12 de Novembro

12 de Novembro – São Josafá

João Kuncewycz nasceu de família cristã ortodoxa da Ucrânia, em 1580. Estudou filosofia e teologia. Aos 20 anos tornou-se monge na Ordem de São Basílio, recebendo o nome de Josafá, e em pouco tempo era nomeado superior do convento. Possuía enorme capacidade intelectual e vivência da caridade cristã.

Além disso, São Josafá era um monge exemplar no seguimento das regras monásticas. Com apenas 37 anos assumiu o arcebispado de Polotsk, e dedicou-se imediatamente à formação do clero e à catequização dos fiéis (o que ainda hoje é urgentemente necessário).

 Na sua época, sentia-se já o grave problema da divisão das igrejas ortodoxas orientais, que haviam se separado de Roma por volta do ano 1000, não reconhecendo a autoridade do Papa. Josafá muito trabalhou para a reconciliação, ao longo da sua vida. Em 1596, o sínodo de Brest reuniu os rutenos com Roma, mas este exemplo não foi seguido por outras igrejas orientais, que se sentiram traídas, tendo os cismáticos passado a perseguir os católicos.

Por causa do seu zelo na reunificação, São Josafá foi caluniado e teve que enfrentar muitos contratempos, acabando por se tornar vítima de martírio: numa visita pastoral, a 12 de novembro de 1623, sua comitiva foi atacada e muitos dela covardemente assassinados, matança à qual o santo bispo se opôs perguntando aos agressores: “Meus filhos, por que matais os meus familiares? Se procurais a mim, aqui estou!”.

Logo o maltrataram horrivelmente e o mataram. Porém, quase todos os seus assassinos, depois processados e condenados, abjuraram o cisma e se converteram, um fruto da caridade de Deus e, certamente, da firmeza exemplar de São Josafá.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão

O desejo de Cristo de formar um único rebanho, sob a autoridade de um único pastor, na unidade de uma única Igreja é algo que não pode ser negligenciado. A separação dos católicos (“diabo” significa dividir) é um mal para a Igreja e o mundo. São Josafá lutou contra o Cisma, a ponto de doar a própria vida, e por isso é reconhecido como precursor do Ecumenismo (movimento que busca a boa convivência entre os diferentes cristãos e, mais essencialmente, a reunificação dos diversos cismáticos com a Igreja Católica). Porém, de forma alguma a Verdade pode ser “adaptada” em nome de uma união baseada em mero consenso de conveniências e interesses; isto seria uma união de oposição a Deus! O correto senso ecumênico está centrado no reconhecimento da única Igreja diretamente fundada por Cristo, por meio dos Apóstolos chefiados por São Pedro, assistida perenemente pelo Espírito Santo e tendo por legítima Mãe a Virgem Maria – a Igreja Católica (= universal, para todos os seres humanos, filhos de Deus), Apostólica (confiada diretamente aos Apóstolos por Jesus mesmo), Romana (referência ao local da morte – entrada na vida celeste – de São Pedro, chefe inequívoco dos Apóstolos, nas palavras de Cristo: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja […] Eu te darei as chaves do reino dos céus […]” (cf. Mt 16, 15-19); e “Apascenta as Minhas ovehas.” (cf. Jo 21, 17); ora, quem apascenta as ovelhas é o pastor, que tem sobre elas autoridade…).

Oração

Deus Eterno e Todo-Poderoso, que a Vossos pastores associastes São Josafá, a quem destes a graça de lutar pela justiça até a morte, concedei-nos, por sua intercessão, suportar por Vosso amor as adversidades, sem jamais abrir mão da Verdade, e correr ao encontro de Vós, que sois a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
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11 de Novembro

11 de Novembro – São Martinho de Tours

Martinho nasceu na Hungria por volta do ano 316 e pertencia a uma família pagã. Seu pai era comandante do exército romano. Por curiosidade começou a frequentar uma igreja cristã. Para evitar a conversão do filho, o pai o alistou no exército, mas foi inútil. Martinho já tinha sido escolhido por Jesus para tornar-se um homem santo.

