23 DE ABRIL

23 de Abril – São Jorge

Jorge nasceu na antiga região chamada Capadócia, atualmente parte da Turquia, por volta do ano 280, de família cristã. Seu pai, militar, morreu combatendo, e sua mãe mudou-se com o filho para a Palestina, sua terra de origem.Adolescente, Jorge entrou para o exército do imperador romano Dioclesiano, onde tornou-se capitão. Suas provadas qualidades mereceram do imperador um título de nobreza, de modo que com 23 anos Jorge passou a residir na alta corte, trabalhando como Tribuno Militar.

Dioclesiano, porém, decretou em 303 o início de uma imensa perseguição à Igreja, entre outras coisas influenciado por Galério (também imperador romano na reorganização política chamada Tetrarquia, como administrador das províncias balcânicas). Este alegava que os cristãos traziam “azar” para o império. Jorge testemunhou as injustiças contra os cristãos e, após doar sua grande herança para os pobres, declarou-se publicamente fiel a Cristo. Diante do imperador, na reunião senatorial confirmando o edito das perseguições, Jorge levantou-se condenando a falsidade dos ídolos pagãos e confessou a sua Fé.

O imperador, inicialmente, quis suborná-lo com uma promoção, terras e dinheiro, o que foi inútil. Então Jorge foi preso e colocado numa cela, para onde levaram uma mulher com a missão de seduzi-lo. Mas no dia seguinte a mulher havia sido convertida e batizada. Seguiu-se a tortura e a decapitação de Jorge, chamado por isso, no Oriente, de megalomartir, isto é, o grande mártir. A imperatriz, Prisca, diante destes fatos, acabou por se converter ao Cristianismo, sendo posteriormente morta com a filha Valéria, ambas canonizadas

A sepultura de São Jorge em Lida, atualmente uma cidade em Israel, perto de Tel-Aviv, é local de peregrinação, que não foi interrompida sequer durante as Cruzadas. Sua memória, tanto no Ocidente como no Oriente, é no dia 23 de abril.

 São Jorge é padroeiro de inúmeras cidades e localidades no mundo inteiro, bem como dos cavaleiros, soldados e arqueiros. É invocado também contra a peste, a lepra e as serpentes. Os muçulmanos o veneram como profeta.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho
Reflexão:

Da mesma época de São Caio, Papa, cuja memória foi ontem (cf. Santo do Dia – São Jorge – Reze no Santuário Nacional (a12.com)), São Jorge enfrentou também a cruel perseguição do imperador Dioclesiano., que não poupou da morte nem familiares nem destacados subordinados seus, como no caso presente, por serem católicos. A ira e o fanatismo contra Deus levam a muitas aberrações, incluindo atitudes tão insensatas como destruir a própria família e os melhores servidores. De grande destaque, no caso de São Jorge – assim como também para São Sebastião, outro militar – foi a coragem de espontaneamente se proclamar cristão diretamente ao imperador, admoestando-o por seus erros. Uma coragem invulgar, pela certa condenação à morte, foi exigida para um tal ato; coragem que falta, talvez, hoje, para muitos católicos, ao viver e proclamar a sua Fé. Outro importante exemplo de São Jorge é a sua pureza e castidade, pois os varões católicos devem ser coerentes com os ensinamentos do maior de todos eles, Jesus Cristo. Resistir às tentações é, no homem, uma atitude varonil, e fracos são os que pecam contra a castidade alegando, falsamente, que são “homens”, querendo assim justificar um prazer ilícito e as próprias consciências frouxas. Exemplo de militar, “Jorge” tem por significado no Grego original “agricultor”; mas nas obras de Deus não há incoerência, e São Jorge, combatendo o bom combate da Fé, como escreveu São Paulo (2Tm 4,7), plantou o bem e colheu seus frutos de santidade, propagando as sementes de conversão para muitos até hoje, um verdadeiro exército. É notória a lenda de São Jorge matando um dragão, mas não há qualquer base sólida para ela. A sua mais plausível origem é o encontro por soldados de uma Cruzada, na Idade Média, de uma escultura na Palestina. Ela estava numa igreja dedicada a São Jorge, representando o imperador Constantino, que havia combatido o arianismo, matando com uma lança esta heresia representada como dragão. A associação imediata com São Jorge levou à lenda. Por outro lado, há sem dúvida verdade no fato de que Jorge matou o pecado na sua vida, algo que é a essência da guerra diária de todo católico.
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21 DE ABRIL

21 de Abril – Santo Anselmo
Anselmo nasceu em Aosta, Piemonte, norte da Itália, em 1033. Sua família era rica e nobre. Sua mãe faleceu quando tinha 15 anos; seu pai, que era conde, lhe projetara uma brilhante carreira, e não permitiu que se tornasse religioso, quando o filho manifestou este desejo. Assim, até os 20 anos, com mansidão e docilidade permaneceu em casa. Mas para seguir sua vocação religiosa, Anselmo teve que fugir, sem nada levar. O relacionamento com o pai já não era bom, uma vez que este buscava somente a vida mundana e a queria impor ao filho.

Viajou pela Borgonha e chegou até a Normandia, onde conheceu o monge beneditino Lanfranc, abade do Mosteiro de Bec, que o levou a conhecer melhor a Jesus. Orientado por ele, fez-se também beneditino e formou-se em Teologia, e em 1063 foi nomeado prior, depois que seu mestre e amigo foi indicado para arcebispo de Cantuária, na Inglaterra. Como prior, Anselmo escreveu o “Monologium”, meditações sobre as razões da Fé, oferecendo as provas metafísicas da existência de Deus, e o “Proslogium”, sobre a fé que busca a inteligência, ou, a contemplação dos atributos de Deus, duas obras importantíssimas para a Filosofia e a Teologia. Também redigiu os tratados sobre a verdade, a liberdade, a origem do mal e a arte de raciocinar.

Em 1078 foi eleito abade, promovendo uma grande reforma monástica, que influenciou não apenas o ambiente religioso, mas também o acadêmico e o secular. Isto porque seus escritos, grandes em quantidade e qualidade, tiveram ampla penetração. De fato, é considerado o fundador da Ciência Teológica no Ocidente, Pai da Escolástica, sucessor de Santo Agostinho e precursor de São Tomás de Aquino em Metafísica. Defendia que a razão humana tinha capacidade para investigar os mistérios divinos; defendeu a Imaculada Conceição; e desenvolveu o seu famoso “argumento ontológico” sobre a existência de Deus: resumidamente, se temos a ideia de um ser perfeito, a perfeição absoluta existe, logo o ser perfeito – Deus – existe, e a existência em si é constitutiva Dele. Este é um argumento a priori, ou seja, que se deduz anteriormente a qualquer prova oferecida depois (a posteriori).

