Quaresma – 2024

Quaresma 2024: Em mensagem, Papa afirma que a quaresmaé tempo da graça na qual o deserto volta a ser lugar do primeiro amor

Foi divulgada, nesta quinta-feira (1°/02), a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2024 sobre o tema “Através do deserto, Deus guia-nos para a liberdade”. Na mensagem, Francisco reconhece que a humanidade de hoje atingiu “níveis de desenvolvimento científico, técnico, cultural e jurídico capazes de garantir dignidade a todos”, mas o risco é que, sem rever os estilos de vida, se caia na “escravidão” de práticas que arruínam o planeta e alimentam as desigualdades.

O Santo Padre inicia o texto com um versículo do Livro do Êxodo: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fiz sair da terra do Egito, da casa da servidão”. “Assim inicia o Decálogo dado a Moisés no Monte Sinai”, escreve o Papa, acrescentando que “quando o nosso Deus se revela, comunica liberdade”.

Deserto, lugar do primeiro amor

O povo sabe bem de que êxodo Deus está falando: traz ainda gravada na sua carne a experiência da escravidão. Como Israel no deserto tinha ainda dentro de si o Egito, também hoje o povo de Deus traz dentro de si vínculos opressivos que deve optar por abandonar. Damo-nos conta disto, quando nos falta a esperança e vagueamos na vida como em terra desolada, sem uma terra prometida para a qual tendermos juntos”, sublinha o Papa.

A seguir, Francisco recorda que “a Quaresma é o tempo de graça em que o deserto volta a ser – como anuncia o profeta Oseias – o lugar do primeiro amor. Deus educa o seu povo, para que saia das suas escravidões e experimente a passagem da morte para a vida. Como um esposo, atrai-nos novamente a si e sussurra ao nosso coração palavras de amor”.

Ver a realidade

O êxodo da escravidão para a liberdade não é um caminho abstrato. A fim de ser concreta também a nossa Quaresma, o primeiro passo é querer ver a realidade. Também hoje o grito de tantos irmãos e irmãs oprimidos chega ao céu”, escreve o Pontífice. A seguir, Francisco pergunta: o grito desses nossos irmãos e irmãs “chega também a nós? Mexe conosco? Comove-nos? Há muitos fatores que nos afastam uns dos outros, negando a fraternidade que originariamente nos une”.

A este propósito, o Papa recorda sua viagem a Lampedusa, em 8 de julho de 2013, ressaltando que à globalização da indiferença ele contrapôs duas perguntas, que se tornam cada vez mais atuais: ‘Onde estás?’ e ‘Onde está o teu irmão?’. Segundo Francisco, “o caminho quaresmal será concreto, se, voltando a ouvir tais perguntas, confessarmos que hoje ainda estamos sob o domínio do Faraó. É um domínio que nos deixa exaustos e insensíveis. É um modelo de crescimento que nos divide e nos rouba o futuro. A terra, o ar e a água estão poluídos por ele, mas as próprias almas acabam contaminadas por tal domínio. De fato, embora a nossa libertação tenha começado com o Batismo, permanece em nós uma inexplicável nostalgia da escravidão. É como uma atração para a segurança das coisas já vistas, em detrimento da liberdade”.

A Quaresma é tempo de conversão, tempo de liberdade

Segundo o Pontífice, “o êxodo pode ser interrompido: não se explicaria de outro modo porque é que tendo uma humanidade chegado ao limiar da fraternidade universal e a níveis de progresso científico, técnico, cultural e jurídico capazes de garantir a todos a dignidade, tateie ainda na escuridão das desigualdades e dos conflitos”.

Deus não se cansou de nós. A Quaresma é tempo de conversão, tempo de liberdade. O próprio Jesus foi impelido pelo Espírito para o deserto a fim de ser posto à prova na sua liberdade. O deserto é o espaço onde a nossa liberdade pode amadurecer numa decisão pessoal de não voltar a cair na escravidão. Na Quaresma, encontramos novos critérios de juízo e uma comunidade com a qual avançar por um caminho nunca percorrido”, escreve ainda Francisco, ressaltando que “isto comporta uma luta: assim nos dizem claramente o livro do Êxodo e as tentações de Jesus no deserto”.

Mais temíveis que o Faraó são os ídolos

De acordo com Francisco, “mais temíveis que o Faraó são os ídolos: poderíamos considerá-los como a voz do inimigo dentro de nós. Poder tudo, ser louvado por todos, levar a melhor sobre todos: todo o ser humano sente dentro de si a sedução desta mentira. É uma velha estrada. Assim podemos apegar-nos ao dinheiro, a certos projetos, ideias, objetivos, à nossa posição, a uma tradição, até mesmo a algumas pessoas. Em vez de nos pôr em movimento, nos paralisam. Em vez de nos fazer encontrar, nos dividem”.

Porém, “existe uma nova humanidade, o povo dos pequeninos e humildes que não cedeu ao fascínio da mentira. Enquanto os ídolos tornam mudos, cegos, surdos, imóveis aqueles que os servem, os pobres em espírito estão imediatamente disponíveis e prontos: uma força silenciosa de bem que cuida e sustenta o mundo”.

Agir é também parar

É tempo de agir e, na Quaresma, agir é também parar: parar em oração, para acolher a Palavra de Deus, e parar como o Samaritano na presença do irmão ferido”, sublinha o Papa. Segundo ele, “a oração, esmola e jejum não são três exercícios independentes, mas um único movimento de abertura, de esvaziamento: lancemos fora os ídolos que nos tornam pesados, fora os apegos que nos aprisionam. Então o coração atrofiado e isolado despertará”.