Foi nessa época que ocorreu o famoso episódio do manto. Diz a história que diante de um mendigo que passava frio, Martinho se comoveu e repartiu com ele seu manto. Na mesma noite, Martinho teve um sonho no qual Jesus apareceu a ele vestido com o manto doado. Foi o sinal para a conversão do jovem.

Fez-se batizar e com 22 anos tornou-se monge e discípulo de Santo Hilário, que o ordenou diácono e lhe cedeu um terreno para a construção de um mosteiro, o primeiro edificado na França, em Poitiers. Em breve, este ficou cheio de jovens candidatos à vida monástica. Martinho, de acordo com Santo Hilário, permitia aos seus monges a ordenação sacerdotal, prática desconhecida no monaquismo do Oriente. Visitando as pessoas dos meios rurais, chamados de pagos (e daí o termo “pagãos”), Martinho e seus monges convertiam inúmeros habitantes e construíam igrejas; no caso de resistências, fundava um mosteiro, que pela irradiação da vida cristã obtinham, em tempo, as conversões (a irradiação dos mosteiros beneditinos, a partir de São Bento, tinha a mesma característica de estabilizar, pela santidade e exemplo, a conversão de muitas regiões da Europa). Tal obra foi acompanhada de muitos sinais e milagres.

Quando ficou vaga a diocese de Tours, em 371, o povo o aclamou para ser Bispo. Martinho aceitou, apesar de resistir no início. Visitava todas as paróquias, zelava pelo culto e continuou o trabalho de conversão dos pagãos, exercendo sempre exemplar caridade. Modelo de mansidão e humildade, os frutos do seu zelo espalharam-se por toda a França. Após 25 anos de bispado, faleceu em 8 de novembro de 397; sua festa foi colocada no dia 11, o do seu sepultamento, um evento excepcional, com a presença de mais de 2.000 monges e enorme multidão em prantos.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão

Martinho despertou para a fé quando ainda menino e depois, mesmo soldado da cavalaria do exército romano, jamais abandonou os ensinamentos de Cristo. A sua vida foi uma verdadeira luta em favor do cristianismo. Existem 4.000 igrejas dedicadas a ele na França, e o seu nome é dado a milhares de localidades, povoados e vilas. “Senhor, se o Vosso povo precisa de mim, não vou fugir do trabalho. Seja feita a Vossa vontade” dizia Martinho, enfermo, aos 81 anos de idade. Como São Paulo, “combateu o bom combate”, da caridade, zelo apostólico e humildade, os termos comuns para a vida e ação de qualquer católico, cada qual no seu campo particular.

Oração

Ó Deus, que aos Vossos pastores associastes São Martinho de Tours, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
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10 de Novembro

10 de Novembro – São Leão Magno

Leão nasceu por volta do ano 400, perto da cidade de Roma. Tornou-se sacerdote muito jovem e em 430 já era arcediácono e conselheiro dos Papas Celestino I e Xisto III. Após a morte deste último, em 440, Leão assumiu o governo da Igreja.

Eram tempos difíceis. Internamente, a Igreja enfrentou divisões por causa de várias heresias, sendo o monofisitismo aquela que Leão teve que combater mais diretamente. Propalada pelo monge Êutiques, afirmava haver apenas uma natureza em Jesus, a divina, que teria absorvida a Sua natureza humana: negava, assim, o valor salvífico da Cruz, uma vez que não teria sido um verdadeiro homem a pagar pelos pecados, nem a ter verdadeira ressurreição.

Leão escreveu ao patriarca de Constantinopla a célebre Carta dogmática a Flaviano, onde expunha a verdadeira doutrina sobre as duas naturezas, divina e humana, na única Pessoa de Cristo. Esta carta foi fundamental no Concílio de Calcedônia, em 451, quando o monofisitismo foi condenado pela Igreja.