Daí, consequentemente, a essência da Redenção acha-se na união do indivíduo com Cristo na Eucaristia, sendo o Batismo o início necessário para esta união.
Falecendo Lanfranc, Anselmo foi eleito para o seu lugar como arcebispo-primaz da Inglaterra, em Cantuária (1093). Lá sofreu a perseguição dos reis Guilherme, o Vermelho, e Henrique I, cujas políticas eram contrárias ao Catolicismo. Foi banido duas vezes, a primeira para Campania na Itália, onde ficou algum tempo por questões de saúde, e onde finalizou a obra “Cur Deus Homo”, talvez o mais famoso tratado sobre a Encarnação de Cristo. Mas voltando à Inglaterra, sua mansidão e argumentos pacíficos acabaram por convencer os inimigos e alcançar seus objetivos.
Faleceu em Cantuária, com 76 anos, em 1109. Foi declarado Doutor da Igreja por sua grandiosa produção teológica e literária.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:
A obra filosófica e teológica de Santo Anselmo é potente evidência da sua santidade, no contexto inestimavelmente valoroso da busca da Verdade e do conhecimento necessário para melhor obtê-la, dentro da melhor tradição e exemplo beneditinos. Destacam-se a defesa da capacidade da Razão humana (dada por Deus, que quis o Homem capaz de conhecê-Lo) no entendimento da Verdade divina, e temas como a Imaculada Conceição. Este dom e apetite intelectual já são graças, porém note-se que para desenvolvê-los Santo Anselmo teve, antes, que fazer uma escolha capital: fugiu de casa, o que normalmente não seria correto, mas em função de se afastar do mundanismo, e de resto já em idade adulta; algo semelhante aconteceu com São Francisco de Assis, ao recusar e abandonar radicalmente o que lhe vinha dos pais terrenos, para abraçar plenamente os bens do Pai Eterno. Não se pode fazer algo assim por motivo e de forma errada, mas eventualmente é necessária esta santa coragem de buscar antes a Deus do que ao mundo – “Desde a época de João Batista até o presente, o Reino dos Céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam” (Mt 11,12), isto é, existe a necessidade de fazer violência contra os próprios apegos terrenos para poder receber em plenitude a Jesus; “Nihil amori Christi praeponere”, “Nada antepor ao amor de Cristo”, como expressava São Cipriano, lema adotado por São Bento na sua Regra monástica, e também por Bento XVI no seu pontificado. Esta violência contra as próprias paixões deve ter como resultado a mansidão no trato com os outros, incluindo os adversários, e este também foi o exemplo de Santo Anselmo. Enfim, há uma coerência e riqueza no seu viés filosófico e de vida, sintetizadas nas suas palavras: “Não quero compreender para crer, mas crer para compreender, pois bem sei que sem a fé eu não compreenderia nada de nada.”
Oração:
Senhor Deus, de conhecimento perfeito, que nos destes a Razão para conosco Se comunicar, concedei-nos por intermédio de Santo Anselmo o gosto pelo saber que leva a Vós, e ainda mais a humildade que ele viveu, para que entendamos que só pela Fé bem orientada poderemos viver o Vosso amor e vontade, na mansidão da alma que soube intrepidamente tudo abandonar para estar só Convosco. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.
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20 DE ABRIL

20 de Abril – Santa Inês de Montepulciano –
Inês, da rica família Segni, nasceu na aldeia de Graciano, Itália, próximo da cidade de Montepulciano, em 1268. Ainda muito pequena demonstrou tendências de vocação religiosa: aos quatro anos sabia de cor as orações do Pai Nosso e da Ave Maria, e frequentemente deixava de brincar para rezar. Aos seis anos declarou aos pais que queria ser freira, mas eles não concordaram.

Ela então sofreu um ataque de demônios que assumiram a forma de corvos e a feriram na cabeça com as garras e bicos, depois do que Inês, categoricamente, falou aos pais dos planos de Deus para si, e que outros ataques aconteceriam se não aprovassem a sua vocação. Preocupados e amedrontados, eles então permitiram que, aos nove anos, ela entrasse para o convento das freiras de São Domingos, conhecidas como “Irmãs do Saco”, ao se vestirem por humildade com um escapulário feito deste grosseiro material.

Aos 14 anos Inês foi para uma nova fundação na cidade de Proceno. Por suas singulares virtudes, quiseram fosse ela tornada prioresa, e assim ficaram providenciadas as dispensas necessárias, concedidas após estudo pelo Papa Nicolau VI. Sentindo-se indigna do cargo, Inês aumentou suas orações e sacrifícios, alimentando-se apenas de pão e água, dormindo no chão frio e usando uma pedra como travesseiro.

Fenômenos místicos a acompanhavam, como êxtases e levitações durante as orações; do local onde se ajoelhava para rezar, brotavam rosas e lírios perfumados; a Virgem Maria apareceu-lhe na Festa da Assunção com o Menino Jesus, e O entregou a Inês para segurá-Lo durante alguns instantes.

Obteve a cura de um possesso a quem nenhum sacerdote conseguia ajudar, apenas ao pisar na igreja da cidade vizinha aonde ele estava, e para onde fora chamada. O demônio, derrotado, declarou: “Eu não consigo permanecer aqui, porque a virgem Inês entrou!”. Inês tinha alma contemplativa e grande determinação, não se preocupando com os problemas materiais, os quais remetia ao auxílio de Deus.

Por isso multiplicou inúmeras vezes os pães para as religiosas do convento, bem como transformou água em vinho na casa de uma família que visitava. Curou da cegueira uma das irmãs, para que não abandonasse o convento por motivo de tratamento.

Inês ficou muito conhecida pela fundação do convento no alto da colina de Montepulciano, onde fora na infância atacada pelos corvos. Ela profetizara que ali, onde estava instalado um famoso prostíbulo, seria construída uma casa religiosa. De fato, visitou e gradualmente converteu as prostitutas, que se tornaram todas religiosas exemplares.

Durante uma oração dominical, um Anjo lhe apareceu com um cálice, dizendo: “Bebe, esposa de Cristo, este cálice que Nosso Senhor bebeu também por ti!”. Depois disso, Inês adoeceu grave e dolorosamente, e as irmãs insistiram para que ela fosse às termas de Chianciano para melhorar. Quando seus pés tocaram a água, o lugar ficou cheio de um misterioso maná caído do Céu – o mesmo que havia surgido quando da sua consagração, anos antes, no convento. E deste mesmo lugar brotou uma fonte, onde doentes eram curados, ficando conhecido como Fonte de Santa Inês. Nas sucessivas idas às termas, Inês realizou muitos outros milagres, como a ressurreição de um menino afogado, fazendo sobre ele o Sinal da Cruz.

Com o aumento das dores, Inês faleceu em 20 de abril de 1317, aos 43 anos. Antes do fato ser conhecido, chegou pela aurora ao convento uma senhora gravemente doente do braço, pedindo para ver o corpo da abadessa, pois à noite tivera uma visão: nela Inês, em luz e rodeada de Anjos, dizia-lhe para tocar o seu corpo e ficar curada, o que de fato aconteceu. Milagres semelhantes ocorreram durante muitos dias após a sua morte, e do seu corpo exalava um perfume maravilhoso para todo o convento; também um bálsamo, igualmente perfumado, corria fartamente dele.