Quaresma, tempo de decisões comunitárias

Segundo o Papa, “a forma sinodal da Igreja, que estamos redescobrindo e cultivando nestes anos, sugere que a Quaresma seja também tempo de decisões comunitárias, de pequenas e grandes opções contracorrente, capazes de modificar a vida quotidiana das pessoas e a vida de toda uma coletividade: os hábitos nas compras, o cuidado com a criação, a inclusão de quem não é visto ou é desprezado”.

Na medida em que esta Quaresma for de conversão, a humanidade extraviada sentirá um abalo de criatividade: o lampejar de uma nova esperança”, escreve ainda o Papa, recordando as suas palavras dirigidas aos jovens da JMJ de Lisboa, no verão passado: «Procurai e arriscai; sim, procurai e arriscai. Neste momento histórico, os desafios são enormes, os gemidos dolorosos: estamos vivendo uma terceira guerra mundial feita aos pedaços. Mas abracemos o risco de pensar que não estamos numa agonia, mas num parto; não no fim, mas no início de um grande espetáculo. E é preciso coragem para pensar assim».

É a coragem da conversão, da saída da escravidão. A fé e a caridade guiam pela mão esta esperança menina. Elas a ensinam a caminhar e, ao mesmo tempo, ela as puxa para a frente”, conclui a mensagem do Papa.

Com informações e foto
 VaticanNews



 

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Francisco

Francisco: o amor precisa de concretude, presença, encontro

Concretude é a palavra que mais se repete na reflexão de Francisco no Angelus deste domingo. A inspiração é o modo de agir de Jesus no Evangelho que, diante de quem sofre, “se inclina, toma pela mão e cura”. O pensamento do Papa se dirige a um mundo dominado por “uma virtualidade efêmera das relações”, enquanto o amor “precisa de presença, encontro, tempo e espaço dados”, selfies ou “mensagens precipitadas” não bastam.
 
Mariangela Jaguraba/Jackson Erpen – Vatican News

O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus deste domingo (11/02), Dia Mundial do Enfermo, com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice falou sobre o Evangelho deste domingo que nos apresenta a cura de um leproso.

“Ao doente, que lhe implora, Jesus responde: “Eu quero: fica curado!”. Pronuncia uma frase muito simples, que coloca imediatamente em prática. De fato, “no mesmo instante a lepra desapareceu e ele ficou curado.” “Este é o estilo de Jesus com quem sofre: poucas palavras e fatos concretos”, sublinhou o Papa.

A seguir, Francisco disse que muitas vezes no Evangelho, Jesus se comporta assim com aqueles que sofrem: surdos-mudos, paralíticos e muitos outros necessitados. “Ele sempre faz assim: fala pouco e as palavras são acompanhadas imediatamente por ações: nesse caso, se inclina, pega pela mão, cura. Não se detém em discursos ou interrogatórios, muito menos em pietismo e sentimentalismos. Demonstra, pelo contrário, o pudor delicado de quem escuta atentamente e age com solicitude, de preferência sem chamar a atenção”, ressaltou o Pontífice.

É uma maneira maravilhosa de amar, e como nos faz bem imaginá-la e assimilá-la! Pensemos também em quando nos acontece de encontrar pessoas que se comportam assim: sóbrias nas palavras, mas generosas no agir; relutantes em aparecer, mas prontas em se tornarem úteis; eficazes em socorrer, porque dispostas a ouvir. Amigas e amigos a quem se pode dizer: “Você pode me ouvir? Quer me ajudar?”, com a confiança de ouvir a resposta, quase com as palavras de Jesus: “Sim, eu quero, estou aqui para você, para ajudá-lo!” Esta concretude é ainda mais importante num mundo como o nosso, em que uma virtualidade efêmera das relações parece ganhar cada vez mais terreno.

A “Palavra de Deus nos provoca”, disse o Papa, citando um trecho da Carta de São Tiago que diz: «Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos”, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará?».

O amor precisa de concretude. O amor que não é concreto não é forte, precisa de presença, de encontro, precisa de tempo e de espaço dados: não pode limitar-se a belas palavras, a imagens em uma tela, a selfies de um momento ou a mensagens precipitadas. São instrumentos úteis, que podem ajudar, mas não bastam para o amor, não podem substituir-se à presença concreta.

Francisco convidou cada um a se perguntar: “Sei ouvir as pessoas? Estou disponível para os seus bons pedidos? Ou dou desculpas, adio, me escondo atrás de palavras abstratas e inúteis? Concretamente, quando foi a última vez que fui visitar uma pessoa solitária ou doente, ou que mudei os meus planos para atender às necessidades de quem me pedia ajuda?”

“Que Maria, solícita no cuidar, ajude-nos a ser prontos e concretos no amor”, concluiu o Papa
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Reflexão para 2024

VATICANO DIVULGA MATERIAIS DE APOIO E REFLEXÃO PARA 2024, O “ANO DA ORAÇÃO”
EM PREPARAÇÃO AO JUBILEU 2025

São mais de 700 pessoas da Santa Sé envolvidas em várias funções, 200 reuniões e visitas realizadas, o trabalho dos vários grupos de trabalho, as negociações com o governo italiano e com o município de Roma; 208 referentes das dioceses italianas reunidos e 90 referentes das Conferências Episcopais de todo o mundo: estes são apenas alguns dos números que falam dos esforços em andamento para organizar os grandes eventos do Jubileu 2025, cuja preparação é confiada ao Dicastério para a Evangelização. Além disso, de acordo com um estudo recente, 32 milhões de pessoas, incluindo um milhão e meio de jovens, possivelmente virão a Roma para essa ocasião.