Também na Doutrina, na conservação da ortodoxia da Fé, no culto litúrgico, agiu Leão com invulgar sabedoria e oportunidade, ensinando e edificando a cristandade. Deixou escritos mais de 100 sermões e 143 cartas, documentos preciosos para a dogmática, história e ensinamentos da fé cristã.

Externamente, São Leão, por seu prestígio e eloquência, por duas vezes salvou Roma da destruição: em 452, convenceu o rei dos hunos, Átila, “o flagelo de Deus”, a preservar a cidade e a Itália, e em 455 conseguiu de outro invasor, Genserico rei dos vândalos, que poupasse a vida dos romanos e não incendiasse a cidade.

O Papa Leão teve um longo pontificado, pouco mais de 21 anos. Faleceu no dia 10 de novembro de 461 e foi sepultado na basílica de São Pedro em Roma. Recebeu da posteridade o título de “Magno”, isto é, magnífico, por ter sido o Papa mais insigne no período anterior à queda do Império Romano Ocidental.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão

São Leão Magno orientou sua profunda sabedoria, suas extraordinárias virtudes e sua brilhante capacidade de direção no serviço a Cristo e à Igreja, em cuidado amoroso pela integridade da Fé e da vida dos irmãos. Deus sempre dá algum dom específico a cada ser humano, ainda que não especialmente chamativo, e a própria humildade em reconhecer as próprias limitações está entre os dons mais elevados. Reconheçamos os nossos defeitos e qualidades, pedindo o necessário auxílio do Pai para vencer os primeiros e bem utilizar as segundas, pois em qualquer grau será sempre este o caminho particular de salvação de cada um, conforme a sabedoria de Deus.

Oração

Deus Eterno e Todo-Poderoso, quiseste que São Leão Magno governasse todo o Vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de Vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação, através do bom uso dos dons que lhes foram concedidos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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09 de Novembro

9 de Novembro – Santo Orestes

Existe uma narração milenar vinda da Capadócia (Turquia) que apresenta Orestes como um médico, provavelmente martirizado na última perseguição do Império Romano aos cristãos, no século IV. Foi denunciado como cristão e pregador da nova fé, e acusado de incitar o povo contra a idolatria.

Sem dúvida um médico tem grande influência sobre os seus doentes, em situação de fragilidade, insegurança e aflição, carentes de auxílio material e, também, de apoio emocional e espiritual; não à toa o Médico dos Médicos é Jesus, o único que pode nos curar de todos os males, tanto do corpo quanto do espírito; e também não é mera coincidência o dito que proclama ser a vocação médica um “sacerdócio”.

Orestes não negou as acusações, preferindo corajosamente permanecer com o seu divino Médico e Salvador a negar o próprio remédio da sua vida eterna. Durante o julgamento público, clamou que o céu lhe concedesse um prodígio capaz de cair sobre o povo, que queria trair a verdade do Cristianismo.

Foi imediatamente atendido, e com um sopro seu as imagens e as colunas dos templos pagãos ruíram. Por isso foi torturado com pregos e arrastado por um cavalo, até a morte. O seu corpo, desfigurado, foi atirado num rio, que o devolveu totalmente recuperado e coberto com uma magnífica túnica. Suas relíquias foram enterradas no mosteiro que levava o seu nome.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão

A cura para todas as nossas doenças, do corpo e da alma, está na fidelidade a Cristo: por Ele, venceremos as dificuldades, os sofrimentos, as tristezas, até a mesmo a morte, já que foi prometida, para os que permanecerem com Ele, a ressurreição na vida infinita e perfeita no Céu; também os condenados, os que se afastam consciente e definitivamente de Deus, terão os corpos ressuscitados, mas para sofrer infinitamente. Se mal podemos suportar as dores deste mundo, quanto mais as penas espirituais e físicas sem fim. Vale a pena dar a vida para e por Cristo, resistindo às forças contrárias e comodismos nesta vida passageira.