Outros milagres foram as conversões de pecadores famosos. Santa Catarina de Sena, grande devota de Santa Inês, ao inclinar-se para venerar seus restos mortais, teve para si elevado um dos pés da santa abadessa, o qual ela então pode beijar. Ainda hoje, o corpo incorrupto de Santa Inês permanece com um pé mais elevado, e curas milagrosas, espirituais e físicas, continuam ocorrendo na sua sepultura.

Reflexão:
Deus concede graças sempre especiais a cada um dos Seus santos, de acordo com as suas respectivas missões, mas de certo modo parece destacar particularmente algumas virtudes, como a virgindade, a pureza e a vontade férrea de seguí-Lo, como se estes atributos fossem singularmente caros ao Seu afeto. Certamente toda a vida de Santa Inês foi uma correspondência à vontade divina calcada neste tripé, e em si mesma extraordinária; mas observando suas obras, notamos extraordinária semelhança com as passagens da vida terrena do próprio Cristo, não apenas em santidade, mas dos próprios fatos, que também aparecem na vida de outros santos, mas nem todos e nem de forma tão exata: ela vivia uma rotina de orações e sacrifícios, foi provada pelo demônio, realizou curas milagrosas, expulsou o diabo, ressuscitou um menino, multiplicou mais de uma vez os pães, transformou água em vinho, sofreu com imensas dores e literalmente bebeu do Cálice de Jesus; e seu corpo está preservado. Tudo isto pode ser dito igualmente de Nosso Senhor, guardadas, evidentemente, as diferenças intrínsecas a cada um. Mas o conjunto sugere uma identidade muito próxima em pontos essenciais de vida; talvez devêssemos buscar com mais empenho a pureza, a virgindade, a vontade férrea de seguir Jesus, não por desejo de fazer coisas extraordinárias, o que seria monstruoso orgulho, mas porque estas características parecem Lhe agradar notadamente: e quem não quer agradar, da melhor forma possível, a quem mais ama?

Oração:
Senhor, que nos amais como somos, mas desejais para nós sempre o melhor, concedei-nos por intercessão de Santa Inês de Montepulciano a pureza de corpo e alma que Vos agradam, e a firme vontade de sermos dignos vasos para o bálsamo que desejais levar por nós aos nossos irmãos; que assim mantenhamos em nossas almas, incorruptos já nesta vida, o Vosso Corpo e Sangue Eucarísticos que nos concedeis por infinito, gratuito e puríssimo amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.
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19 DE ABRIL

Santo Expedito

Sabe-se que Expedito era romano e nasceu no século III. Foi senador em Roma, príncipe-consul do Império na Armênia, e chefe militar de 296 a 303, comandando a XII Legião Romana, a Fulminata (“aquela que fulmina como um raio”), uma das mais gloriosas, tendo sido inclusive anteriormente dirigida pelo imperador Marco Aurélio.

O comando desta legião exigia invulgar competência e coragem, na incumbência de guardar as fronteiras orientais romanas contra os bárbaros asiáticos.

Consta que Expedito, como outros comandantes romanos, levava vida devassa. Conheceu a Fé na sua própria Legião, formada em parte por soldados cristãos, um deles, Polieucto de Metilene, mártir em 193. Também o contato com outros povos nas fronteiras lhe facilitou o conhecimento de cristãos. Mesmo reconhecendo a verdade do Cristianismo, Expedito adiava indefinidamente a sua conversão, até que, num sonho, apareceu-lhe um corvo que gritava insistentemente “Cras!”, em Latim, “Amanhã!”; o diabo não queria que ele se batizasse. Mas Expedito, decidindo-se, pisoteou o corvo, respondendo: “Hodie!”, “Hoje!”. Ao acordar, tomou as providências para ser batizado, e ainda liderando a XII, chegou a converter seus soldados.

A conversão desta tropa muito incomodou o imperador Dioclesiano, pois era uma forte influência pró-cristianismo no Império. Assim Expedito foi preso e intimado a abjurar, o que ele recusou. Foi condenado à flagelação romana, 39 chicotadas com o flagrus, que dilacera a pele e provoca hemorragias. E julgou-se indigno de sofrer o mesmo castigo infligido a Jesus pelos soldados romanos… como não mudou de ideia, o decapitaram, em 19 de abril de 303, em Metilene, na Armênia. Seus soldados foram igualmente martirizados, e tais exemplos converteram muitos da região.
Santo Expedito é padroeiro das causas urgentes, dos militares, dos estudantes e dos viajantes.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho
Reflexão:

“Expedito” talvez não seja o nome verdadeiro deste santo, uma vez que não é necessariamente um nome próprio, e havendo mais de uma versão para que tenha sido atribuído a ele. Mas certamente indica o que de mais fundamental ele nos deixa como exemplo, ou seja, não adiar a nossa conversão, radical e definitiva, a Cristo. Pois não sabemos o dia da nossa morte, e o diabo sempre nos tenta a não levarmos “tão a sério” os compromissos cristãos, visando assim a nossa perdição. A preguiça é um dos sete Pecados Capitais: não uma brincadeira; e ela se manifesta de inúmeras formas sutis, como “rezarei o Rosário – pedido expresso de Nossa Senhora em Fátima, para evitar grandes castigos e salvar muitas almas – mais tarde…”, ou depois distribuirei aquelas doações”, ou “amanhã visitarei aquele doente”, etc.; nossas obrigações e obras de caridade concreta, oração e ação, ficam sempre adiadas… por qualquer motivo que, de fato, nunca terá a mesma importância ou prioridade. “Hodie!”, “Hoje!”, agora, já! Pois não somos donos do tempo. De resto, qual apaixonado adia o encontro com a amada, ou um serviço, um agrado, que a ela deseja fazer? Amamos, realmente, a Deus? “No entardecer da vida seremos julgados pelo amor” (São João da Cruz); “Tudo aquilo que fizestes a um só destes meus irmãos mais pequenos, a Mim o fizestes” (Mt 25,40). É bom invocar Santo Expedito, com fé e confiança, em situações urgentes e extremas; melhor é imitar o seu exemplo de vida, cumprindo correta e pontualmente nossas obrigações para com Deus e o próximo; começemos, talvez, por invocá-lo na urgência, absoluta, da nossa conversão.
Oração:
Senhor Deus, que na Economia da Salvação não adiais em nada o Bem que nos quereis fazer, concedei-nos pela intercessão de Santo Expedito a consciência claríssima da urgência de Vos servir e amar, para que efetivamente o concretizemos na caridade, rechaçando energicamente o flagelo da preguiça, do comodismo, da indiferença que rasgam a alma, de modo a que o único sangue transbordante de nós seja o do Vinho Consagrado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

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18 DE ABRIL

18 de Abril – Santo Apolônio
Apolônio nasceu em Roma, Itália, no século II, e pertencia à nobreza. Foi senador no período do Imperador Cômodo (161-192); estimado pela ética, cultura e educação, conhecedor da filosofia grega e romana. Na busca da sabedoria, converteu-se ao Cristianismo, reconhecendo a Verdade em Jesus.