Esses números foram apresentados na terça-feira, 23 de janeiro, na Sala de Imprensa da Santa Sé, quando foi apresentado o Ano de Oração em preparação ao Jubileu de 2025 e os subsídios disponíveis às Igrejas locais para a sua celebração. Na coletiva de imprensa, o pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, dom Rino Fisichella, e o subsecretário, dom Graham Bell, enfatizaram a dimensão espiritual do evento jubilar, da qual a oração é uma condição essencial.

Dom Fisichella, pró-prefeito do próprio Dicastério, enfatizou no início da coletiva de imprensa que o Jubileu não é apenas os grandes canteiros de obras que afetam a cidade, não é apenas a organização de uma série de eventos, mas é um momento que deve enriquecer espiritualmente “a vida da Igreja e de todo o Povo de Deus, tornando-se um sinal concreto de esperança” e, para isso, deve ser preparado e vivido “nas próprias comunidades com aquele espírito de expectativa típico da esperança cristã” e o Ano de Oração 2024 “vem corresponder plenamente a essa necessidade”.

Um Ano para evidenciar o aspecto espiritual do Jubileu

O Papa Francisco abriu oficialmente o Ano de Oração no último domingo, durante o Angelus, mas, relata o pró-prefeito, “já na Carta de 11 de fevereiro de 2022, dirigida a mim para encarregar o Dicastério para o Jubileu”, o Papa Francisco havia escrito: “me alegra pensar que o ano anterior ao evento do Jubileu, 2024, pode ser dedicado a uma grande sinfonia de oração. Em primeiro lugar, para recuperar o desejo de estar na presença do Senhor, de ouvi-Lo e de adorá-Lo”.

Um ano, escreveu o Papa, “em que os corações se abram para receber a abundância da graça, fazendo do ‘Pai Nosso’, a oração que Jesus nos ensinou, o programa de vida de cada um de seus discípulos”. Fisichella enfatiza: “2024 será, portanto, um ano de preparação para o Jubileu que está prestes a começar e um ano durante o qual o aspecto espiritual do evento do Jubileu, que vai muito além de qualquer forma necessária e urgente de organização estrutural, deverá ser mais claramente evidenciado”.

Redescobrir o valor da oração

“Não se trata de um Ano com iniciativas particulares”, ressalta Fisichella, “mas sim de um momento privilegiado para redescobrir o valor da oração, a necessidade da oração cotidiana na vida cristã; como rezar e, sobretudo, como educar para a oração hoje, na era da cultura digital”. O pró-prefeito sublinha a importância de uma verdadeira espiritualidade na vida dos homens e mulheres de hoje. “Há muitas pessoas”, diz dom Rino, “que rezam todos os dias; talvez eu ousaria dizer que todo mundo reza. Nenhuma estatística seria capaz de responder com números e porcentagens corretas sobre esse momento tão íntimo das pessoas que vivem a pluriformidade da oração como um momento muito pessoal”.

O Ano de Oração se insere nesse contexto e sua celebração é confiada a cada Igreja local. O papel do Dicastério para a Evangelização será o de apoiar o que for planejado pelas dioceses “para que a oração da Igreja possa novamente revigorar e animar a vida de cada pessoa batizada”, colocando à disposição de todos alguns subsídios, “instrumentos simples que, em sua maioria, já são implementados diariamente pelas nossas comunidades”.

As catequeses do Papa e a coleção da LEV

Entre os auxílios oferecidos, em primeiro lugar, estão as 38 catequeses que o Papa Francisco proferiu de 6 de maio de 2020 a 16 de junho de 2021, considerando os vários momentos de oração, e também a coleção “Notas sobre a oração”, sobre a qual dom Graham Bell falou na coletiva de imprensa. Trata-se de uma iniciativa da LEV, a Livraria Editora do Vaticano, que, a partir de hoje (23/01), publicará uma coleção de 8 pequenos textos “que aprofundam as várias dimensões do ato cristão de rezar, escritos por autores de renome internacional, e editados pelo Dicastério para a Evangelização”.

O primeiro volume disponível nas livrarias é intitulado: “Orar hoje. Um desafio a ser superado”, foi escrito pelo cardeal Angelo Comastri e conta com o prefácio do Papa Francisco. “O livro propõe”, explica dom Bell, “referências sobre a necessidade de oração e ensinamentos para ter ‘um olhar diferente e um coração diferente’, com destaque para figuras que testemunharam a fecundidade da oração, como Santa Teresa de Lisieux, São Francisco de Assis e Madre Teresa de Calcutá”. A divulgação dos outros sete textos seguirá até abril. Em 6 de maio, o Papa Francisco tornará pública a Bula de Proclamação do Jubileu de 2025 e, a partir dessa data, especifica-se, será a Carta Apostólica do Papa que estará no centro da preparação para o Ano Santo.

Uma “Escola de Oração” com o Papa Francisco

Ao retomar a palavra, o pró-prefeito anuncia que o próprio Papa, durante este ano, lançará uma “Escola de Oração”, momentos de encontro com comunidades e categorias de pessoas, segundo o modelo das sextas-feiras da Misericórdia vividas durante o Ano Santo Extraordinário de 2015/2016, “para rezar juntos e compreender algumas formas de oração: da ação de graças à intercessão; da contemplativa à consolação; da adoração à súplica…”. E Fisichella conclui citando novamente o Papa Francisco, que disse estar certo de que “os bispos, sacerdotes, diáconos e catequistas encontrarão neste Ano as formas mais adequadas para colocar a oração na base da proclamação de esperança que o Jubileu 2025 pretende fazer ressoar em um tempo conturbado”.