Oração

Santo Orestes, amigo fiel de Cristo e defensor da fé, velai por nós, fracos e necessitados da medicina divina, para que tenhamos a coragem e firmeza de nunca ceder às tentações, enganos e pressões que, nesta nossa passagem pela vida terrestre, querem nos afastar da felicidade plena e infinda, no coração da Trindade. Amém.

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08 de Novembro

8 de Novembro – São Godofredo

Godofredo, cujo nome significa “paz de Deus”, nasceu em 1066, filho de família nobre francesa. Com cinco anos foi entregue para ser educado pelos monges beneditinos. Ordenou-se sacerdote aos vinte e cinco anos de idade.

A sua integridade de caráter e profundidade nos conhecimentos dos assuntos da fé logo chamaram a atenção dos superiores. Foi nomeado abade, com a delicada missão de restabelecer as regras disciplinares dos monges, muito afastados do ideal da vida cristã.

Ele próprio viveu uma vida austera, simples e dedicada ao seguimento de Cristo. Suas virtudes e trabalho conseguiram a correção de muitos monges e fiéis, de tal modo que o povo e o clero o elegeram como Bispo de Amiens. Era comum ver os mendigos e leprosos participando da sua mesa, pois acolhia todos os necessitados com abrigo e esmolas fartas.

Nesta diocese enfrentou os abusos de pessoas ricas e poderosas, que viviam apegados ao vício e aos prazeres corporais. Sua pregação era dura e acabou atraindo para si a ira de muitas pessoas. Houve uma ocasião em que tentaram envenená-lo, e intrigas políticas que o envolveram, provocando combates e mortes locais, o desgostaram tanto que renunciou ao bispado e recolheu-se a um mosteiro da Ordem dos Cartuchos. Contudo, nem os superiores nem o povo aceitaram a demissão, reconhecidos da sua santidade e edificante trabalho, e Godofredo foi reconduzido ao cargo. Não muito tempo depois, numa viagem, adoeceu e veio a falecer, em 8 de novembro de 1115.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão

Godofredo foi um homem voltado para uma vida de simplicidade, caridade, firmeza e obediência à lei de Deus. Condenou com veemência os abusos do clero e dos nobres que procuravam essencialmente uma vida mundana, e procedeu à necessária reforma das comunidades religiosas. Seu exemplo santificou religiosos e leigos: algo tão necessário na sua época quanto hoje, e na nossa conduta pessoal.

Oração

Ó Deus, que aos Vossos pastores associastes São Godofredo, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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07 de Novembro

7 de Novembro – São Vilibrardo –

Vilibrordo nasceu na Inglaterra em 658. A família deste jovem missionário ofereceu muitos santos para a vida da Igreja na Inglaterra.

Aos cinco anos seu pai o entregou aos beneditinos do mosteiro de York, onde foi educado. Ainda jovem demonstrou realmente vocação religiosa e aos vinte anos seguiu para a Irlanda para aperfeiçoar seus conhecimentos teológicos. Pouco antes de completar trinta anos de idade recebeu a ordenação sacerdotal.

Em 690, Vilibrordo e 11 companheiros seguiram para a Holanda, na região da Frígia, com a missão de evangelizar este povo bárbaro e muito hostil ao Evangelho. O Papa Sérgio I o abençoou e animou, e o presenteou com relíquias de santos mártires para serem colocadas nas futuras igrejas.

Ele foi um grande organizador, era um excelente líder e logo fez muitos progressos. Cinco anos depois, ele entregou ao Papa um relatório dos resultados que conseguira, e em agradecimento recebeu a sagração episcopal e um acréscimo latino ao seu nome: Clemente. Na sua diocese, em Utrecht, ele construiu a Catedral do Santíssimo Redentor.