Sua conversão foi respeitada no senado romano por algum tempo, em função do seu impecável passado. Excepcional orador, converteu muitos à Fé, que defendia também pelo aspecto filosófico, como o único caminho da perfeita ética. Mas acabou sendo denunciado como cristão ao prefeito pretoriano de Roma.

Como senador, teve a possibilidade de se defender; nesta ocasião, leu uma argumentação escrita por ele mesmo em favor do Cristianismo. Este seu texto de perfeita apologética não deixava quaisquer dúvidas lógicas sobre a veracidade da Igreja de Jesus (sendo por isso conhecido como apologeta, isto é, aquele que defende sua fé, com lógica impecável). Isto levou ao surgimento de muitas simpatias aos cristãos, e posteriores conversões, no senado. Contudo, a sua condenação foi confirmada por ser o cristianismo contrário ao império: de fato, o argumento da acusação, que não refutou suas evidências, usou como base uma mera citação da lei do imperador Trajano, que proibia o cristianismo.

Apolônio deixou claro que não temia a morte, por ter certeza da vida infinita com Cristo, e confirmou a superioridade da Doutrina Cristã. Embora muitos tenham sido convencidos por ele, não tiveram força política para revogar a condenação, que, no caso de cidadãos romanos, e senadores, conferia o direito à morte por decapitação e sem torturas, mais misericordiosa que outras sentenças. Antes da execução, Apolônio fez uma solene profissão de fé, não aceitando a oportunidade última de renegar o cristianismo. Seu martírio ocorreu em 18 de abril de 185, gerando muitas conversões.

Reflexão:
Pedi e vos será dado, procurai e achareis, batei à porta e ela vos será aberta” (cf. Mt 7,7-11). Apolônio chegou à Fé por sinceramente procurar a Verdade, algo que a todos é possível. E de tal modo valorizou a posse deste Caminho, Verdade e Vida, o Cristo, que não exitou, mesmo em ambiente hostil, a conservá-la ainda que condenado à morte física num julgamento iníquo. Ao contrário, defendeu apologeticamente a Fé e assim obteve a cura de almas, a conversão, de vários irmãos, por palavras e ações. Coerentemente, não desejava o mal aos inimigos, mas, esclarecendo o seu pensamento, afirmou ser necessário ‘oferecer ao verdadeiro Deus, como todo cristão, um sacrifício espiritual, e rezar todos os dias ao Deus do Céu pelo Imperador que reina na terra somente por efeito da vontade divina’. Não podemos prestar culto aos falsos deuses ou a legalismos jurídicos de leis mundanas, mas devemos por amor a Deus e ao próximo rezar pelos que ainda não chegaram ao conhecimento de Cristo, de Maria Nossa Mãe e Mãe de Deus, e da Igreja Católica. Comodo era ao imperador e a seus partidários permanecerem instalados nas falsas crenças, que não exigem esforço espiritual nem abnegação de si mesmo para carregar a cruz, mas quem assim age não terá o conforto de ser acolhido por Deus no Paraíso.

Oração:
Senhor Deus, a quem agradam as boas disposições e a coragem no bom combate, concedei-nos pela intercessão de Santo Apolônio o seu mesmo desejar da Verdade, o empenho em conhecê-la em profundidade, a fidelidade em vivê-la e a caridade de divulgá-la, e de dar por ela, único Bem desejável, a própria vida, seja de forma violenta se necessário, seja nas mortificações diárias; mas não permitindo jamais, com o auxílio da Vossa graça, que nas nossas almas se instale a indulgência anestésica e venenosa do pecado, que leva à morte infinita. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.
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17 DE ABRIL

17 de Abril – Santo Aniceto
Aniceto nasceu na Síria, talvez em Emesa (atual Homs), no ano 110. Eleito Papa entre 154 e 156, foi o primeiro pontífice a condenar uma doutrina herética, o montanismo (de Montano da Frígia, hoje Turquia, por isso conhecida também por “heresia frígia”; entre outras coisas, proclamava um falso profetismo, o iminente fim do mundo e a negação da absolvição aos pecados graves, ainda que houvesse verdadeiro arrependimento e confissão).

Também enfrentou o gnosticismo (heresia que alegava ser a matéria uma prisão do espírito, capaz de ser liberto pelo mero conhecimento intuitivo) e o marcianismo (de Marcião, que pregava ser o Deus do Antigo Testamento outro, diferentes, de Deus do Novo Testamento), além da perseguição do Império Romano.

Aniceto atraiu, influenciou e contou com a ajuda de São Justino (grande filósofo e teólogo que conheceu e abraçou a Fé cristã, morrendo mártir). Também foi a Roma ver o Papa o grego Hesegipo, importantíssimo por ser o primeiro historiador cristão, tendo vivido muito próximo do tempo dos Apóstolos; escreveu um livro defendendo Aniceto, provando que este seguia a verdadeira Doutrina de Cristo, e não hereges que vinham a Roma para difundir ideias maniqueístas, como Marcião, Marcelino, Valentino e Cordo, e destacou a autoridade e dignidade dos Romanos Pontífices.

E o já idoso São Policarpo, bispo de Esmirna e discípulo de São João Evangelista, foi consultar o Papa sobre a data da Páscoa, que no Oriente era celebrada no dia 14 da lua do mês de março, seguindo uma tradição de São João, enquanto que no Ocidente a Igreja, baseada no exemplo de São Pedro, a comemorava no domingo seguinte à lua cheia da primavera. Não chegaram a um acordo, e o Papa permitiu que São Policarpo seguisse no Oriente a sua tradição, mas com o tempo prevaleceu na Igreja, universalmente, a posição de Aniceto. A postura respeitosa de São Policarpo foi um poderoso testemunho da autoridade papal e de que a Sé de Roma representava a verdadeira Igreja de Cristo fundada em Jerusalém, o que levou a muitas conversões.

Este Papa proibiu ao clero o uso de cabelos compridos, de forma a não permitir ou favorecer atos e preocupações de pecaminosa vaidade.