Com informações e foto VaticanNews

 

 

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PAPA – AUDIÊNC IA GERAL

Papa Francisco retoma a Audiência Geral nesta quarta, 28 de junho
O tradicional encontro do Pontífice com os fiéis nas quartas-feiras será retomado em 28 de junho. A Audiência Geral do dia
21, na Praça São Pedro, havia sido cancelada para permitir que o Pontífice continuasse a convalescença após uma cirurgia no abdômen realizada no início do mês, no Hospital Gemelli de Roma.
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Vatican News

Na próxima quarta-feira, 28 de junho, o Papa Francisco estará de volta à Praça de São Pedro para a Audiência Geral. O anúncio foi feito pela Sala de Imprensa do Vaticano neste sábado (24).

A Audiência da última quarta-feira, 21 de junho, havia sido cancelada para “salvaguardar a recuperação pós-operatória do Santo Padre”, como havia informado o porta-voz, Matteo Bruni, no dia em que Pontífice tinha dado alta do Hospital Gemelli, de Roma, em 16 de junho, após 10 dias internado. Francisco se submeteu a uma laparotomia e a uma cirurgia plástica da parede abdominal com prótese. Desde então, o Papa realizou todas as audiências programadas e o Angelus no último domingo, 18 de junho. O médico Alfieri, que operou Francisco, também confirmou a possibilidade de realizar todas as viagens previstas: a Lisboa para a JMJ e também para Mongólia, respectivamente, no início e no final de agosto.
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PAPA

PAPA FRANCISCO

recordação e proximidade aos católicos chineses

O Papa Francisco expressou nesta quarta-feira sua recordação e seu sentimento de “proximidade aos irmãos e irmãs” da Igreja chinesa, desejando que “a Boa Nova seja proclamada em sua plenitude, beleza e liberdade”. Recordou-se também dos salesianos na Festa de Maria Auxiliadora e da martirizada Ucrânia.

Silvonei José – Vatican News

O Papa Francisco, no final da audiência geral desta quarta-feira (24/05/23), dirigiu seu pensamento à Igreja Católica na China: “Hoje é o Dia Mundial de Oração pela Igreja Católica na China. Coincide com a festa da Bem-Aventurada Virgem Maria, Auxílio dos Cristãos, venerada e invocada no Santuário de Nossa Senhora de She Shan, em Xangai. Nesta ocasião, desejo assegurar a recordação e expressar a proximidade aos nossos irmãos e irmãs na China, compartilhando suas alegrias e esperanças”.

O Papa também dirigiu um pensamento especial a todos aqueles que sofrem, pastores e fiéis, para que na comunhão e solidariedade da Igreja universal possam experimentar consolo e encorajamento. E fez um convite:

“Convido todos a elevar suas orações a Deus para que a Boa Nova de Cristo crucificado e ressuscitado possa ser proclamada em sua plenitude, beleza e liberdade, produzindo frutos para o bem da Igreja Católica e de toda a sociedade chinesa”.
 Papa Francisco na audiência geral

Francisco deu ainda suas boas-vindas aos peregrinos de língua italiana, em particular, saudou as Missionárias da Caridade, o Comitê Organizador de Eventos Especiais de Roma, o Grupo de Oncologia Pediátrica da Policlínica de Bari, a Escola da Divina Providência de Roma. Finalmente, como de costume, dirigiu-se aos jovens, aos doentes, aos idosos e aos recém-casados.

Hoje é a festa de Nossa Senhora, venerada sob o título de Maria Auxiliadora. Que Maria os ajude, queridos jovens, a fortalecer sua fidelidade a Cristo a cada dia. Que ela obtenha conforto e serenidade para vocês, queridos idosos e queridos doentes. Que ela os incentive, queridos recém-casados, a traduzir o mandamento do amor em suas vidas diárias”.

O Santo Padre recordou que o Dia de Maria Auxiliadora é uma vocação mariana tão cara a Dom Bosco: uma saudação – disse – e uma recordação à Família Salesiana, agradecendo por tudo o que fazem pela Igreja.

E ainda sentimos tristeza pela martirizada Ucrânia:

“Eles sofrem tanto lá, não nos esqueçamos deles. Rezemos hoje a Maria Auxiliadora para que ela esteja próxima do povo ucraniano”.
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Vocações: inspiração brasileira

Vocações: inspiração brasileira para a Mensagem do Papa

Foi apresentada durante uma coletiva de imprensa a Mensagem do Santo Padre para o 60º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, inspirada no 3° Ano Vocacional do Brasil, relembrou Dom Andrés Ferrada, Secretário do Dicastério para o Clero. Apresentaram também suas reflexões o cardeal Lazarus You Heung-sik; padre Simone Renna e padre Eamonn McLaughlin

Ouça a reportagem

Irmã Grazielle Rigotti, ascj – Vatican News

Nesta quarta-feira, 26 de abril de 2023, na Sala de Imprensa da Santa Sé, foi realizada uma coletiva de imprensa para a apresentação da Mensagem do Santo Padre, o Papa Francisco para o 60º Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Neste ano, o tema da mensagem é conhecido dos brasileiros, pois resgata o tema do 3° Ano Vocacional no Brasil, celebrado entre 20 de novembro de 2022 e 26 de novembro de 2023, “Vocação: graça e missão”. Durante a coletiva, foram apresentadas considerações acerca da mensagem, do tema, bem como sugestões práticas para a vivência pastoral das comunidades neste dia. 