Morreu no mosteiro de Echternach, no dia 7 de novembro de 739, aos 80 anos de idade, alquebrado pela gigantesca atividade apostólica, que incluiu também a região da Turíngia e a Dinamarca. É considerado patrono dos que sofrem com epilepsia e convulsões.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR;
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão

A vocação da Igreja é essencialmente missionária. Hoje celebramos a festa de São Vilibrordo, um grande missionário das regiões do norte da Europa, junto a São Columbano, São Vilibraldo e São Bonifácio. Sua coragem e fé o levou enfrentar os desafios da evangelização nas regiões marcadas pelo paganismo bárbaro. Que Deus nos conceda espírito missionário para continuar espalhando a fé no Reino dos Céus.

Oração

Deus Pai de misericórdia, que no Seu projeto de amor pela humanidade, escolhestes São Vilibrordo para proclamar as maravilhas da fé, concedei-nos, por sua intercessão, conservar em nós o espírito missionário que nos leva à união com Cristo, que vive e reina para sempre. Amém.

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06 de Novembro

06 de Novembro – São Leonardo de Noblac

Hoje é celebrado São Leonardo de Noblac, padroeiro das parturientes e dos prisioneiros

Hoje, 6 de novembro, a Igreja Católica celebra a festa de São Leonardo de Noblac, padroeiro dos prisioneiros e das parturientes. Em sua honra foram construídas centenas de igrejas e capelas.

São Leonardo nasceu em Galia, entre 491 e 518, em uma família nobre de Roma. São Remígio, bispo de Reims, o conduziu ao apostolado e à caridade.

Rechaçou o episcopado oferecido pelo rei Clóvis, retirou-se a um convento de Micy e depois a um bosque de Aquitania (França). Mais tarde, recebeu de um rei uma terra em Noblac.

São Leonardo conseguiu a libertação de vários prisioneiros graças a um privilégio que obteve do rei, assim como fazia São Remígio.

Em certa ocasião, ajudou a rainha, que de repente sentiu as dores de parto. As orações e cuidados de São Leonardo permitiram que desse à luz a criança sem complicações particulares.
Fonte: ACI Digital

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05 de Novembro

05 de Novembro – São Zacarias e Santa Isabel

O Martirológio Romano faz hoje memória da veneração aos pais de São João Batista, elogiados no próprio Evangelho: “Ambos eram justos diante de Deus e caminhavam irrepreensíveis em todos os mandamentos e ordens do Senhor” (Lc 1,6).

O Evangelho de São Lucas relata que havia no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias; a sua mulher pertencia à descendência de Aarão e se chamava Isabel. Eles viviam na aldeia de Ain-Karim e tinham parentesco com a Sagrada Família de Nazaré.

Foram escolhidos por Deus por sua fé inabalável, pureza de coração e o grande amor que dedicavam ao próximo. Zacarias e Isabel eram um casal de idosos e infelizmente Isabel era estéril. Mas, como tudo nesta vida, a divina Providência permitiu esta limitação – vista como castigo de Deus na cultura judaica – para dela tirar um bem muito maior, e com ele o reconhecimento de Isabel: o anjo do Senhor apareceu ao velho sacerdote Zacarias no templo e lhe disse que sua mulher teria um filho, o qual seria chamado de João. Zacarias inicialmente se manteve incrédulo e para que pudesse crer precisou de um sinal: ele ficou mudo até o nascimento do filho.

 O casal recebeu ainda a graça da visita de Nossa Senhora, que “com pressa” foi auxiliar Isabel durante a sua gravidez. Desta santa visita vieram as inspirações para as palavras de Santa Isabel à Virgem, nas quais está incluído um trecho da oração universal Ave Maria (“…bendita és Tu entre as mulheres, e bendito é o Fruto do Teu seio…”) e a resposta de Maria, o hino Magnificat (“Minha alma engrandece o Senhor…”), oração especialíssima utilizada na Liturgia e fonte de meditação profunda e necessária para os católicos (cf. Lc 1,39-56).

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C. Ss. R.

Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho
Reflexão
Inimagináveis e sempre superando qualquer expectativa humana são os frutos da obediência e amor a Deus, o correto cumprimento da própria vocação e trabalho, e a aceitação das dificuldades que o Senhor permite a cada um, bem como a fé e abandono Naquele que tudo pode e que tudo de melhor nos quer dar. Zacarias e Isabel, idosos, sofriam a humilhação, para o entendimento religioso da época, de não ter filhos. Contudo, limitações e defeitos humanos (reais ou imaginários) servem a Deus para mostrar o Seu amor, poder e glória, na vida daqueles que Nele confiam e seguem amorosamente. Não apena o idoso casal concebeu milagrosamente um filho, como este foi São João Batista, o primo e Precursor de Jesus; das circunstâncias veio o exemplo de caridade de Nossa Senhora no auxílio a Isabel, inspirador da nossa atenção às necessidades do próximo; as palavras da oração da Igreja à Santíssima Virgem Nossa Mãe, e as Suas palavras inspiradas por Deus no Magnificat, fonte perene de reflexão para nós e toda a cristandade. E, por fim, a santificação de Zacarias e Isabel, recompensados no Céu e merecedores de veneração na Terra. Aprendamos a entender com fé, amor e paciência as contrariedades da vida, na certeza de que servem aos planos de Deus para a nossa santificação e salvação, e evitemos assim a murmuração, a desobediência e a desconfiança aos justos planos de Deus para as nossas vidas.

Oração
Que Deus conceda aos pais de família imitar Zacarias e Isabel, levando-os a viver uma vida santa, sendo justos diante do Senhor e observando com exatidão Seus mandamentos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

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04 de Novembro

4 de Novembro – São Carlos Borromeu

Carlos nasceu em Arona, próximo de Milão, a 2 de outubro de 1538. O pai era o conde Gilberto Borromeu e a mãe era Margarida de Médicis, a mesma casa da nobreza de grande influência na sociedade e na Igreja.

Carlos era o segundo filho do casal, e aos doze anos a família o entregou para servir a Deus, como era hábito na época. Diplomou-se aos vinte e um anos de idade em Direito Canônico, e aos vinte e quatro anos recebeu as ordens do sacerdócio e do episcopado, levando a partir de então uma conduta acentuadamente piedosa e ascética. Como Bispo de Milão, colocou em prática, de forma admirável e exemplar, os decretos do Concílio de Trento (1545) visando a reforma da Igreja que, naquela época (e também hoje em dia), devia começar pelos próprios bispos e padres, desorientados pelas seduções mundanas.

Assim destacou-se pela sua missão pastoral, assombrosa na sua vastidão e profundidade: promoveu vários sínodos diocesanos e concílios provinciais, visitou as mais de mil paróquias da sua diocese, foi visitador apostólico nas 15 dioceses sufragâneas de Milão, visitou regiões da Suíça ameaçadas por heresias; incentivou o dever da residência dos vigários, foi o primeiro Bispo a fundar, segundo o Concílio, seminários para a formação de sacerdotes; favoreceu a criação de escolas, a boa imprensa e, sobretudo, a formação catequética dos fiéis, bem como a elevação moral dos costumes.

Destacou-se também na extraordinária caridade, especialmente durante a peste de 1576 que duramente assolou Milão. Faleceu aos 46 anos, esgotado pelas fadigas das suas incansáveis atividades pastorais.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão

A obra de São Borromeu, um dos santos mais importantes e mais queridos da Igreja, poderia ser resumida em duas palavras: dedicação e trabalho. Oriundo da nobreza, Carlos Borromeu utilizou a inteligência notável, a cultura e o acesso às altas elites de Roma para velar pela moralidade e formação verdadeiramente católicas de toda a sua diocese (e cristandade), começando pelo próprio clero e alcançando todas as faixas sociais.