 Santo Aniceto faleceu em 166, sob a perseguição de Marco Aurélio Antonino e Lúcio Vero, provavelmente entre 16 e 20 de abril. Seu título de mártir indica antes o seu extremo e sofridíssimo desgaste pelo zelo da Igreja, já que não consta nenhum registro formal de sua morte violenta.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:
O principal e mais desgastante serviço de Aniceto foi o combate às diferentes heresias, que logo no século I já tentavam desvirtuar a Fé, e que também hoje, de forma mais sutil e com outras apresentações, igualmente procuram afastar as almas de Deus. O diabo nunca descansa, e por isso a Igreja, que também somos nós, temos que estar sempre atentos na busca sincera da Verdade, pois Cristo avisou, “Cuidado com os falsos profetas” (cf. Mt 7,15-20); e São Paulo nos atualiza, “Porque vai chegar um tempo em que os homens não suportarão a sã doutrina, mas, sentindo cócegas nos ouvidos, reunirão em torno de si mestres conforme as suas paixões” (cf. 2 Tm 4,2-5). Perfeito retrato da atualidade… Quantos não se dizem, hoje, “católico não praticante”, o que não existe!, ou afirmam ser católicos “mas não concordam com algumas coisas da Igreja”, o que é simplesmente heresia. São os “católicos de supermercado”, que pretendem escolher só os “produtos” que lhes interessam da Doutrina, da Liturgia, da Teologia, para viverem, como denunciou o Papa Bento XVI, como ateus na prática, relativistas que desejam acalmar as próprias consciências sendo “oficialmente de Deus” mas vivendo sob as ideias mundanas, que provêm do diabo. Antes assumissem, se têm convicção, o estilo de vida que desejam, mas sem se declarar da Igreja Católica, que de fato não são; pois mais grave é querer levianamente, e até mesmo de forma pouco inteligente, viver com a pretensão de “enganar” a Deus, ou talvez “fazer um acordo”, unilateral, com Ele: “Conheço tuas obras: não és frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, porque és morno, nem frio nem quente, estou para vomitar-te de minha boca” (Ap 3,15-16).

Oração:
Senhor, que sois imutável, concedei-nos pela intercessão de Santo Aniceto não nos deixarmos levar pelos modismos e vaidades deste mundo, mas ao contrário sermos firmes no combate aos erros que se tentam infiltrar na Igreja, dando testemunho da Verdade para o nosso bem e o dos irmãos, de modo a podermos comemorar no tempo certo a Vossa Páscoa definitiva. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.
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10 DE ABRIL

10 de Abril – Santa Madalena de Canossa

Madalena Gabriela Canossa nasceu em 1774 na cidade de Verona, região de Veneto, nordeste da Itália, a terceira de seis irmãos. Sua família era nobre e o pai muito rico, mas morreu quando ela tinha cinco anos. Dois anos depois, sua mãe casou em segundas núpcias e entregou a educação dos filhos a uma severa governanta francesa.

Aos 15 anos, Madalena ficou doente, com uma febre misteriosa, uma forma grave de varíola e dores isquiáticas, um quadro que lhe desenvolveu asma crônica e dolorosa contração dos braços, agravados com o passar do tempo.

Com 17 anos, desejando entrar para o Carmelo, por duas vezes fez fracassadas experiências conventuais. De volta à casa, assumiu de forma excelente o controle e administração dos bens familiares, com excepcional tino comercial. Mas, mantendo sua vocação religiosa, não se casou, e incrementou no seu palácio o auxílio aos pobres, aos quais lá já atendia antes das tentativas de clausura.

As consequências da Revolução Francesa e das guerras napoleônicas, e os domínios estrangeiros, tornou difícil a condição italiana nos anos 1800, aumentando a pobreza e o número de doentes e desabrigados. Neste período duas adolescentes foram procurar guarida no palácio, e Madalena as acolheu. Outras vieram; e logo grande parte do palácio se transformou num abrigo de meninas abandonadas. Isto gerou desagrado nos familiares, mas Madalena percebeu o que Deus desejava dela.

Em 1808, chegando a um acordo com os irmãos, deixou o palácio para viver no bairro mais pobre de Verona, dedicando-se à evangelização, cuidado e educação dos desvalidos. Fundou assim a Congregação das Filhas da Caridade, para a formação de religiosas educadoras, cujas Regras de Vida foram escritas por Madalena em 1812. Rapidamente, novas casas surgiram na Itália e na Europa, com aprovações diocesanas. A aprovação papal das Regras ocorreu em 1828. No Instituto de Bérgamo, Madalena funda o primeiro Centro para professoras camponesas e a Ordem Terceira das Filhas da Caridade, aberto também às mulheres casadas ou viúvas, que se dedicavam, sobretudo, à formação das enfermeiras e professoras. Em 1831 inaugurou-se em Veneza a primeira Casa, ou Oratório, do ramo masculino da Congregação dos Filhos da Caridade, destinado à formação e evangelização de jovens e adultos carentes.

Madalena desejava para os seus congregados a disposição de ir a qualquer lugar, mesmo os mais remotos, no empenho de evangelizar e educar. Aconselhava-lhes o sereno abandono à vontade de Deus, mais do que rigor excessivo, e a fuga da tristeza e melancolia. Seus objetivos específicos eram cinco: caridade para integral promoção das pessoas, catequese para absolutamente todos mas especialmente para os mais carentes, assistência principalmente aos doentes, seminários residenciais para formação de professoras nas áreas rurais e auxílio pastoral aos párocos, e exercícios espirituais anuais para sensibilizar as mulheres (inicialmente da alta nobreza) em atividades caritativas.

Madalena teve uma profunda vida espiritual, na oração e na mística, que a sensibilizava sempre mais à dor e necessidades dos irmãos. Napoleão Bonaparte a chamava de “anjo da caridade”. Nos seus últimos anos, sofreu crises frequentes de asma e dores nos braços e pernas. Faleceu com 61 anos na sua cela em Verona, aos 10 de abril de 1835, uma Sexta-Feira da Paixão, rezando à Nossa Senhora.

 A Família Canossiana Filhos e Filhas da Caridade atua hoje nos cinco continentes, subdividida em 24 organismos.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:

Novamente a Providência nos oferece um santo dedicado ao ensino como tema para nossa reflexão e ação. Talvez porque os tempos atuais sejam extremamente carentes do bom ensino religioso, verdadeiramente católico, não apenas na esfera diretamente espiritual como também na cultura em geral. Chama a tenção que um dos focos principais das Congregações educativas fundadas por Santa Madalena de Canossa fosse a “catequese para absolutamente todos mas especialmente para os mais carentes”: absolutamente a todos… especialmente aos mais carentes. Um questionamento se faz necessário para os dias atuais, quem são os mais carentes de catequese? Pois salta à vista que os católicos, em grande número – incluindo, infelizmente, representantes do próprio clero – não têm boa (ou sequer minimamente correta) formação, e que entre os religiosos há alarmantes sinais, por todo o mundo, de atitudes heréticas e de apostasia. Grande é, portanto, a obra de evangelização a ser feita, e que dirijamos súplicas e penitências, certamente necessárias, para a santificação de todos os membros da Igreja. E começemos este serviço de amor ao próximo pela nossa própria conversão, nas orações e nas ações, particularmente aos que têm por encargo o ensino.

