deus no amor concreto aos irmãos – dar a própria vida pela do próximo. E infelizmente ainda hoje podemos ver a mesma situação conhecida por São Pedro Nolasco, em várias partes do mundo, por exemplo em função de guerras. Talvez seja hora de atualizar o carisma mercedário; certamente na escala menor dos pequenos sacrifícios que devemos fazer pelos irmãos no dia a dia.

Oração:

Senhor de infinito amor, bondade e doçura, concedei-nos pela intercessão de São Pedro Nolasco a graça de viver seriamente a caridade, e sermos livres do pior dos cativeiros, a escravidão do pecado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos salvou com o preço do Seu sangue, e Nossa Senhora que em tudo Se Vos entregou por nós. Amém.
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