Oração

Deus, nosso Pai, a exemplo de São Carlos Borromeu, ajuda-nos a abrir a nossa mente e o nosso coração ao Vosso Espírito de Amor. Que nos deixemos converter pela Vossa Palavra de amor e obediência, para podermos experimentar a Vossa ternura e bondade, mediante uma vida dedicada aos irmãos e fundamentada no Vosso Evangelho. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

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03 de Novembro

3 de Novembro – São Martinho de Lima

Martinho de Lima sofreu muito com o preconceito, desde seu nascimento no dia 9 de dezembro de 1579. Filho de um cavalheiro espanhol, Juan de Porres, e de uma ex-escrava negra chamada Ana, o menino foi rejeitado pelo pai e pelos parentes, por ser mulato. Tanto que, na sua certidão de batismo, constou “pai ignorado”.

:: Leia aqui mais sobre São Martinho

Aos oito anos de idade, Martinho se tornou aprendiz de barbeiro-cirurgião, mas a vocação religiosa lhe falou mais alto. Entretanto, pelo fato de ser mulato, demorou a ser aceito, e só a muito custo conseguiu entrar como oblato num convento dos dominicanos.

Encarregava-se dos mais humildes trabalhos do convento, particularmente o de varrer, e era barbeiro e enfermeiro dos seus irmãos de hábito. Conhecedor profundo de ervas e remédios, devido à aprendizagem que tivera, também socorria todos os doentes pobres e mendigos da região. Martinho recebeu o dom dos milagres, e suas orações chegavam ao êxtase místico. Em atenção às suas virtudes, foi-lhe excepcionalmente concedida a profissão de irmão leigo. Com as esmolas que recebia fundou em Lima um hospital para meninos abandonados e colégio só para o ensino das crianças pobres, o primeiro do Novo Mundo.

Morreu aos sessenta anos, no dia 3 de novembro de 1639, após contrair uma grave febre; imediatamente após o seu falecimento, foi honrado e venerado como santo. A sua vida foi marcada pela prática da caridade.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão

São Martinho, homem cheio do Espírito Santo e de obras no Amor, conseguia servir a Cristo no próximo. Mendigo por amor aos mendigos, destacou-se pela humildade, piedade e caridade. Numa sociedade preconceituosa, manifestou claramente que Deus abençoa especialmente os humildes de coração, independentemente da sua condição diante dos valores mundanos.

Oração

Ó Senhor Deus, que exaltais os humildes e em sua pequenez deixais brilhar Vossa grandeza e Vosso poder, fazei que, pela intercessão de São Martinho, possam os enfermos e os moribundos alcançar a saúde e o consolo, e que o testemunho da sua fé e do seu amor por Vós ilumine o último dia de nossas vidas. Amém.

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02 de Novembro

Para todos os povos da humanidade, seja qual for a origem, cultura e credo, a morte continua a ser o maior e mais profundo dos mistérios. Mas, para os católicos, tem o gosto da esperança. Esse é o mistério pascal de Cristo: morte e ressurreição. Ele nos garantiu que para quem crê, for batizado e seguir Seus ensinamentos, a morte é apenas a porta de entrada para desfrutar com Ele a vida eterna no Reino do Pai.

Enquanto para todos os homens a morte é a única certeza, para os católicos ela é a primeira de duas certezas. A segunda é a ressurreição que nos leva a aceitar o fim da vida terrena com compreensão e consolo. Para nós, a morte é um passo definitivo em direção à colheita dos frutos que plantamos aqui na Terra.

A Igreja nos ensina que as almas em purificação podem ser socorridas pelas orações dos fiéis. Assim, este dia é dedicado à memória dos nossos antepassados e entes que já partiram. Encontramos a celebração da missa pelos mortos desde o século V, com origem anterior, nos mosteiros beneditinos, por iniciativa de São Odilão abade.

Um dos mais belos Dogmas da Igreja é o da “Comunhão dos Santos”. Dessa maneira entendemos que os que estão no Céu, na feliz morada com Deus para sempre, os que se purificam no Purgatório, e nós, que ainda caminhamos pelas estradas deste mundo, formamos um só corpo. Por esse motivo, podemos e devemos rezar pelos que partiram, pois nossas orações são eficazes para ajudá-los a mais rapidamente chegarem à casa definitiva do Pai.