Oração:

Pai de santidade e misericórdia, que velais sempre pelo ensino das nossas almas, concedei-nos pela intercessão de Santa Madalena de Canossa bons pastores e o empenho santo na evangelização, na plena e serena confiança do Vosso contínuo auxílio, sem permitir, como ela orientava, que a tristeza e a melancolia diante dos desafios nos desanimem ou diminuam a alegria e entusiasmo das boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.
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16 DE ABRIL

16 de Abril – Santa Maria Bernadette Soubirous
Bernadette nasceu em 7 de janeiro de 1844, na cidade de Lourdes na França. Filha de Francisco Soubirous e de Luísa Castèrot, ela foi a primeira de nove filhos. Na infância, ela trabalhou como pastora e criada doméstica.

Desde pequena, Bernadette teve a saúde debilitada devido à extrema pobreza de sua habitação. Nos primeiros anos de vida foi acometida pela cólera. Por causa do frio no inverno, adquiriu asma, aos 10 anos. Tinha dificuldades de aprendizagem e não pôde frequentar a escola, mantendo-se analfabeta até os 14 anos.
No dia 11 de fevereiro de 1858, em Lourdes, Bernadette foi com a irmãzinha e uma amiga para pegar gravetos, quando ouviu um barulho nos arbustos, ergueu os olhos e viu uma luz, dentro da gruta de Massabielle, era uma “Senhora” vestida de branco, faixa azul na cintura, terço entre as mãos, que a chamou para rezar. Esta foi a primeira das 18 aparições que Bernadette presenciou.

Segundo relato escrito pela Bernadette “Somente na terceira vez, a Senhora me falou e perguntou-me se eu queria voltar ali durante quinze dias. Durante quinze dias lá voltei e a Senhora apareceu-me todos os dias, com exceção de uma segunda e uma sexta-feira. Repetiu-me, várias vezes, que dissesse aos sacerdotes para construir, ali, uma capela. Ela mandava que fosse à fonte para lavar-me e que rezasse pela conversão dos pecadores.”

Bernadette então se dirigiu ao padre Dominique para relatar os fatos, mas o padre não acreditou, então disse a Bernadette: “Peça a essa senhora que diga o seu nome” para que possamos construir a capela.
Bernadette relata “Muitas e muitas vezes perguntei quem era ela, mas apenas me sorria com bondade. Finalmente, com braços e olhos erguidos para o céu, disse-me que era a Imaculada Conceição”. Ao informar o nome ao padre, ele ficou espantado, pois sabia que a moça não estava inventando, ela não tinha nenhum conhecimento do significado de suas palavras, muito menos conhecimento do dogma “Imaculada Conceição”, então recentemente promulgado pelo Papa.

Diversas curas foram acontecendo na gruta de “Massabielle” e o número de pessoas que visitavam o local aumentava a cada vez mais. Em 25 de fevereiro de 1858, na presença de uma multidão, sob orientação de Nossa Senhora, Bernadette cavou o solo com as mãos de onde brotou uma fonte de água cristalina.

Após terminar o ciclo das visões na gruta de Massabielle, Bernadette foi acolhida no Instituto das Irmãs da Caridade de Nevers, onde passou seis anos e depois admitida ao noviciado. Trabalhou como enfermeira no cuidado aos doentes.

Obrigada a ficar acamada por causa da asma, da tuberculose e de um tumor ósseo no joelho, morreu aos 35 anos, em 16 de abril de 1879.

Em 1925, foi beatificada pelo Papa Pio XI, que a proclamou santa em 8 de dezembro de 1933. Bernadette de Soubirous é protetora dos doentes, camponeses e pastores.
 Colaboração: José Duarte de Barros Filho
Reflexão:
Depois dos acontecimentos na Gruta, graças à oração, Bernadette transformou a sua fragilidade em ajuda aos outros; graças ao amor, foi capaz de enriquecer o próximo e, sobretudo, de oferecer a sua vida pela salvação da humanidade. O fato de a ‘Bela Senhora’ ter-lhe pedido para rezar pelos pecadores, nos recorda que os enfermos e os sofredores não têm somente o desejo de sarar, mas também de viver cristãmente a sua vida, chegando até a doá-la como autênticos discípulos missionários de Cristo”. Papa Francisco, trecho da mensagem para o Dia Mundial do Enfermo de 2017.

Oração:
Santa Maria Bernadette, que estais tão perto de Deus, sede nossa protetora na terra e nossa intercessora no Céu. Alcançai-nos a graça da saúde, da paz e da concórdia. Que em nossa família nunca falte a união, o amor, o trabalho digno e o alimento necessário. Amém
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15 DE ABRIL

César de Bus nasceu em 1544 na cidade de Cavaillon, região da Provença, França. Teve formação cristã na infância, mas na juventude afastou-se da fé. Desejou seguir a carreira militar como o irmão, capitão do rei francês Carlos IX mas, às vésperas de embarcar na frota real, uma repentina enfermidade o impediu.

No período de convalescença foi assistido pelo bispo de Cavaillon, pelos jesuítas de Avignon, pelo capelão do hospital e também por uma devota camponesa, que o reconduziram ao Catolicismo. Recuperado, em 1575, começou a estudar para o sacerdócio, ao mesmo tempo em que visitava sítios e fazendas como catequista.

Esta experiência lhe revelou que o povo, embora fiel e piedoso, não conhecia bem a Doutrina da igreja. Para resolver esta deficiência, fundou com seu primo Romillon centros de educação e instrução religiosa, a Congregação dos Padres Doutrinários, conhecidos como Doutrinários (posteriormente, fundou o segmento feminino, a Congregação das Filhas da Doutrina Cristã).

Esta catequese era feita na área rural e lugares remotos, priorizando as crianças, e com o desenvolvimento de metodologias novas para a época. Por exemplo, utilizava cantos e poesias, além da Palavra de Deus, numa linguagem adequada a cada público, e aplicável concretamente às situações do dia a dia do povo. Também pintava cenas evangélicas em pequenas tábuas, e tudo isso, como uma antecipação dos elementos modernos audiovisuais, atraía e tornava mais fácil a compreensão dos catequisandos.

Foi ordenado aos 38 anos. Sua atividade não o afastou do espírito de contemplação, ao contrário: estava convencido de que o apostolado só dá frutos se a partir da união orante com Deus.

Inicialmente, os seus sacerdotes congregados moravam juntos, mas sem fazer votos definitivos, o que César desejava (e que posteriormente veio a acontecer). Porém Romillon não concordou, e assim mudou-se para a casa em Aix-en-Provance, permanecendo César em Avignion. Aí caiu enfermo e sofreu por longo tempo, falecendo em 15 de abril de 1607. É considerado o patrono dos catequistas modernos.