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26/04/2023
O Papa: a vocação é dom e tarefa, fonte de vida nova e de verdadeira alegria

O Papa: a vocação é dom e tarefa, fonte de vida nova e de verdadeira alegria

Cardeal Lazarus You Heung-sik
O Prefeito do Dicastério para o Clero, a partir das palavras que o Papa Francisco escolheu para esta Mensagem, destacou que “cada um de nós tem um lugar no coração de Deus, ninguém é excluído; cada um de nós foi pensado, criado e chamado com amor, desde tempos imemoriais; cada um de nós é amado pelo Pai e é enviado ao mundo e à Igreja como um sinal desse amor.” E concluiu sua reflexão com o desejo: como o Papa Francisco deseja que façamos, ampliaremos os espaços de amor em todos os lugares.

Dom Ferrada

Durante o momento da coletiva para apresentação da Mensagem, Dom Andrés Gabriel Ferrada Moreira, Secretário do Dicastério para o Clero ainda ressaltou que “um cristão, uma cristã, não apenas proclama a Boa Nova da Redenção, mas também, com base no testemunho de sua própria coerência de vida, pode declarar “Eu sou uma missão nesta terra” e, ao mesmo tempo, reconhecer-se efetivamente como membro do Corpo de Cristo, a Igreja, um com seus irmãos e irmãs na fé, que estão cientes de que foram “Chamados juntos: convocados”. E frisou dois aspectos da Mensagem: a referência explícita que o Papa Francisco faz ao seu caminho pessoal de graça e missão, como “aquele dia mudou minha vida e deixou uma marca que dura até hoje”. E o fato de o Pontífice ter assumido para o si o tema do Ano Vocacional do Brasil, após a Visita ad limina apostolorum da Conferência dos Bispos do Brasil no ano passado.

Padre Renna

O Subsecretário do Dicastério para o Clero, ofereceu algumas sugestões para uma melhor divulgação da Mensagem do Santo Padre, pensando particularmente no cuidado pastoral das vocações em nível diocesano, paroquial e familiar. Elas foram: promover uma Vigília de Oração Vocacional, na qual se manifeste a sinfonia de diferentes vocações; durante as celebrações eucarísticas, fazendo referência às palavras do Santo Padre no momento a homilia; abordando o tema em grupos de catequese de iniciação cristã, grupos de jovens, grupos de recém-casados e famílias, bem como em seminários. Por fim, Padre Renna também sugere que a mensagem seja divulgada por meio dos sites e redes sociais das comunidades cristãs.

Padre Eamonn McLaughlin

O oficial do Dicastério para o Clero, Padre Eamonn McLaughlin destaca em seu comentário e reflexão a partir da Mensagem do Santo Padre, a missão de cada uma das vocações: as famílias, as comunidades paroquiais, recorda também a vocação e missão dos sacerdotes e dos bispos, como os primeiros líderes daqueles chamados para a vida ministerial, também por seu testemunho como bons pastores. Por fim, aconselhou que seria viável identificar uma pessoa ou um grupo de fiéis, que pudessem ser encarregados de promover a pastoral vocacional, sendo também desejável que se criem e promovam Centros Vocacionais em cada diocese, região e país, chamados a promover e manter viva a necessidade da pastoral vocacional.
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Papa: a guerra destrói

Papa: a guerra destrói. Olhemos para a Ucrânia sem medo de sofrer   –  

No primeiro aniversário da guerra na Ucrânia, Papa assistiu a um documentário na companhia de refugiados e pessoas necessitadas. E disse: “Não tenhamos vergonha de sofrer e de chorar, porque uma guerra é a destruição, uma guerra nos diminui sempre. Que Deus nos faça compreender isso”.
Bianca Fraccalvieri – Vatican News
         

                           “Hoje é um ano desta guerra: olhemos para a Ucrânia,
                           rezemos pela Ucrânia e abramos o nosso coração à dor.”

Na tarde desta sexta-feira, 24 de fevereiro, o Papa participou da projeção do Documentário “Freedom on Fire: Ukraine’s Fight for Freedom”, promovida pelo diretor Evgeny Afineevsky, na Sala Nova do Sínodo.

O evento era reservado a 240 hóspedes: pessoas necessitadas, refugiadas e membros da comunidade ucraniana de Roma. Estavam acompanhados por representantes das associações que oferecem a elas assistência e pelo esmoleiro do Papa, Card. Konrad Krajewski.

                                                                         Papa durante a projeção

Ao final, Francisco dirigiu as seguintes palavras:

“Quando Deus fez o homem, pediu que cuidasse da terra, a fizesse crescer e a tornasse bela. O espírito da guerra é o contrário: destruir, destruir, não deixar crescer, destuir todo mundo: homens, mulheres, crianças, idosos, todos. Hoje é um ano desta guerra: olhemos para a Ucrânia, rezemos pela Ucrânia e abramos o nosso coração à dor. Não tenhamos vergonha de sofrer e de chorar, porque uma guerra é a destruição, uma guerra nos diminui sempre. Que Deus nos faça compreender isso.”

                                                               Papa durante a projeção

Em seguida, o Pontífice fez esta oração:

“Pai Santo, que estais nos céus, olhai as nossas misérias, olhai as nossas feridas, olhai a nossa dor, olhai também o nosso egoísmo, os nossos interesses rasos e a capacidade que temos de nos destruir. Curai, curai o nosso coração, curai a nossa mente, curai os olhos para que possamos ver a beleza que vós fizestes e não destrui-la no egoísmo. Semeai em nós a semente da paz. Amém.”