 A oração pelas almas do Purgatório é grande obra de caridade, pois elas já não podem, por si mesmas, nada mais fazer pela atenuação dos seus pecados; e os sofrimentos do Purgatório, como nos é ensinado pela Igreja, é maior do que qualquer provação espiritual e material desta vida. Estas almas têm o consolo de saberem que serão salvas, mas nossas orações podem abreviar suas penas. Uma vez no Céu, elas também rezarão por nós.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão

A recordação dos fiéis defuntos nos projeta para o futuro. Nossa fé fala-nos de Esperança, a grande palavra-chave desse dia. Trata-se do anseio que todo homem tem de ter a verdadeira felicidade, a felicidade duradoura, sem máculas e sem fim. Essa felicidade só se pode dar no encontro definitivo com Deus, que é a essência do Amor e do Belo. A missão de Jesus, revelada nos Evangelhos, é de dar a vida eterna a todos os que creem em Seu nome.

Oração

Eterno Pai, ofereço-Vos o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as Missas que hoje são celebradas em todo o mundo; por todas as Santas almas do Purgatório, pelos pecadores de todos os lugares, pelos pecadores de toda a Igreja, pelos de minha casa e de meus vizinhos. Amém.
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01 de Novembro

1 de Novembro – Todos os Santos

Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do Trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão” (Ap 7,9). A visão narrada por são João Evangelista, no Apocalipse, fala dos santos aos quais é dedicado o dia de hoje.

Na festa de “todos os santos” a Igreja não pretende lembrar somente dos santos conhecidos e oficialmente canonizados, mas de todos aqueles que estão nos Céus, de todos aqueles que só Deus conhece a santidade (as almas do Purgatório ainda não participam desta glória). A Igreja nesse dia comemora todos os homens e mulheres que já alcançaram a glória eterna e por isso mesmo intercedem por nós a todo o momento.

De fato, todos os homens e mulheres que durante a vida serviram a Deus e foram obedientes ao ensinamento de Jesus Cristo são santos diante de Deus, ainda que seus nomes não sejam oficialmente coletados em listas canônicas. Lembremo-nos de que entre eles estão crianças, jovens, adultos, anciãos; religiosos e leigos; reis e mendigos; doutos e ignorantes; ricos e pobres… ou seja, não há qualquer situação humana que impeça a santidade, por isso é possível – e mais que desejável! – que nos esforcemos para alcançar a santificação que Deus nos propõe.

A celebração começou no século III na Igreja do Oriente e ocorria no dia 13 de maio. A festa de Todos os Santos ocorreu pela primeira vez em Roma, no dia 13 de maio de 609 quando o Papa Bonifácio IV transformou o templo de Partenon, dedicado a todos os deuses pagãos do Olimpo, em uma igreja em honra à Virgem Maria e a todos os Santos.

 Oficialmente a mudança do dia da festa de Todos os Santos, de 13 de maio para o dia primeiro de novembro, só foi decretada em 1475, pelo do Papa Xisto IV. Mas o importante é que a solenidade de todos os Santos enche de sentido a homenagem de todos os finados, que ocorre no dia seguinte.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão

Nós também podemos ser santos. Quando trabalhamos com ânimo no dia a dia. Quando suportamos com espírito forte as dores e os problemas de nossa vida, entregando tudo às mãos da Providência divina. Quando rezamos com amor e devoção de forma regular e cotidiana. É necessário que peçamos a Deus o dom da santidade! Finalmente, devemos ter aquele grande amor pelas coisas de Deus, por Cristo, por Maria e pelos homens.

Oração

Deus de amor e de bondade, dai-nos a alegria de celebrar, numa única festa, os méritos e a glória de todos os Santos. Favorecei vosso povo com a intercessão dos Vossos santos e santas e guia-nos sempre nos caminhos da paz. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.
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