São João Bosco, fundador dos Salesianos, também dedicados à catequese, quis que um sacerdote Doutrinário pronunciasse o discurso de inauguração da igreja de São Francisco de Sales em Valdocco, Turim.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:
A constatação de São César de Bus, no século XVI, é a mesma para os nossos tempos: o povo, embora em grande parte fiel e piedoso, não conhece bem a Doutrina da Igreja. Nunca será “suficiente” a nossa educação espiritual, pois Deus é inesgotável; não há limite para o quanto podemos e devemos crescer em santidade. Por outro lado, como prevenia Santo Agostinho, “Não progredir na vida espiritual é voltar para trás.”; seria grande orgulho e engano demoníaco pensarmos que “já não preciso me esforçar mais do que isso, já sou santo…”. Outra constatação deste santo é que o apostolado só dá frutos se a partir da união orante com Deus: afinal, não é possível dar o que não se tem. São pertinentes aqui algumas observações do Cardeal Tarciso Bertone, pregador do Vaticano, numa homilia sobre São César: “A catequese ou (…) ‘o exercício da doutrina cristã’, deve constituir a primeira missão da Igreja, (…) conservando sempre uma fidelidade dócil e inalterada ao Magistério da Igreja (…). Beato César de Bus gostava de repetir: ‘É preciso que tudo em nós catequize, temos que ser um catecismo vivo’. (…). Hoje existem muitos pobres que têm necessidade de assistência material; há ainda mais pobres que têm necessidade de ajuda espiritual. Quantas pessoas, embora dotadas de bens, vivem desprovidas do único e indispensável Bem, que é Deus! (…). A maior pobreza não é porventura, como observava Madre Teresa de Calcutá, a falta de amor, a falta de Deus? (…). A santidade é a melhor contribuição que podeis oferecer para a nova evangelização.”

Oração:
Ó Deus, Pai de bondade, que nos destes Vossos ensinamentos para que possamos Vos amar e assim sermos felizes, concedei-nos por intercessão de São César de Bus a graça de incansavelmente levar aos irmãos a Verdade da Vossa Doutrina, como maior obra de caridade, a partir da incessante busca da santidade pessoal na vivência íntima Convosco, na Eucaristia, nos Sacramentos, na oração e no conhecimento da Fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.
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14 DE ABRIL

14 de Abril – Santa Liduína (Lidvina)

Liduina nasceu em Schiedam, Holanda, em 1380, numa família humilde e caridosa. Única mulher entre oito irmãos, desde cedo manifestou devoção a Nossa Senhora. Criança, já se preocupava em guardar roupas e alimentos para os abandonados, pobres e doentes.

Com 15 anos, sofreu um gravíssimo acidente ao patinar com amigos, quase morrendo. Afetada nas costelas, na coluna e com outras lesões internas, progressivamente apareceram mais complicações; ficou paralítica exceto da mão esquerda, tinha hemorragia na boca, orelhas e nariz, e jamais se recuperou, permanecendo o resto da vida na cama. Um dos médicos mais conhecidos da época disse, “não há médico no mundo que cure esta doença, porque ela é obra de Deus. Deus operará tais maravilhas nesta criatura, que eu daria o peso de ouro pela cabeça dela, para ser pai de semelhante filha.”

Passando o tempo, Liduina chegou quase ao desespero. Um padre, João Pot, a ajudou, lembrando-lhe que, se Deus poda uma árvore, é para que ela possa produzir mais frutos. Ela assim entendeu que o seu sofrimento, aceito por amor, poderia ser um caminho para a sua salvação e a de outros. Realmente, muitas pessoas foram curadas ou se converteram através dela, que, mesmo com dores imensas, permanecia doce e amável.

Liduina não mais pediu a Deus a própria cura, porém amor para, com os sofrimentos, obter a conversão das almas. Recebeu o dom da profecia e da cura, e, depois de 12 anos enferma, também êxtases espirituais e visões celestiais, além de ser consolada constantemente pelo seu Anjo da Guarda. Alimentava-se apenas da Eucaristia, fato documentado em 1421 por autoridades civis.

Seus sofrimentos aumentaram nos últimos sete meses de vida, e ela faleceu em 14 de abril de 1433. Sua casa, de acordo com seu desejo ao padre e ao médico que a acompanhavam, foi transformada um hospital para pobres com doenças incuráveis. Curas aconteceram durante o seu velório em pessoas que lá estavam, e seu corpo voltou a ter a mesma beleza de antes do acidente, com o desaparecimento de todas as feridas. É padroeira dos patinadores e dos doentes incuráveis.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

Nossa vida está nas mãos do Senhor, sempre, ainda que pretensiosamente o ser humano queira acreditar nos seus próprios planos e autosuficiência. Num momento tudo pode mudar de modo imprevisível, simplesmente não temos controle sobre isso. Deus provê a cada um aquilo que na Sua sabedoria e bondade será nosso caminho particular de salvação. Assim, situações que mundanamente são “desgraças”, podem ser ao contrário graças imensas de Deus, que deseja a nossa felicidade infinita no Céu, e não uma ilusão passageira de conforto e prazer. Certamente Ele dá, junto com as dificuldades, as graças necessárias, pois evidentemente não temos condições de lidar com sofrimentos sem a Sua ajuda; mas é necessário que reconheçamos a Sua vontade amorosa para nós em qualquer situação, e aceitemos as graças que nos conduzirão à maior santidade, num processo que cura não apenas as nossas almas, mas abre este mesmo caminho para os demais. Aceitar – com alegria – a vontade de Deus para nós é caminho certo de salvação, felicidade e santidade, não importa o grau de dificuldade encontrado. “Liduina” significa “sofrer largamente”, e esta disposição divina para a vida desta nossa santa irmã, longe de ter qualquer inferência negativa, implicou no verdadeiro “carregar a própria cruz” (cf. Mt 10,38) e “completar na própria carne o que falta aos sofrimentos de Cristo em favor da Igreja” (cf. Col 1,24). A doença não a impediu de ser alegre, “doce e amável”. Aceitemos, portanto, as dificuldades nesta vida, com disposição de oferecê-las a Deus, estando preparados pelo intenso empenho espiritual para encontrar com o Senhor a qualquer momento, em qualquer situação.

Oração:
Senhor Deus, médico das almas e dos corpos, que conheceis as nossas fraquezas e limitações, concedei-nos pela intercessão de Santa Liduina o reconhecimento e aceitação da Sua bondade infinita para conosco em qualquer circunstância, bem como a fortaleza nos sofrimentos, para que nos leve, e ao próximo, à salvação, e a graça de não nos queixarmos ou revoltar-nos frente a dificuldades que muitas vezes nem graves são. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que por nós sofreu a Paixão, e Nossa Senhora, cuja dor foi a maior da Humanidade, depois da de Cristo. Amém.
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13 DE ABRIL

13 de Abril – São Martinho I

Martinho nasceu no ano de 590 em Todi, região da Úmbria, Itália. Sua família era nobre. Sacerdote em Roma, um grande estudioso, inteligência notável, de grande caridade para com os pobres. Foi enviado a Constantinopla pelo Papa Teodoro I como apocrisiário (uma espécie de embaixador eclesiástico junto aos governantes) para negociar a deposição canônica do patriarca herético Pirro.

Depois disso, falecendo Teodoro, foi eleito no seu lugar, em julho de 649. Ao longo do seu papado, ordenou 33 bispos, cinco diáconos e 11 sacerdotes, e pela primeira vez foi celebrada a festa da Virgem Imaculada, a 25 de março.