Antes de voltar para a Casa Santa Marta, o Papa conversou e saudou os presentes, entre os quais alguns protagonistas do documentário.
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Papa à Pastoral da Saúde:

Papa à Pastoral da Saúde: acolhamos o grito daquele que sofre

Dar voz ao sofrimento não ouvido dos doentes que ficam sozinhos, sem apoio financeiro e moral, facilmente expostos ao desespero e à perda da fé. Acolhamos o grito daquele que sofre e façamos com que seja ouvido”. Este foi o apelo do Papa no encontro com expoentes da área Médica do Setor da Pastoral da Saúde da Diocese de Roma, nesta quinta-feira, 9 de fevereiro

Jane Nogara – Vatican News

Na manhã desta quinta-feira (09) o Papa Francisco recebeu no Vaticano expoentes da área Médica do Setor da Pastoral da Saúde da Diocese de Roma. Francisco iniciou recordando que nos encontramos no contexto do Dia Mundial do Doente celebrado em 11 de fevereiro. Disse em seguida que neste ano, no contexto do percurso sinodal, tem como tema o lema do Evangelho de Lucas: “Cuida dele” (Lc 10,35). Estas são as palavras que, no Evangelho de Lucas, o Bom Samaritano dirige ao estalajadeiro, a quem confia o homem ferido que resgatou. Depois de explicar que tanto o homem agredido quanto o samaritano, carregam feridas: o primeiro das violências e o segundo do desprezo por ser um estrangeiro não desejado. E afirma: “Ainda assim”, diz o Papa, “graças à sensibilidade dos que sofrem pelos que sofrem, nasceu uma história de solidariedade e de esperança que derruba os muros do isolamento e do medo”.
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E dirigindo-se aos presentes diz:
“O trabalho de vocês, queridos amigos, nasceu graças a esta dinâmica: de ter sido capaz de transformar a experiência do sofrimento em proximidade à dor dos outros”

Afirmando ainda que gostaria de salientar, à luz da Palavra de Deus, três atitudes importantes deste caminho: primeiro, estar perto dos que sofrem; segundo, dar voz ao sofrimento não ouvido; terceiro, tornar-se um fermento de caridade.

Papa com a Delegação da Pastoral da Saúde da Diocese de Roma

Perto dos que sofrem
Recordemos antes de tudo”, disse o Pontífice, “o quanto é importante estar perto daqueles que sofrem, oferecendo escuta, amor e aceitação. Mas para fazer isso, devemos aprender a ver, na dor de nosso irmão, um ‘sinal de precedência’, que no fundo de nossos corações nos obriga a parar e não nos permite ir adiante”. Explicando em seguida:
                “Esta é uma sensibilidade que aumenta quanto mais nos permitimos estar envolvidos
                               no encontro com aqueles que sofrem”

Dar voz ao sofrimento não ouvido
É importante”, confirma o Papa, “dar voz ao sofrimento não ouvido dos doentes que ficam sozinhos, sem apoio financeiro e moral, facilmente expostos ao desespero e à perda da fé, como pode acontecer com os que sofrem de fibromialgia e dor crônica”.

                   “Acolhamos o grito daquele que sofre e façamos com que seja ouvido”

Fermento de caridade
Ao falar sobre a terceira atitude, tornar-se um fermento de caridade Francisco disse que isso pode significar “fazer redes”. “De que forma?”, e sua resposta é “simplesmente compartilhando um estilo de gratuidade e reciprocidade, porque somos todos necessitados e todos podemos dar e receber algo, mesmo que seja apenas um sorriso. E isso faz crescer ao nosso redor uma ‘rede’ que não captura, mas liberta, uma rede feita de mãos que se apertam, braços que trabalham juntos, corações que se unem em oração e compaixão”.

Para concluir o encontro o Papa dirigiu-se especialmente aos irmãos e irmãs doentes:

Formar rede é trabalhar em conjunto como membros de um só corpo. O sofrimento
de um torna-se o sofrimento de todos, e a contribuição de cada um é recebida
por todos como uma bênção”

Foi seu sofrimento vivido com fé que nos reuniu aqui hoje, para compartilhar este importante momento. Na fragilidade, vocês estão próximos do coração de Deus. Por isto peço suas orações, para que aumente entre nós a proximidade com os que sofrem e o compromisso concreto na caridade, e para que nenhum grito de dor fique sem ser ouvido”
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Papa aos sacerdotes

Papa aos sacerdotes da pastoral juvenil: nunca se enraizar, viver com espírito livre   – 

“Jamais devemos nos enraizar, nem no grupo cristão ao qual pertencemos, nem na responsabilidade que nos foi confiada, mas viver com espírito livre, em uma saudável indiferença”. Palavras do Papa Francisco aos sacerdotes da Arquidiocese de Barcelona comprometidos com o trabalho na pastoral juvenil
Jane Nogara – Vatican News

Na manhã deste sábado (28/01) o Papa Francisco recebeu os sacerdotes da Arquidiocese de Barcelona comprometidos com o trabalho na pastoral juvenil na Sala Clementina no Vaticano. Na ocasião o Papa Francisco entregou o discurso preparado e falou de improviso com os sacerdotes. Abaixo detalhes do discurso preparado.

 

A importância de caminhar juntos

Ao iniciar a sua saudação o Papa logo recordou que “a experiência dos apóstolos tem sempre um duplo aspecto, pessoal e comunitário. Caminham juntos e não podemos separá-los. Somos de fato chamados individualmente, mas sempre para fazer parte de um grupo maior, para caminhar juntos escutando antes de falar, para saber como nos colocar onde é apropriado, mesmo no meio ou atrás, e não apenas na frente”.

Abracemos a cruz e as mediações da Igreja

Jesus nos chama a partir da nossa pobreza”, acrescentou o Papa, “da nossa fragilidade, devemos responder a este chamado com um eterno propósito de conversão”. Em seguida frisou o seguinte ponto: “É preciso rejeitar o carreirismo, a vida dupla, a busca das satisfações mundanas, abraçando a cruz e as mediações da Igreja: sacramentos, vida de oração, ascese, etc. Ao mesmo tempo”, continuou, “devemos ser capazes de misericórdia precisamente porque somos tocados pela misericórdia do Senhor, não dando lições, mas testemunhando uma experiência de intimidade com Deus”.

Viver com espírito livre, em uma saudável indiferença

Francisco finalizou o discurso aos sacerdotes encorajando-os: “Devemos buscar a fraternidade em todos os âmbitos sociais, aprender e ensinar a acolher a todos, a trabalhar com todos, a buscar soluções consensuais que tenham um amplo alcance. Jamais devemos nos enraizar, nem no grupo cristão ao qual pertencemos, nem na responsabilidade que nos foi confiada, mas viver com um espírito livre, em uma saudável indiferença https://www.vaticannews.va/

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Semana Ecumênica

Semana Ecumênica de Oração:
“Alegremo-nos com o que pudermos”

A Semana de Oração é celebrada pelos cristãos de todas as denominações ao redor do mundo com inúmeros cultos e encontros de 18 a 25 de janeiro. No domingo à noite foi realizado um culto ecumênico de oração em Roma para lançar a Semana de Oração. Entrevista com o pastor luterano Michael Jonas
Mario Galgano – Vatican News

A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é comemorada desde 1908 e é organizada conjuntamente pelo Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos e pelo Conselho Mundial de Igrejas. O tema litúrgico internacional para a Semana de Oração deste ano foi desenvolvido por cristãos dos Estados Unidos: “Façam o bem! Busquem a justiça”! (Isaías 1, 17). Concentra-se na luta contra o racismo e na dificuldade dos grupos marginalizados. A cerimônia de abertura na igreja luterana no coração de Roma contou com a presença de representantes das igrejas protestante e católica. Em entrevista, o pastor luterano Michael Jonas, explicou ao Vatican News que “a particularidade deste ano é somos cada vez mais convidados, não apenas por órgãos oficiais como o Dicastério para Unidade dos Cristãos do Vaticano ou a Diocese de Roma, mas também por algumas paróquias romanas que agora sabem: existe esta Semana da Unidade, existe a Igreja Protestante, e por isso querem entrar em contato conosco”.

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A unidade já está se realizando

“E eu tenho mais convites nas igrejas paroquiais do que posso atender”, acrescentou o pastor luterano. Na celebração da noite de domingo, que contou com a presença, entre outros, do cura da paróquia católica de língua alemã de Santa Maria dell’Anima, Konrad Bestle, e do reitor do Germanicum, padre Gernot Wisser SJ, foi recordado também o Papa Bento XVI, que faleceu há poucos dias. O Padre Jonas comentou ainda: “Estamos naturalmente honrados como Igreja Luterana em Roma que Bento XVI, mas também os outros papas, nos tenham visitado. E Bento simplesmente conseguiu enfatizar o que já é ecumenicamente possível. Em outras palavras, para nos concentrarmos no que podemos fazer juntos. E isto já acontece muito bem rezando juntos, cantando juntos e escutando juntos a Palavra de Deus. E sou grato por termos permissão para nos movermos nestas áreas e também tenho a sensação de que a unidade já esteja se realizando”.

Quando Bento XVI nos visitou

Muitos “frequentemente” se fixam apenas na Eucaristia, na Ceia do Senhor. Trata-se de um desafio “que nós também devemos enfrentar e que é importante”, porém, “é permitido nos alegrar com o que nos é permitido fazer”, afirma ainda o pastor Jonas. “E ouvimos isso de Bento XVI há doze anos, durante sua última visita”. Também a paz e a unidade entre os cristãos foram o tema da celebração do domingo. “Esta é também uma preocupação”, continua, “devemos lutar pela unidade e pela paz entre os cristãos. Eu fiquei muito chocado, e ainda estou, pela guerra entre os cristãos em plena Europa. De qualquer modo, o ecumenismo deveria nos fazer manter nossas fronteiras abertas e fluidas, saber que temos tradições diferentes e admitir isso para nós mesmos”. É importante saber que não podemos viver sozinhos, precisamos uns dos outros, acrescenta o pastor luterano. “E enquanto mantivermos esses limites fluidos e observarmos os outros, pelo menos é mais difícil para nós endurecer e até entrar em guerra”. Por fim recorda que “especialmente no Ocidente, é importante agir juntos contra a crise de secularização pela qual passamos” e unir “o nosso testemunho e as nossas forças”.

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O Papa: a oração

O Papa: a oração é o remédio da fé, o reconstituinte da alma

No Angelus deste domingo (16/10) Francisco sugeriu a “oração constante” para manter a fé: “Pode vir em nosso auxílio, uma prática espiritual sábia, mesmo que hoje seja um pouco esquecida, que nossos idosos conhecem bem: as chamadas orações jaculatórias”

Jane Nogara – Vatican News

Na oração do Angelus deste domingo (16/10), o Papa Francisco iniciou recordando uma preocupação de Jesus: “Mas quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?” (Lc 18,8). Francisco disse que é uma pergunta séria. “Imaginemos que o Senhor venha hoje à Terra. Ele veria, infelizmente, tantas guerras, pobreza e desigualdades”. Mas principalmente perguntou o Papa: “o que ele encontraria em mim, na minha vida, no meu coração? Que prioridades veria?”