Porém, sua maior atuação foi contra a heresia monotelista, espalhada no Oriente e no Ocidente, que negava a plena condição humana de Cristo, ao declarar que Nele havia sim duas naturezas, humana e divina, mas uma só vontade, a divina (o que é contraditório, pois assim a natureza humana de Jesus não seria real).

Para isso agiu com energia, e, uma vez que o imperador do Oriente, Constante II, era tolerante com os monotelitas, chegando a fazer um decreto sobre a questão (o “Tipo de Constante”), não esperou a confirmação imperial para a sua consagração, e imediatamente convocou o Concílio de Latrão, com 150 bispos. O “Tipo” foi condenado, bem como a “Ektésis” de Heráclio, outro imperador oriental, também monotelista; foram excomungados os patriarcas Sérgio, Pirro, Paulo de Constantinopla, Ciro de Alexandria e Teodoro de Phran na Arábia; 20 cânones da doutrina católica sobre as duas vontades em Cristo foram definidas. Os decretos, firmados pelo Papa e pela assembleia dos bispos, foram enviados aos demais bispos e aos fiéis do mundo junto com uma encíclica de Martinho. As atas, com uma tradução grega, foram enviadas a Constante II – que como resposta mandou prender o Papa. Olímpio, seu exarca (representante do imperador romano do Oriente na qualidade de governador, um na Península Itálica e outro na África), planejou porém o assassinato do Papa, durante a distribuição da Eucaristia, que por Providência divina falhou.

Teodoro Calíopas foi o novo enviado de Constante II com a ordem de prisão, e Martinho, para evitar violências, não resistiu, saindo de Roma em junho de 653. Chegando em Constantinopla após longa e sofrida viagem, sob privações, foi humilhado e sujeito a maus-tratos: exposto semi-nu para a zombaria e insultos da multidão; ficou preso num calabouço fétido, passando fome, sede e frio, por mais de 80 dias; num julgamento iníquo diante do senado foi rotulado de herege, inimigo de Deus e do Estado, e sofreu diversas acusações, que no fundo se resumiam a não ter assinado o “Tipo”. Mas em nenhum momento perdeu a dignidade, nem reconheceu autoridade nos seus juízes. Acabou condenado à morte, mas Constante mudou a pena para exílio, e assim o Papa foi levado para um local de trabalho nas minas para escravos e assassinos em Quersonerso (atual Sebastopol na Criméia, sul da Ucrânia). Ali faleceu, doente e esquecido até pelos parentes, em 16 de setembro de 655. Muitos milagres são a ele atribuídos, tanto em vida quanto depois da morte.

Reflexão:

A vontade humana de Cristo, verdadeiro ser humano e verdadeiro Deus, é livre, como também a nossa, como também a de Adão e Eva, como também a de Nossa Senhora… e como verdadeiro Homem, Jesus livremente escolheu seguir a vontade divina, como também Nossa Senhora, mas não Adão e Eva… cabe a cada um de nós escolher igualmente, pois Deus não “absorve” impositivamente a nossa vontade, mas sim nos orienta e ampara na escolha da Verdade e do Bem, inclusive quando é necessário sofrer por isto: de outro modo, o próprio sacrifício de Cristo na Cruz, e os de todos os mártires por exemplo, não teriam qualquer valor, pois seriam uma mera imposição arbitrária. Na viagem desta vida, muitas vezes penosa, jamais encontraremos a morte definitiva, se estivermos, como São Martinho, em comunhão com Deus, pela Eucaristia.

Oração:

Pai santo, providente e infinitamente bondoso, que nos ensinas a Verdade e nos concede, por amor, a plena liberdade, a qual é um Vosso atributo divino partilhado com Vossos filhos: concedei-nos pela intercessão de São Martinho I manter a dignidade de alma ao não reconhecermos nos nossos corações as falsas autoridades das mentiras, mas sermos enérgicos contra elas, e que não nos falte a mansidão e total confiança em Vós, ainda que sob perseguições e injustiças. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.
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09 DE ABRIL

09 de Abril – Santo Acácio
Santo Acácio viveu no século V, sendo bispo e confessor em Amida, cidade localizada na margem esquerda do rio Tigre, na Mesopotâmia, atual Diyarbakir na Turquia.

Teodósio II era o Imperador Romano do Oriente, em Constantinopla, que o enviou em 419 como embaixador em Gueartaxaro no Assuristão, pertencente ao reino persa, para convocar um concílio junto às igrejas desta região que haviam abraçado a heresia nestoriana, negadora da divindade de Jesus.

Estando Acácio na Pérsia, em 422, começa a guerra entre Teodósio e os persas. O exército romano fez 7.000 prisioneiros em algumas províncias para além do Rio Tigre, que ficaram em situação miserável e deixados para morrer de fome. Acácio, sabendo disto, vendeu cálices, pátenas e todos os objetos de ouro que pôde reunir, desejando obter dinheiro suficiente para dar de comer aos prisioneiros persas e pagar o preço do seu resgate.

Esse gesto de grande caridade converteu muitos dos cativos ao cristianismo, que, após o batismo, voltaram à Pérsia. O rei persa, então, parou a perseguição aos cristãos; e em 422 Acácio, em nova missão diplomática, conseguiu a paz.

 Faleceu por volta de 425, após contribuir para a superação de um cisma e para a unidade das igrejas na Pérsia, e o dia 9 de abril foi dedicado à sua celebração.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:
A caridade de Santo Acácio não teve contações políticas; e se evitou a fome e conseguiu a liberdade dos cativos, muito mais os alimentou com o Pão da Vida, no Batismo, e na libertação de uma vida no pecado. O auxílio necessário nas carências materiais devem ser reflexo do amor maior, que visa antes de tudo a felicidade infinita da alma. Os persas convertidos não o foram de modo forçado, nem por uma barganha, pois a Verdade se impõe por Si mesma, e Cristo é a Verdade, o Caminho e a Vida. Muitos, mesmo conhecendo Jesus e Suas obras, mesmo vendo por exemplo a ressurreição de Lázaro, não seguiram o Senhor… portanto, a caridade de Santo Acácio, longe de impor uma conversão, apenas despertou aos combatentes cativos o motivo certo pelo qual lutar, e é mérito de cada um deles ter se alistado espontaneamente no exército espiritual da igreja. De fato, “Acácio” significa “o que não tem malícia”, e foi por amor e não por cálculo ou interesse que este santo agiu para o bem material dos soldados. Que seja também esta a nossa motivação, sem desvirtuar a caridade em argumento ou viés político, algo que infelizmente é uma triste realidade dos nossos dias.
Oração:
Senhor Deus, que desejais para nós muito mais do que o pão material e a falsa liberdade mundana, dai-nos a graça de, pela intercessão de Santo Acácio, praticarmos a verdadeira e desinteressada caridade, levando ao próximo o amor pela Eucaristia e pela santa guerra contra o pecado, de modo a obtermos a paz nesta vida e a volta definitiva para a nossa Pátria Celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.
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