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Oração constante

O Papa destacou que é importante não negligenciarmos o que mais importa deixando que nosso amor por Deus se esfrie opuco a pouco. E sugeriu:

“Hoje Jesus nos oferece o remédio para aquecer uma fé ressequida. E qual é? A oração. Sim, a oração é o remédio da fé, o reconstituinte da alma. Porém, deve ser uma oração constante”

Em seguida disse que a constância significa “nutrir” todos os dias como uma planta, senão a nossa fé pode “entrar em letargo” e secará. E fazendo analogia com a planta disse ainda para dedicarmos tempo a Deus, com orações. Assim Ele pode entrar em nosso tempo; precisamos de momentos constantes nos quais lhe abrimos nossos corações, para que Ele possa derramar sobre nós todos os dias amor, paz, alegria, força, esperança; isto é, nutrir a nossa fé. Então o Papa ponderou, que alguns poderiam objetar: “Como eu faço? Não vivo em um convento, não tenho muito tempo para rezar”.

Orações Jaculatórias

“Pode vir em nosso auxílio, uma prática espiritual sábia,
mesmo que hoje seja um pouco esquecida, que nossos idosos,
especialmente as avós, conhecem bem: a das chamadas
orações jaculatórias. O nome é um pouco ultrapassado,
 mas a substância é boa”

E Francisco explicou que “são orações muito curtas, fáceis de memorizar, que podemos repetir com frequência durante o dia, no decorrer das várias atividades, para ficar “em sintonia” com o Senhor. Dando em seguida alguns exemplos: “Assim que acordamos, podemos dizer: ‘Senhor, eu te agradeço e te ofereço este dia’; depois, antes de uma atividade, podemos repetir: ‘Vem, Espírito Santo’; e entre uma coisa e outra, podemos rezar assim: ‘Jesus, eu confio em ti e te amo’. Com quanta frequência enviamos ‘pequenas mensagens’ às pessoas que amamos! Façamos isso também com o Senhor, para que os nossos corações permaneçam conectados a Ele”.

E concluindo disse ainda “Não nos esqueçamos de ler Suas respostas. P Senhor responde sempre. Onde podemos encontrá-las? No Evangelho, que deve estar sempre à mão para ser aberto todos os dias, para receber uma Palavra de vida dirigida a nós”. Por fim disse ainda: “E voltemos ao conselho que já dei muitas vezes: tenham sempre um pequeno Evangelho de bolso consigo, em sua bolsa, e assim, quando tiver um minuto, abra-o e leia algo, e o Senhor lhe responderá”.

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Visita do Papa

Cazaquistão se prepara para receber Papa

O Pontífice vai visitar o país da Ásia Central em setembro

Santo Padre, o Papa Francisco, confirmou sua viagem para o Cazaquistão, logo no início de agosto, quando retornou da viagem apostólica ao Canadá. 

Francisco viajará ao país da Ásia Central nesta semana, entre os dias 13 e 15 de setembro, para participar de um congresso de líderes religiosos mundiais, de acordo com o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni, em um comunicado.

O Santo Padre aceitou o convite das autoridades civis e eclesiásticas e viajará a Nursultan, capital cazaque, para participar do VIII Congresso Mundial de Líderes das Religiões Mundiais e Tradicionais.

A visita foi anunciada em Abril pelas autoridades do país da Ásia Central, mas só em agosto foi confirmada pelo Vaticano.

Naquela ocasião, o Papa realizou uma videoconferência com o presidente do Cazaquistão, Kasim-Yomart Tokayev, e expressou sua vontade de participar do congresso, com o objetivo de promover o diálogo religioso, “necessário para o mundo de hoje”.

O último Papa a viajar para o Cazaquistão foi João Paulo II, em 2001.

Durante a entrevista coletiva no voo papal, voltando do Canadá para o Vaticano, Francisco disse que iria ao Cazaquistão apesar dos seus problemas de saúde, porque é “uma viagem tranquila”. Na ocasião, o Papa demonstrou vontade também de ir a Kiev, capital da Ucrânia, para pedir o fim da guerra.

O Papa Francisco pretende continuar viajando e espera poder ir ao Sudão do Sul e à República Democrática do Congo no próximo ano, em viagens que foram adiadas por conta dos seus problemas de saúde.

“A visita de um homem de Deus”
Francisco chegará ao Cazaquistão no dia 13 de setembro, e será recebido pelas autoridades do país para fazer o primeiro de seus cinco discursos oficiais.

Nos demais dias o Pontífice deve participar dos trabalhos do Congresso, alternando com momentos já pré-definidos dedicados à comunidade católica local, como a celebração da Missa na praça da Expo e o encontro com os Bispos e religiosos na Catedral Mãe de Deus do Perpétuo Socorro.

O bispo auxiliar de Karaganda e primeiro prelado local do Cazaquistão, dom Yevgeniy Zinkovskiy, contou à agência missionária da Congregação para a Evangelização dos Povos,
que todos do país estão entusiasmado com a visita do Papa.

“Não há palaão há palavras para descrever a felicidade de toda a comunidade
católicacazaque por causa da visita do Papa Francisco ao nosso país.
O que mais nos alegra é ver que o restante da sociedade, que não é católica,
também acolheu a notícia da viagem do Santo Padre com grande entusiasmo”.


E explicou que desde que sua visita foi confirmada, o país já se movimenta para recebê-lo;
assim como os católicos e não católicos, que esperam a visita do Santo Padre.

“Desde quando sua vinda foi oficializada, vemos nas ruas muitos jornalistas perguntando às pessoas comuns o que pensam da chegada de Francisco; a resposta é que todos estão muito felizes por um homem de Deus tão importante visitar o povo cazaque
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